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#8 - Reflexos - Kinktona - Suh Roman
um tapinha não dói
Olá querides safades, tudo bom?
Bora que bora que hoje tem mais kinktona, a maratona kink do Só uma rapidinha! Até o dia 04 de dezembro teremos textos novos por aqui toda semana, cada um de uma pessoa convidada diferente, e todos muito queer e kink! Estamos nos aproximando do final, mas ainda tem coisa boa pra rolar.
Quem escreve pra vocês hoje é a Suh Roman!
Apresentação
Suh Roman (ela/dela) — instagram, twitter — é, antes de tudo, fã. De música, de pessoas, de histórias. Paulistana formada em Design e Publicidade, trabalha em diversas áreas no mercado editorial. Atuou em projetos como “Orçamento sem falhas” da Nath Finanças e “Boletinhos: como virar um adulto sem surtar”, de Alan Soares. Em 2017 fundou a Rainbow Comunicação, uma agência de comunicação para escritores, que em 2020 se tornou a Afeto, agência literária com foco em autores pretos e outras minorias.
Eu descobri que Suh escrevia ano passado e foi na cara, coragem e ousadia que a convidei para se juntar nessa kinktona. Tô muito feliz que ela aceitou, muito feliz com a história que ela escreveu e me tremendo de ansiedade pra vocês poderem ler também.
Lembrem-se de conferir a lista de aviso de conteúdo logo no começo do texto e se mantenham segures! Bora?
Aviso de conteúdo
spanking (não combinado previamente), praise kink, vou te foder até o stress sair do seu corpo, dedo no cu, sexo na frente do espelho
Reflexos
Fim de tarde no meio da semana, não é de se surpreender que o táxi pare em uma longa fila de carros. O motorista avisa que levará cerca de vinte minutos para chegar no hotel, apesar da proximidade. Ao encostar a cabeça na janela e agradecer à informação recebida, Cris checa o celular mais uma vez. A mensagem enviada há alguns minutos continua sem resposta, mas com um sorriso leve nos lábios tudo o que faz é enfiar o celular no bolso do agasalho de moletom. Consegue perfeitamente imaginar Benício cochilando e o próprio aparelho caído no peito, como já o encontrou tantas vezes. A rotina exaustiva somada a uma cama confortável é a combinação perfeita.
Mais do que vinte minutos depois e bem acomodado no banco de trás, Cris se assusta quando o celular vibra. Nem mesmo percebeu que havia pegado no sono e, um pouco atrapalhado, tira o aparelho do bolso ao mesmo tempo em que o carro diminui a velocidade. Pela janela já enxerga a fachada do hotel, então ajeita o boné e o capuz na cabeça, agradece ao motorista e deixa o veículo.
É só no elevador que abre a mensagem recebida há alguns minutos. Como esperado, a confirmação de que Benício não respondeu antes porque adormecera faz com que solte um riso leve por baixo da máscara, mas Cris não se dá ao trabalho de responder, apenas guarda o aparelho novamente no bolso e deixa o elevador em direção ao quarto.
Se sente um pouco bobo com o nervosismo que revira seu estômago ao ouvir o som da porta destrancar. Cris entra devagar e ouve os passos no assoalho antes mesmo de terminar de fechá-la, e então um baque contra seu corpo o faz arfar em meio a um riso.
Com os braços ao seu redor e o queixo em seu ombro, Benício emite um som que se parece com algo entre um resmungo e um miado. Cris ri e larga a bolsa no chão. Por cima do ombro do outro, abaixa a máscara que ainda cobre seu rosto e fica livre para afundá-lo no pescoço dele e respirar fundo. É sua vez de emitir um som baixinho de satisfação.
Benício aperta ainda mais os braços ao seu redor, quase ao ponto de tirá-lo completamente do chão. Não que não esteja acostumado à falta de noção do próprio tamanho que ele tem, mas chega a fazer uma careta quando suas costas reclamam da falta de jeito, mas não importa, faz tanto tempo que não conseguem fazer isso assim, tranquilamente, que Cris não liga de carregar uma eventual dor nas costas por alguns dias. Na ponta dos pés, ri baixinho a espera dele afrouxar o aperto logo em seguida, o que não acontece. Com um grunhido baixo, dá alguns tapinhas em seu ombro.
— Respirar.
Ele se afasta rápido e o olha com as sobrancelhas erguidas, quase como se checasse se o apertou demais, provavelmente sabendo que sim. Cris termina de tirar a máscara ainda rindo e volta a puxá-lo para perto.
— Espera aí — Benício sorri e mesmo que se aproxime ao ser puxado, com o queixo ele indica tudo o que Cris ainda usa cobrindo a cabeça — Deixa eu ver.
Com um riso fraco e os ombros levemente caídos, a primeira coisa que tira é o capuz. Não chega a acompanhar a reação do outro, mas com os olhos baixos consegue vê-lo se balançar nos próprios calcanhares. Um suspiro depois, Cris se livra também do boné.
— Não ficou nada demais. — Resmunga enquanto afasta sem sucesso a franja agora curta que cai sobre os olhos.
Benício nem mesmo espera que retire a própria mão antes de pentear os fios para trás com os próprios dedos.
— Aw, ficou lindo!
O tom que ele usa faz Cris franzir o nariz e a outra única reação que tem é se aproximar de novo para se esconder na curva do pescoço dele.
— Eu ainda não me acostumei.
E não sabe nem se quer se acostumar. Começou por um sidecut que durou só algumas semanas para gravar apenas algumas cenas. Não era de todo ruim, ainda se parecia com algo que talvez fizesse um dia, embora no começo tenha sido trabalhoso manter. Com o avanço das gravações, entretanto, dessa manhã não podia passar. Foi o combinado.
— Mas você acabou de cortar.
Benício acaricia sua nuca agora exposta demais pelos fios extremamente curtos. Cris não se lembra da última vez em que usaram uma máquina para cortar seu cabelo. Mais um suspiro e se afasta, sacudindo a cabeça ao puxar o capuz de volta.
O olhar de Benício se torna preocupado e se tem algo que Cris não suporta é preocupar o namorado, mas ao mesmo tempo não é como se conseguisse se esconder de quem já o conhece tão bem. Se esquivando dele, só então pega a bolsa largada no chão, se livra dos tênis e segue o caminho para dentro do quarto, sentindo nas costas o peso do outro o observando.
— Eu vou tomar um banho pra tirar... — Gesticula como se mostrasse os vestígios do corte ainda pelo corpo.
Cris larga a bolsa agora em cima da cama, evitando encarar Benício.
— Leve o tempo que precisar.
A sugestão — se é que pode considerar assim — vem em um tom carinhoso e soa estranha aos ouvidos de Cris, que assente com a cabeça, entra no banheiro e tranca a porta. Quando estão sozinhos, não costuma fechá-la para tomar banho, mas dessa vez parece apropriado delimitar seu espaço, mesmo que esteja ali justamente para ficarem juntos. De alguma forma é como se mantivesse Benício seguro do lado de fora também de seus pensamentos. Cris se livra das roupas sem pressa, quase preguiçosamente. Em seguida abre o chuveiro e espera a água aquecer ainda do lado de fora do box.
Cruzando com o próprio olhar no reflexo, é a primeira vez que se olha no espelho desde que saiu do salão. Fazer isso agora, sozinho, tem um gosto que ainda não consegue identificar. Os olhos carregam mais do que só o cansaço da rotina recente e intensa de ensaios e gravações do filme. Cris ergue a mão e toca os fios da franja que quase cobrem os olhos, mas não ousa tocar as laterais ou a própria nuca raspada.
Faz tantos anos que não usa um corte como aquele. Se lembra do exato dia em que decidiu que não cortaria mais o cabelo. Pensando bem, foi um ato simbólico de sua parte, para se convencer de que a partir daquele momento não se importaria mais com o que as outras pessoas pensavam. Antes disso havia sido a música, então os cabelos, as roupas, as escolhas profissionais e os posicionamentos cada vez mais claros. Não faz tantos anos assim, mas parece já ter sido uma vida toda e esse no espelho não se parece nem um pouco com a pessoa que escolheu ser.
A água quente o recebe como um abraço bem-vindo. A força da ducha massageia seus ombros e Cris consegue relaxar um pouco, fazendo o possível para que o amargo dos pensamentos seja lavado junto com a falta de energia de um dia todo fora de casa. Está ali para aproveitar a companhia do namorado que pouco tem conseguido encontrar e é só com isso que precisa se preocupar hoje.
É com esse pensamento que Cris tenta sair do banheiro. Usando um dos roupões de banho disponibilizados pelo hotel, usa também uma toalha de rosto para secar o cabelo. Do pequeno sofá que tem no quarto Benício sorri ao vê-lo e seu coração se derrete pelo que sabe que será apenas uma das milhares de vezes na noite.
— Melhor? — Ele pergunta ao estender os braços em sua direção.
Cris solta um riso fraco pelo nariz, nem um pouco impressionado com o fato dele simplesmente saber que tem algo de errado. Benício o puxa pela cintura para que se sente de lado em seu colo.
— Só tô um pouco cansado.
Tudo o que o outro faz é emitir um som baixo em concordância. Ele mesmo termina de secar o excesso de água de seus cabelos e deixa a toalha no braço do sofá antes de envolvê-lo em um abraço confortável. Cris se deita em seu ombro.
— Não tá esquecendo de nada? — Benício pergunta baixinho.
Cris sorri de leve e nega com a cabeça enquanto mantém os olhos fechados. O resmungo indignado de Benício arranca um riso baixo de Cris, que deixa um beijo suave no maxilar dele.
— Eu ia te beijar mais cedo, mas você parecia mais interessado nesse cabelo.
Ele ergue uma mão e acaricia sua nuca.
— Nesse cabelo... — Benício repete como quem julga o tom que Cris usa para falar de si mesmo. — Eu tava curioso para ver o quão lindo você ficou.
Cris grunhe, mas ao invés de se dar ao trabalho de responder, vira o rosto dele para si e junta os lábios. O contato simples por si só já é o suficiente para mandar embora mais um pouco da tensão que vem carregando no corpo, mas quando o outro entreabre os lábios e pede passagem entre os seus é que Cris se lembra do quanto sentiu falta dele.
As agendas de ambos não têm facilitado encontros como esses. Às vezes pensa em como é um péssimo namorado, pouco presente, mesmo que se falem todos os dias e acompanhem de perto a vida um do outro. Ficou mal-acostumado com como tudo isso começou e em como nos últimos anos conviveram quase diariamente por conta do trabalho juntos. Agora às vezes parece até mesmo que moram em cidades diferentes.
Benício segura seu rosto com uma das mãos enquanto o beija sem pressa e o mantém apoiado em um de seus ombros. O modo como ele desliza os lábios sobre os seus faz com que Cris amoleça cada vez mais e não segure os pequenos ruídos de satisfação.
— Você vai me falar o que tá acontecendo nessa cabecinha?
Benício pergunta ainda em seus lábios e não hesita em beijá-lo de novo quando Cris resmunga e apenas puxa o rosto dele para perto novamente. Dessa vez faz questão de aprofundar mais o beijo, sorrindo quando ele é quem agora deixa escapar um gemido quando explora sua boca com mais vontade.
— Você tá me enrolando...
Ele diz baixinho e Cris desliza as unhas por sua nuca. Ambos riem quando Benício estremece e grunhe.
— Não tô, eu só quero ficar com você.
Cris usa sua melhor e mais manhosa voz para convencê-lo a deixar aquele assunto de lado, o que parece funcionar quando ele volta a beijá-lo. Logo o sente deslizar a mão pela lateral de seu corpo e apetar sua cintura. Como sentiu falta do arrepio gostoso que as mãos dele em seu corpo causam. Se ajeitando melhor em seu colo, afunda os dedos nos longos fios de cabelo que Benício vem conservando.
— Eu achei que estivesse feliz com o papel — ele murmura em seus lábios.
Precisa conter um revirar de olhos quando se afasta e deixa a cabeça cair para trás, olhando o teto. Infelizmente conhece Benício o suficiente para saber que ele não vai sossegar enquanto não souber exatamente o que está pensando.
— Eu tô feliz com o papel — Cris responde ainda na mesma posição e fecha os olhos, suspirando. — Tô muito, é só que...
Ao deitar novamente a cabeça no ombro do outro, pensa em como elaborar aquilo em voz alta. Fazer esse filme é um sonho realizado e nem consegue mensurar a importância de um papel como esse em sua carreira. O personagem é tão grandioso e com tantas camadas que precisar cortar os cabelos deveria ser a menor das questões. Cris se sente envergonhado por sentir o que está se sentindo. Pequeno e até meio indigno da confiança que estão depositando nele.
— Eu não sei se consigo explicar — murmura, e quando ergue os olhos, Benício tem o semblante paciente e carinhoso de sempre. Cris suspira. — É só que... Parece que não sou eu, mas também não é o personagem ainda? Eu... Eu tô me sentindo estranho.
— Você sabe que tá lindo, né?
Cris ri fraco e fecha os olhos de novo, negando com a cabeça.
— Eu não sei se é sobre isso, mas obrigado.
Dessa vez ele não diz nada e não precisa olhá-lo para saber que ele está à espera de que encontre as melhores palavras para tentar explicar. Em silêncio, Cris brinca com o botão que ainda está fechado na camisa do outro. Abre e depois vai para o próximo e o próximo, até que tenha espaço mais do que o suficiente para deslizar a mão sob o tecido e contra a pele quente do peito dele. Ancorado pela sensação gostosa, tenta se lembrar de como se sentiu há pouco tempo enquanto se olhava no espelho do banheiro.
— Quando eu era mais novo, eu queria ter o cabelo comprido. — Quase hesitante, é inundado pela forte memória. — E eu comecei a deixar crescer. Minha mãe dizia que eu estava lindo, que era estiloso... Em casa nada disso nunca foi problema, você sabe. — Cris sorri calmo enquanto ainda desliza os dedos carinhosamente pela pele macia do outro. — Por um tempo eu achei que era por eu gostava de rock e alguns dos meus ídolos tinham toda essa coisa de cabelão e unhas pintadas, mas depois eu percebi que era também como eu gostava de me expressar.
— Até hoje — Benício completa, assentindo com a cabeça como quem concorda com o que diz.
— Até hoje.
Por um momento, Cris pensa em encerrar por aí. A lembrança em si não causa nenhum desconforto, mas as que a acompanham fazem com que se encolha um pouco. O nó que se forma em sua garganta não combina em nada com o clima que deseja para a noite.
— Não precisa continuar. — Benício parece entender bem o caminho que sua cabeça faz quando o abraça mais firme. — Eu me lembro daquela entrevista em que contou isso.
Cris quase não consegue segurar quando seus olhos se enchem. É claro que ele se lembra, é claro que ele assistiu a uma entrevista sua. Tudo o que faz é assentir com a cabeça e aproveitar a breve sensação que a informação lhe causa para esconder o rosto contra o ombro dele, no entanto, o peso no peito não vai embora de imediato.
No dia em que disse para a mãe que queria cortar o cabelo, ela não o questionou. Não precisava, diante dos dias em que passara trancado no quarto ou forjando um motivo qualquer para faltar às aulas. Ela perguntou quando gostaria de fazer e Cris respondeu que naquele dia mesmo, recusando a sugestão da mãe de adiar um pouco mais. Sabia que era uma tentativa de fazê-lo esperar, de fazer com que o que quer que estivesse sentindo assentasse dentro do peito e desistisse da ideia. Parece que Cris está revivendo aquela tarde em que chegou do salão com os cabelos mais curtos que se lembra já ter tido.
Até hoje.
O que sentiu ao se olhar no espelho mais cedo agora parece um pouco mais claro. Cris não se reconhece assim como não se reconheceu quando era só um adolescente tentando encontrar a própria identidade. Os motivos agora são completamente diferentes dos que o levaram a fazer isso antes, mas por mais que a essa altura tenha completa consciência de que é muito mais do que um corte de cabelo, o estranhamento é o mesmo.
Cris suspira e esfrega o próprio rosto, penteando para trás os fios que incomodam em sua testa. Não percebe a força desnecessária que usa até Benício afastar com cuidado a mão que puxa o próprio cabelo. Deixando-a cair no colo, resmunga baixo quando o sente pentear os fios para trás usando os dedos com cuidado. A mão dele em seguida desce pela parte de trás de sua cabeça e Cris amolece um pouco em seus braços.
— Não existe nada nesse mundo que faça você deixar de ser quem é, nada — Ele beija seu rosto. — Olha aonde você chegou. — O sussurro acompanha outro beijo — Você é lindo, Cris, em todos os sentidos.
Apesar do assunto, o tom e os toques deixam bem claros as intenções de Benício. Ele deposita mais um beijo em seu maxilar em seguida, agora com os lábios um pouco mais abertos, e o carinho faz Cris gemer baixinho.
O assunto parece realmente ficar de lado quando ele desliza os beijos em direção ao seu pescoço. Ele começa só encostando os lábios, deslizando-os e causando um arrepio gostoso. Cris murmura em deleite quando sente os beijos se tornarem mordidas e chupões cuidadosos que deixam um rastro molhado por onde passam.
— Tão lindo — ele sussurra praticamente dentro de seu ouvido.
A essa altura o calor que o mantém aquecido não é o do banho recém tomado e Cris estremece de um jeito que não estava esperando quando Benício corre as unhas por seu couro cabeludo onde os fios estão bem curtos.
— Não — choramingando, é tudo o que consegue responder enquanto se agarra a camisa do outro.
Ele não cessa o carinho nem mesmo quando tenta afastar a mão dele de seus cabelos, pelo contrário, os dedos pressionam mais firmes sua nuca e Cris se pega estremecendo mais uma vez ao puxá-lo pelo colarinho para mais um beijo. As línguas se enroscam sedentas. Cris segura Benício também pelos cabelos e geme em seus lábios quando ele o puxa ainda para mais perto. A mão em sua nuca desliza pelo resto do seu corpo e o segura pela dobra de seu joelho. O corpo parece reconhecer o toque em uma espécie de memória muscular.
— Vai me deixar te mostrar o quanto eu te acho lindo? — Benício começa a subir a mão, dessa vez por dentro do roupão enquanto sussurra em seus lábios. Cris nega com a cabeça. — Preciso que fale comigo em voz alta, meu bem.
Com ele afundando os dedos em sua coxa, fica difícil encontrar ar até para pensar, quanto mais para dizer qualquer coisa. Os dedos apertam ainda mais o punhado de cabelos dele que ainda segura e Cris não acha possível que cérebro faça alguma conexão coerente com a boca dele tão perto da sua. Benício sobe mais a mão e agora aperta logo abaixo de sua bunda, as pontas dos dedos provocando muito além da coxa.
— Não. — Abafa um gemido direto em seus lábios.
Se estivesse em seu modo petulante, Cris responderia com um tapa bem dado ao sorriso presunçoso que Benício abre. Com o polegar, puxa o lábio inferior dele devagar até que escape direto para dentro dos seus e então morde até ouvi-lo gemer. O som faz com que seu pau já meio duro pulse necessitado.
— Não? — ele pergunta e a próxima coisa que sente é Benício afastando suas nádegas para provocar sua entrada. — Porque não parece.
Ele desliza os lábios sobre os seus e Cris sente o rosto esquentar gradativamente, mas apesar disso, todo o sangue de seu corpo termina de descer para o meio de suas pernas. Benício ainda perde algum tempo o provocando quando volta a beijá-lo. Os lábios se afastam dos seus mais uma vez quando ele ergue a mão e desliza os dedos contra os próprios lábios. Cris já acha a boca dele obscena por si só, apenas por existir tão bonita, carnuda, adornando aquele maldito sorriso que derrete tanto seu coração quanto suas pernas, mas quando ele desliza dois dedos para dentro e chupa com um gemido, Cris acha que vai desmaiar.
Já está de olhos fechados novamente quando ele abocanha a pele de seu ombro, afastando com o rosto mesmo o roupão já meio aberto.
— Beni... — geme quando ele pressiona com mais força os dedos agora molhados de saliva que o provocam, mas nada além disso. — Por favor.
Com outro riso daqueles que o fazem querer bater nele, Benício afasta a mão.
— Assim eu vou te machucar — ele diz simples e estapeia a lateral de seu quadril ao mesmo tempo em que move as pernas para expulsá-lo do colo. — As coisas estão na minha mochila.
Cris grunhe quando começa a levantar e quase cai quando coloca o primeiro pé no chão. Sob um arfar risonho do outro, prefere fingir que só tem relação com estar tonto de tanto tesão e não com o fato de ser cronicamente desastrado.
Quando volta para a poltrona munido do frasco de lubrificante, Cris aproveita alguns segundos para apreciar a bela vista que é o namorado. Meio corado de calor, o rubor vai além de suas bochechas, para o peito. Ele ainda tem camisa meio aberta e amassada como deixou e suas calças sociais justas nas coxas grossas não escondem nada da sua ereção. Com um sorriso de canto, Benício não parece ter nenhum problema em ser observado por seus olhos famintos. Cris se pergunta quando foi que ele ganhou aquela confiança toda.
Benício o puxa pelo laço do roupão que termina de abrir quando se aproxima. Ao contrário do outro, Cris sente as orelhas pegarem fogo quando ele se inclina para frente e deixa um beijo molhado em seu abdômen, empurrando o tecido pelos ombros e deixando-o completamente nu.
— Viu? Lindo. — Benício desce os olhos lentamente por seu corpo.
Desviando o olhar com um riso fraco e negando com a cabeça, Cris tenta lutar contra a vontade de se esconder. Joga no colo do outro o frasco que ainda segura e espera não muito paciente enquanto ele lambuza os próprios dedos. Quando Benício estende um dos braços em sua direção, não hesita em se aproximar, se deitando de barriga para baixo em suas coxas.
Ele solta um riso que parece um pouco surpreso enquanto o acomoda na posição.
— Achei que alguém tinha me dito não há alguns minutos?
— Cala a boca.
Benício ri um pouco mais e aperta um dos lados de sua bunda ao mesmo tempo em que esfrega sua entrada agora com mais vontade. Cris já não sabe mais se foi uma boa ideia se deitar nessa posição quando sente o pau esfregar contra a coxa dele a cada mínimo movimento. Talvez devesse pedir para ele tirar a roupa de trabalho, mas a ideia de estar completamente nu com ele completamente vestido é excitante na mesma proporção que constrangedor.
— Eu gosto quando você tá assim. — O tom dele é quase como se comentasse sobre o tempo, a pressão dos dedos em si é torturante. — Tão desesperando para que eu encoste em você que fica até obediente.
Cris geme um xingamento quando cada uma daquelas palavras parece correr toda sua espinha. Chega a rir fraco de si mesmo, do quanto é pateticamente suscetível a quase qualquer coisa que saia daquela boca maldita.
— Não me enrola — pede baixinho
Benício sorri e coloca mais pressão no movimento. Cris move o quadril na direção de sua mão, mas o que o faz ofegar de verdade é quando a sente a fricção do tecido da roupa dele no próprio pau.
— Não vou — ele diz enquanto força o primeiro dedo para dentro e Cris entreabre os lábios. — Porque você fica ainda mais lindo assim.
As mãos procuram qualquer coisa no que se agarrar e encontram apenas o tecido do braço do sofá. Os movimentos dele são lentos, o acostumando aos poucos, mas Cris nem tem tempo de reclamar muito quando ele acrescenta mais um dedo e começa a abri-lo devagar. Os gemidos são abafados no próprio ombro.
— Olha só você... — Benício diz baixinho enquanto afasta bem suas nádegas, provavelmente querendo ter uma visão clara do que faz — Sempre se abrindo tão fácil pra mim.
Cris não sabe se o gemido manhoso que deixa escapar é pelo que o outro disse ou por ele ter começado a empurrar mais um dedo para dentro de si. Benício pressiona firme os dedos da outra mão antes de dar um tapa fraco demais em sua bunda, mas que o faz se contorcer.
— Mais forte. — Soa tão desesperado que sente mais uma vez o rosto esquentar.
Não é algo que já fizeram antes.
Não é algo que Cris nem sequer já pensou em fazer com alguém.
— Você tem certeza?
— Eu não vou quebrar — responde ainda no mesmo tom ofegante, se contorcendo e agarrando com mais força o braço do sofá. — Ou vou, tanto faz, só... Por favor.
Benício respira tão alto que consegue ouvir. O tempo que ele demora ponderando seu pedido, porém, é longo demais. Quando ele volta a abri-lo com os dedos, Cris se esfrega ainda mais firme em sua coxa.
— Você sabe o que fazer se for demais.
É tudo o que ele diz antes de tirar os dedos de si sem aviso.
Cris não tem tempo de assentir com a cabeça quando sente o primeiro tapa. Uma onda de prazer percorre seu corpo de um jeito que não achava que fosse possível. O próximo vem não muito tempo depois e junto do próprio gemido, consegue ouvir Benício também ofegar. Ele esfrega novamente sua entrada, coloca e tira rapidamente dois dedos.
— Meu deus, você vai me matar — Benício respira pesado.
Recebendo a declaração como um combustível, Cris arqueia as costas e empina ainda mais o quadril para ele. Benício esfrega a mão em um dos lados de sua bunda e acerta mais um tapa. A certeza de que ele também está gostando o deixa ainda mais excitado, se é que é possível.
Outro tapa, dessa vez mais forte que os anteriores e Cris precisa abafar o gemido no próprio ombro. O pau escorre pré-gozo, pulsando friccionado contra a perna do outro, estimulado ainda mais a cada novo tapa que faz com que se mova mesmo que minimamente.
Benício puxa o ar por entre os dentes sempre que esfrega a pele agora sensível. Cris provavelmente ficará por uns dias com a lembrança gostosa dos dedos dele em sua bunda. Talvez ainda sinta quando se sentar no dia seguinte.
Mais um tapa e outra onda de prazer o toma.
— Por favor — choraminga, o corpo trêmulo quando precisa se concentrar em não gozar logo.
— Já implorando, meu bem? — A voz de Benício parece escorrer tesão direto em seus ouvidos. — Mas você tá sendo tão bom garoto.
Não sabe se está completamente comprometido, mas só isso faz com que seu pau escorra ainda mais e com certeza já deixou uma mancha úmida na calça do outro. Cris costuma ser paciente quando eles entram nesse clima, seu corpo costuma ser mais paciente, mas especialmente hoje está difícil se controlar e esperar o tempo que o outro parece não estar se importando em passar ali, na mais recém-descoberta dos dois. Outro tapa e é inevitável, Cris pisca mais demorado e franze o cenho quando chega muito perto de seu ápice.
— Eu... Eu posso gozar? — A voz quase não sai quando pede trêmulo.
— Só com isso, amor?
Benício provoca e esfrega com mais força a pele antes de deixar mais um tapa, fazendo Cris choramingar de desespero e respirar fundo algumas vezes, tentando se agarrar ao que resta de controle.
— Por favor...
— Por favor o quê? — Agora Benício volta a colocar dois dedos em Cris e pressiona diretamente sua próstata. — Você quer gozar?
— Quero. — Cris assente com a cabeça mesmo que talvez ele nem consiga ver e choraminga. — Por favor?
Benício torce os dedos dentro de si e o som que deixa os lábios de Cris é algo que beira o animalesco, entre um grunhido e um ofego alto demais. Os olhos embaçam quando se enchem de lágrimas e não acha que seja possível tremer mais do que está tremendo no momento.
— Eu amo ver você assim — ele diz baixinho e novamente puxa o ar por entre os dentes. — Abrindo mão do controle, cedendo e me esperando dizer quando pode gozar. — Benício agora dá tapinhas fracos na pele dolorida enquanto ainda move os dedos. — Eu nem preciso mais te amarrar.
O gemido choroso que Cris solta só com a ideia do uso de qualquer restrição é um pouco constrangedor. Faz tanto tempo... Talvez devesse parar de ceder tão rápido, talvez devesse atuar um pouco mais, afinal, mas ao mesmo tempo em que fica zonzo com a quantidade de pensamentos do que poderia resultar em qualquer coisa que lhe dê mais prazer, Cris só quer ser obediente para Benício.
— Goza, meu bem. — A permissão vem acompanhada de um afago rápido na cabeça.
Cris não hesita em começar a se esfregar devagar contra a coxa dele, ao mesmo tempo em que move o quadril contra os dedos dentro de si, tentando encontrar um ritmo para as duas coisas. Não que vá demorar muito, já estando tão no limite. O bico que se forma nos lábios, porém, é inevitável.
— Eu achei que você fosse me foder.
— E quem disse que não vou? — Ele aumenta a rapidez com que empurra os dedos e Cris revira os olhos. — Nós temos a noite toda.
Não conseguindo pensar em nenhuma resposta ousada para dar, Cris xinga baixo e se apoia melhor no braço do sofá para aumentar a pressão do quadril. Benício ofega e o sentimento é confuso entre o constrangimento de estar sendo observado daquele jeito, tão desesperado, e a excitação de ser claramente desejado. O que o faz atingir seu limite é ouvir o outro gemer.
— Olha só como você fica lindo gozando — Benício fala baixinho e não reclama quando Cris obviamente suja sua roupa — Lindo, lindo.
Cris fecha os olhos quando estremece com o elogio e é tomado pela onda de espasmos e calor ainda mais intenso. A sensação é de que o orgasmo não tem fim. Quando volta a si aos poucos, solta o tecido do sofá no qual ainda estava agarrado e os dedos doloridos deslizam para o próprio rosto, só então percebendo algumas lágrimas que escaparam. Cris solta outro gemido baixinho quando rebola devagar contra o estímulo ainda oferecido por Benício.
Quando ele afasta os dedos de si, Cris precisa reunir alguma força para se levantar, mesmo com a ajuda dele. De joelhos no pouco espaço que sobra no sofá, só então vê a bagunça que fez na calça do outro.
— Ops, sua roupa. — Solta uma risadinha de canto.
Benício tem os olhos no mesmo lugar, mas os ergue assim que Cris limpa com os dedos os vestígios de seu orgasmo no próprio abdômen e em seguida os leva até a boca, lambendo devagar. O outro respira tão fundo que é quase possível ouvir seus pulmões se expandindo.
— Eu vou te foder tanto...
O pau de Cris imediatamente pulsa na esperança de que, além de uma ameaça, aquilo seja uma promessa. Os olhos se arregalam de susto quando em um impulso ele o segura pela cintura e o tira do sofá, e precisa reencontrar seu equilíbrio em tempo recorde para se manter de pé com as pernas ainda um pouco trêmulas.
— E eu já tenho até uma ideia do que vou fazer com você. — Benício estreita os olhos e os desvia rapidamente em outra direção.
Cris acompanha seu olhar e não controla o ofego que deixa seus lábios ao dar de cara com o próprio reflexo no espelho enorme na parede do quarto. Por mais que queira, não consegue desviar o olhar da completa bagunça que está. A pele brilha com uma camada fina de suor, a bunda marcada, provavelmente com a impressão perfeita dos dedos de Benício se olhar mais de perto. O cabelo completamente desgrenhado agora deixa a mostra suas orelhas que se encontram impossivelmente vermelhas, assim como seu rosto e parte do peito. Se for possível mesmo morrer de vergonha, talvez hoje seja o dia para provar que sim.
— Beni... Não.
— Eu não estou te pedindo. — Ainda sentado, o tom dele é quase entediado enquanto termina de abrir os botões da camisa e se livra dela. — E bom, você sempre sabe o que dizer se realmente não quiser.
Ele faz uma pausa como se o esperasse falar alguma coisa, mas Cris abre e fecha a boca mais de uma vez antes de se dar por rendido. No fundo, também sabe que só precisa de uma palavra, um único sinal, para que tudo aquilo acabe. Mas também, no fundo, não quer outra coisa no momento que não seja ser o que Benício espera.
— Como imaginei. — Ele sorri de canto e se levanta.
O som do cinto dele se abrindo causa em Cris pequenos tremores de ansiedade e, ainda parado no meio do quarto, leva uma mão até o meio das próprias pernas para se encontrar quase completamente duro de novo.
Benício se livra das calças justas junto com a cueca e Cris não evita umedecer os lábios quando sente água na boca ao vê-lo tão pronto. Nos poucos segundos que tem para observá-lo, faz uma anotação mental de fazer isso mais vezes naquela noite. Parece que toda vez que se encontram ele está ainda mais bonito, se é que é possível. Seu namorado é uma obra-prima e sorte a sua poder ver, tocar e provar cada pedacinho dela.
Quando ele se aproxima novamente não é do jeito mais cuidadoso. Se parece como um de seus abraços desajeitados que Cris aprendeu a amar, mas o beijo é mais faminto e arranca gemidos sem pudores de ambos.
A passos atrapalhados, Cris estremece violentamente quando sente o espelho gelado contra a pele quente de suas costas. Benício esfrega o corpo no seu e o faz colocar os braços ao redor de seu pescoço enquanto ainda se beijam. Sempre gosta quando ele chega nesse ponto de estar muito perto de também perder o controle. Dá para sentir por como ele corre firme as mãos por todo seu corpo, como se quisesse atravessar os dedos em sua pele, fundir o corpo no seu.
Sem qualquer aviso, porém, ele se afasta e Cris reage com um som assustado quando a lateral do rosto é pressionada contra o espelho e sente Benício se esfregando exatamente entre suas nádegas. Um gemido mais alto é contido quando morde o próprio lábio inferior e Cris sorri quando ouve o outro gemer sem reservas perto de seu ouvido.
As pernas quase o traem quando Benício se afasta repentinamente. Pelo espelho, o observa ir apressado até onde deixou o lubrificante e despejar uma quantidade considerável no próprio pau. Ele se aproxima enquanto ainda move a mão ao redor de si mesmo e acena com a outra.
— Pode se afastar desse espelho — ele diz sem dar espaço para contestações. Um pouco confuso com o pedido, Cris dá um passo incerto para trás e Benício volta a se encaixar entre suas nádegas. — Eu quero você se olhando.
Por uma fração de segundos Cris pensa em usar a safeword. Seria a primeira vez entre os dois. O coração parece que vai sair pela boca em antecipação e honestamente duvida de que conseguirá ir até o final se precisar ficar encarando seu reflexo logo nesse momento, logo hoje. Ainda assim, o desejo de ser bom para Benício prevalece. Ele o conhece, conhece seus limites e o nível de confiança construído ali garante de que, na verdade, o poder está em suas mãos.
Quando Benício começa a deslizar o pau para dentro, Cris apoia as duas mãos no espelho. A cabeça pende para frente quando geme choroso, mas logo Benício a puxa para trás pela franja, obrigando Cris a fazer exatamente o que ele quer. As investidas também não demoram a começar.
Cris nunca se imaginou tão exposto, tão vulnerável. Ainda está muito sensível do orgasmo anterior, mas não é por isso que precisa se segurar várias vezes para não fechar os olhos. Obrigado a olhar para si mesmo enquanto é fodido pelo namorado, observa gradativamente quando os olhos começam a brilhar um pouco demais, se enchendo.
— Meu deus, Cris. — Benício ofega em sua nuca lhe causando ainda mais tremores. — Você é... Você é tão bom, tão quente. Que saudade eu tava.
É tudo o que Cris deseja, ser bom para Benício.
A mão dele escorrega de seu cabelo, mas não ousa desviar os olhos de si mesmo, embora queira olhar para ele também. Cris encara a própria imagem vendo quando umas gotas de suor deslizam de sua têmpora para o rosto e se perdem na linha de seu maxilar. Um gemido mais alto quando ele acerta sua próstata e franze o cenho. Cris está uma bagunça.
Cris é uma bagunça.
— Eu não vou aguentar muito.
Com as mãos ainda apoiadas no espelho, choraminga quando sente seu ápice se aproximar e o calor se instalar ainda mais intenso em sua virilha. Ao mesmo tempo, começa a rebolar e se movimentar contra as investidas do outro.
A mão dele vai para seu pescoço e, pela visão periférica, Cris vê quando Benício apoia o queixo em seu ombro. Ele respira fundo, claramente tentando se controlar enquanto pressiona os dedos em sua garganta, arrancando um gemido ainda mais alto de Cris.
— Olha como você é lindo — ele sussurra em seu ouvido e a voz estremecida entrega que ao menos Cris não é o único afetado por ali. — Lindo, gostoso... E toda vez que você ousar duvidar disso eu vou te foder exatamente assim, com você vendo como você fica ainda mais lindo com meu pau enterrado em você.
Não é preciso mais para que seu pau pulse com vontade e a visão fique turva quando o novo orgasmo vem de uma só vez, sem aviso. Cris não tem ideia do quão alto geme enquanto ainda sente as investidas de Benício, mas espera que as paredes do quarto sejam grossas o suficiente. A sensação é de que sua audição está momentaneamente comprometida quando ouve os gemidos dele um pouco distantes, e então sabe que ele também gozou quando para fundo dentro de si.
Deitado com a cabeça para trás no ombro do outro, Cris parece retomar os sentidos aos poucos. A respiração pesada de Benício em seu pescoço é a primeira coisa que sente, em seguida a firmeza com que as mãos dele o mantêm seguro no lugar.
Cris resmunga ainda com o cérebro derretido demais para conseguir formular qualquer frase ou se mexer. Benício deixa seu corpo devagar, mas não se afasta, permanecendo ali pelo tempo que Cris precisar para se recuperar. Ele rodeia seu corpo com os braços e observa pelo espelho, o que só nota depois de algum tempo.
— Bom garoto. — Ele dá um daqueles sorrisos de tirar o fôlego.
Cris estremece tão forte que ambos caem em uma risada gostosa. Sente o abraço dele ficar ainda mais firme e ser acompanhado de beijos carinhosos em seu ombro, pescoço e rosto. Com um sorriso amolecido e lutando para não fechar os olhos, aprecia as bochechas coradas do namorado e o cabelo desgrenhado molhado de suor grudado na testa. Em seguida olha para si mesmo. Talvez nunca tenha se visto tão... nu. E ali, sem qualquer vestígio do que estava nublando sua visão, não é que Cris gosta do que vê?
Oie!
Suh aqui, diretamente de uma fresta do armário da escrita hahaha.
Para todos os efeitos, eu não escrevo. É o que costumo dizer por aí. Na verdade, eu voltei a escrever no final de 2022 depois de dezesseis anos parada, mas apesar de curtir muito e ser livre escrevendo o que eu quiser, eu não tenho qualquer pretensão de que isso deixe de ser só um hobby ou de abrir minhas coisas para todo mundo.
Só o Koda pra me tirar momentaneamente desse armário! E que bom que eu aceitei o convite, me senti muito importante e honrada. Espero que você que chegou até aqui tenha curtido tanto quanto eu curti escrever o Cris e o Beni.
Nos vemos por aí.
Um beijo,
Leia todos os textos da kinktona!
E se você leu até aqui, essa é a oitava rapidinha de DEZ com autores convidados que virão nas próximas semanas. Estamos na reta final, então fica por aqui, manda pra amigues, divulga nas redes sociais e me ajuda a levar esse projeto mais longe ❤️
É isso! Um xêro e um queijo,
Kodinha
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