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Aniversário de 3 anos do Só uma rapidinha + Extra da Madre e da Freira
Servindo bem o fandom da freira para servir sempre o fandom da freira
Boa noite safades, tudo bom?
É 00h56 enquanto escrevo essa mensagem. Eu acabei de terminar o texto da freira e me deitei. A vida tem sido intensa e desafiadora nos últimos tempos, mas ei, estou há quase seis meses na terapia, e isso tem ajudado. Nem sempre dói menos, mas ao menos tenho alguém cuja especialidade é me ouvir falando coisas sem sentido no mínimo uma hora por semana. Tem realmente ajudado.
Mas eu juro, esse é um texto feliz e grato, apesar do caos da vida.
Ontem de manhã (dia 11, domingo, que eu talvez ainda possa chamar de hoje, dado que ainda não dormi), mandei uma mensagem pra Bells comentando uma coisa que acho pertinente dizer aqui também. Eu tenho essa sombra me perseguindo por ainda não ter terminado um romance. Em alguns dias ela é pequena e tem talvez o tamanho da sombra que meu copo de água faz na minha mesa (não muito incômoda, mas sempre ali). Em outros dias ela é maior que meu corpo inteiro, transformando o escritório que trabalho numa caverna de agonias e ansiedades. Nesses dias, a sensação é que meu futuro como escritor vai estar pra sempre quebrado e que meu sonho vai ser incompleto (eu tendo a ser pessimista com facilidade).
Ainda assim… é engraçado como sempre que me sinto perdido algo acontece pra me lembrar que, apesar dessa vontade ainda não suprida, eu ainda construí e sigo construindo algo incrível aqui nessa newsletter. O Só um rapidinha nasceu mais da minha necessidade de criar sem medo do que qualquer outra coisa. Eu precisava reencontrar meu prazer na escrita erótica e, olha só, eu meio que encontrei isso e muito mais. Rapidinha deixou de ser só uma forma de descrever sexo feito rápido e passou a ser pra muita gente sinônimo de texto erótico queer. De alguma forma, eu não sei bem como (narrador: ele sabe exatamente como), as pessoas agora lembram de mim quando veem qualquer coisa semierótica com padres ou freiras. Me marcam em tweets e posts e lembram de mim nos cenários mais inusitados (até mesmo numa MILF e um virgem inspirada numa ave fodona e um novinho falhando em transar com ela repetidas vezes). Não sei o que eu fiz pra merecer isso aqui, mas, caralho, que bom é estar há três anos nessa jornada. Três anos escrevendo pornografia queer de todos os tipos, pra todos os gostos, explorando vários kinks e fetiches. Essa newsletter é meu maior orgulho e a comunidade que surgiu ao redor dela me faz muito, muito feliz.
Agradeço cada um que acompanha essa news, dos mais quietinhes aos mais horny on main. Sou grato de verdade e espero que a gente possa continuar compartilhando fetiches por muito, muito tempo.
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Dito isso, um beijo na bunda de cada um ❤️ Bora pro texto!
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ps: e se você nunca leu nenhuma das histórias da Madre e da Freira, corrija isso imediatamente. Você pode ler em ordem de lançamento (e cronológica): aqui, aqui e aqui.
Minha
Irmã Raquel tinha certeza de que nunca esteve tão ansiosa. Nem mesmo quando foi se apresentar para o serviço, ou quando decidiu que conversaria com a Madre pela primeira vez. Nem durante sua primeira novena, de verdade. Em todas essas vezes achou que a ansiedade era tanta que pularia de dentro de seu peito, mas sua ingenuidade a protegia de certa forma. Dessa vez ela de fato sentia o corpo se rebelando, trêmulo, a respiração inquieta, a agonia crescendo, uma ansiedade de quem já sabia onde estava se metendo e queria mesmo assim. Já estava frio nessa época do ano e já passava das onze da noite, o que só piorava a situação. Ela poderia muito bem esperar embaixo das cobertas, o que tecnicamente era a coisa sensata a se fazer, mas planejara esse momento tantas e tantas vezes em sua cabeça nos últimos meses que não conseguiria se mover para se agasalhar nem se quisesse.
Irmã Raquel se contentou em ficar em pé, no centro do quarto, inquieta mesmo. Se proibiu de conferir no espelho pela décima vez como estava sua aparência, cansada de achar mais e mais defeitos toda vez que olhava, e também ciente de que a pouca luz que vinha do lado de fora diminuia a cada minuto. O importante era que a Madre gostaria, tinha certeza. Além disso, já tinha decorado cada pedacinho da sua roupa a essa altura: estava usando só a lingerie branca que havia comprado, o sutiã sem bojo contornando seus seios pequenos, a calcinha de renda dando um volume nunca antes visto na sua bunda, as meias destacando as coxas. Estava sem o véu também, e os cabelos como sempre cortados na altura do ombro. De ousadia, tinha recém cortado uma franja no espelho do banheiro. Não era exatamente sobre a testa, porque daria muito trabalho para colocar embaixo do véu se fosse, mas era um pouco mais curta que seu cabelo e se destacava. Antes de começar a se colocar mil defeitos, Irmã Raquel até sentiu bonita por um segundo.
Mas aí a ansiedade veio, é claro. Então Irmã Raquel estava com as mãos apertadas ao lado do corpo, os punhos fechados, e mordiscando o lábio inferior. A Madre chegaria a qualquer momento, ela tinha certeza, mas não sabia exatamente quando seria. Tudo que poderia fazer era esperar ali, parada no centro do quarto, pronta para ser o presente de Dia de Consagração de Maria de Fátima que decidiu que seria, esperando que isso fosse surpresa o suficiente, bom o suficiente, ou, ao menos, um pouco do que sua Madre merecia pelo esforço e dedicação.
Irmã Raquel prendeu a respiração quando viu a porta se mexendo. Já não enxergava nada direito pela escuridão do quarto, e a luz e o vento que entraram pela porta estremeceram seu corpo inteiro. Viu a sombra que contornava o corpo da Madre quando ela se moveu para dentro do quarto parecendo distraída, e logo ela fechou a porta atrás de si. Irmã Raquel mal conseguia respirar, não conseguia se mexer, estava paralisada, aguardando, esperando ser notada. Madre Madalena deixou sua bíblia na mesinha ao lado da cama, ainda distraída, soltou um longo suspiro e acendeu a luz pelo interruptor ao lado da cama.
O coração de Irmã Raquel parecia que explodiria seu peito a qualquer momento, martelando como nunca, e os segundos se arrastaram um por um enquanto a Madre não se virava. Mas ela eventualmente se virou, e então a Madre a viu.
A sensação para Irmã Raquel era a de que o tempo havia parado. Sua respiração era tão lenta e baixa que parecia inexistente; seu coração, até então acelerado, agora batia devagar, queimando sua adrenalina e transformando em outra coisa, talvez mais poderosa, mais perigosa; e, mais do que tudo isso, nenhuma das duas se moveu. Madre Madalena estava soltando a corda de sua cintura e assim parou, as mãos ainda desfazendo o nó.
Os olhos dela estavam indecifráveis. Irmã Raquel nem sempre tinha plena certeza do que a Madre estava pensando, mas costumava ao menos suspeitar. Naquele instante, entretanto, não fazia ideia do que se passava na cabeça da Madre. Ela estava parada, seu rosto, inexpressivo, mas seus olhos não paravam quietos um segundo, passeando pelo corpo de Irmã Raquel, descendo e subindo, parecendo buscar alguma coisa.
— Madre? — Irmã Raquel perguntou, a voz baixinha, trêmula, a ansiedade consumindo todo o seu interior novamente.
Silêncio demais. Demais. A dúvida já tinha alcançado todas as suas certezas, agonizando de dentro para fora. Errara em achar que tudo isso era uma boa ideia? A roupa não era adequada? Será que ela… era…
Madre Madalena deu um passo, depois outro, depois outro, e logo suas duas mãos estão no rosto de Irmã Raquel, a ponta dos dedos se afundando nos cabelos dela, a palma escorregando num carinho pelas bochechas. Irmã Raquel fechou os olhos, inundada de alegria pelo contato, sem acreditar na proximidade, seu corpo inteiro reagindo à presença tão próxima da Madre. Bom, tão bom, tão bom.
— Minha… — a Madre murmurou como se fosse começar uma frase em seu ouvido, a boca colada em sua pele, o hálito quente em seu pescoço.
Irmã Raquel abriu os olhos e se sentiu pulsar entre as pernas, ansiosa. A Madre estava com o corpo colado no dela, as mãos ainda fazendo um carinho em seu rosto, o olhar perdido no seu. Esperou o resto da frase, mas ele não veio.
— Minha…
A Madre repetiu descendo as mãos para os ombros da Irmã, depois seios, e passou a ponta dos dedos no tecido do sutiã, contornando os mamilos dela.
— Minha, minha…
Irmã Raquel só então entendeu que não era uma frase, que não viria uma frase. Era uma afirmação, um sinal de posse. Entender só piorou seu estado, só fez seu desejo se espalhar ainda mais, e aumentou sua satisfação também. Acertou. Deu o presente certo para a Madre, para sua Madre.
Madre Madalena desceu os dedos até a lateral da calcinha da Freira, seu olhar seguindo suas mãos, mas antes que fizesse qualquer coisa, parou. Voltou os dedos para o pescoço de Irmã Raquel e segurou seu rosto, impossibilitando que desviasse o olhar.
— Por quê?
O gesto da Madre era quase brusco, a forma como segurava seu rosto era restritiva, mas sua voz era doce. Era uma exigência, mas ela não estava brava. Tinha alguma coisa na sua voz, no seu olhar, na sua respiração cortada saindo pela boca, no seu hábito desmanchado pela metade, no caos da situação. Madre Madalena parecia… surpresa. Pior, parecia perturbada.
— Era pra ser um presente — Irmã Raquel murmurou, tentando não desmontar completamente sob o olhar da Madre. — Pela consagração. Pelo seu trabalho. Eu… — Engasgou nas palavras. — Eu escolhi. Pra você.
Irmã Raquel nunca se cansaria da sensação absurda do frio na barriga, da adrenalina que cada interação com a Madre colocava no seu corpo. Esperou em silêncio quando a Madre não a soltou, mas não respondeu de imediato também. Os olhos dela de novo passeavam pelo seu rosto e a proximidade queimava tudo na Freira, acendia seu corpo inteiro. Irmã Raquel mordeu o lábio inferior, tão ansiosa, tão necessitada, e isso pareceu estalar alguma coisa dentro da Madre.
Madre Madalena se moveu, finalmente, e puxou Irmã Raquel para um beijo. Irmã Raquel aproveitava cada um dos beijos da Madre como se fosse o primeiro e o último, como se a fome fosse consumir tudo que ela era, como se só existissem as duas no mundo inteiro. Os lábios dela eram tão macios, tão deliciosos, e devoravam os seus com tanta ânsia e urgência e era tão, tão bom. A Madre puxou Irmã Raquel para mais perto com as duas mãos em seu rosto, escorregando pelo pescoço, apertando os cabelos em sua nuca.
Irmã Raquel gemeu ainda com os lábios juntos dos dela, o som saindo manhoso de sua garganta.
— Você é minha — a Madre se separou apenas o suficiente para murmurar, e voltou a beijá-la.
Irmã Raquel ousou colocar as mãos na cintura da Madre. Sem apertar, sem puxar, apenas deixou as mãos ali, sentindo a curva do quadril dela sob o hábito, delirando em antecipado, pensando na sensação futura de tirar a roupa da Madre e servi-la de todos os jeitos que a Madre permitisse. Era isso que queria, era o que sempre queria, agradar, servir, se entregar completamente para sua Madre, sua, sua Madre.
— Sua — a Freira arfou a palavra ainda de olhos fechados, tremendo quando a Madre beijou e lambeu seu pescoço, subindo até sua orelha.
— Minha — a Madre reafirmou.
Mordeu o lóbulo da orelha da Freira, que soltou um gemido e subiu as mãos até o véu da Madre instintivamente, sem conseguir ficar afastada dela, sem conseguir se conter. Era tão bom, tão absurdamente bom, que Irmã Raquel nem mesmo tinha certeza de ser merecedora de tudo que a Madre lhe dava. Queria, não, precisava retribuir. Por isso pensara no presente. Não queria nunca que a Madre esquecesse de sua devoção, de sua entrega.
A Madre voltou a lamber o pescoço da Freira, depois mordeu, e Irmã Raquel teve mais e mais certeza de que a Madre era a responsável pela sua vida. Parecia ser possível aguentar repetidas vezes aquela provocação, aquela tentação, todos os toques sensíveis e intensos da Madre e, ainda assim, Irmã Raquel amava. Amava sentir as garras de posse da Madre se mostrando, amava sentir de verdade que cada palavra de desejo da Madre era real, que sua devoção não era desapercebida. Adorava, se é que podia usar essa palavra. Adorava a Madre e cada coisinha que a Madre fazia por ela e deixava ela fazer em retorno.
— Há quanto tempo? — A Madre levantou o olhar para olhos da Freira.
— Tem alguns meses que eu… — Irmã Raquel começou, achando que a Madre perguntou há quanto tempo estava planejando isso, mas parou quando viu um sorriso no rosto dela.
— Minha querida… — Deu mais um beijo nela, devagar dessa vez. — Há quanto tempo está aqui parada me esperando, é isso que quero saber.
Oh. Irmã Raquel sentiu as bochechas corarem, sem saber se era pelo erro ou pelo tratamento de querida. Engoliu um monte de saliva, se preparando para confessar.
— Algumas horas. Tomei um banho depois da missa e desde então estou…
Irmã Raquel parou de falar, de novo confusa e sem conseguir compreender a expressão da Madre. Não, não era bem que não compreendia, era o olhar da Madre que era muito intenso. Brilhava, fixo nela, e a boca da Madre estava entreaberta, sua respiração quente, suas mãos ainda possessivas no pescoço da Freira. Em todos esses meses, nunca se sentiu tão dela. Desconhecia sensação tão perfeita quanto essa, quanto a servidão que a Madre a proporcionava. Era Divino.
— Vamos pra cama, Irmã.
A Madre puxou Irmã Raquel na direção da cama e parou com ela na beira, Irmã Raquel sentada sobre o colchão e a Madre de pé à sua frente. Irmã Raquel gostava dessa posição, de estar abaixo da Madre, de vê-la assim, nitidamente guiada pelo desejo, das possibilidades de servidão que apareciam. Esticou as mãos para levantar a saia da Madre, mas ela segurou seus dedos e os trouxe até os lábios. Colocou o indicador inteiro na boca, chupando com muito gosto. Já fizera isso outras vezes, em especial preparando os dedos da Freira para penetrá-la, mas parecia outra coisa dessa vez. Madre Madalena parecia brevemente uma devota, o olhar que via nela era, naquele momento, muito parecido com a paixão ardente que sentia queimar dentro de si. Uma entrega muito particular, uma urgência muito específica.
Madre Madalena sugou esse dedo, depois dois juntos, usando a língua, sugando e melando tudo. Irmã Raquel já não entendia bem onde iriam chegar, sem saber o que fazer diante de seus planos de agradar sendo desmoronados.
— Madre? — Irmã Raquel queria entender.
Mas ela não respondeu. Madre Madalena subiu na cama com as pernas ao redor da Irmã, guiando o corpo dela para cima. As duas se arrastaram devagar para trás, Irmã Raquel sentada entre as pernas da Madre, até pararem no centro da cama. Essa posição ainda era muito nova para Irmã Raquel, tão acostumada a ser quem se ajoelhava, quem estava por cima, pronta para chupar, lamber, para servir. Poucas vezes fizeram assim, em especial com a Madre ainda completamente vestida, a encarando como um presente descoberto, como uma ovelha rara de seu rebanho. Irmã Raquel abriu a boca para perguntar de novo, mas a Madre foi mais rápida, como se antecipasse suas dúvidas.
— Eu quero você. — Era uma afirmação, uma resposta.
A Madre se inclinou imediatamente, beijando de novo o pescoço da Freira e descendo pelo colo dos seios.
— Eu sou sua — Irmã Raquel respondeu, a voz inocente e trêmula.
Madre Madalena sorriu com os lábios colados em sua pele.
— Quero mais.
A Madre desceu mais os beijos, até os seios da Freira, e mordeu um dos mamilos por cima do sutiã. Irmã Raquel não aguentou a sensação quente e se contorceu sob a Madre, gemendo, incrédula com a situação. Não era nada do que tinha planejado, não era a entrega que a Madre merecia. Era Irmã Raquel quem deveria estar satisfazendo a Madre, não o contrário.
— Madre?
— Perfeita — a Madre murmurou, ignorando a confusão da Freira. Lambeu de novo os mamilos dela sobre a roupa. — Per.fei.ta.
Todos os movimentos da Madre refletiam concentração, um perfeccionismo de quem sabia o que estava fazendo, um cuidado e preciosismo apaixonado. Irmã Raquel, por outro lado, era uma confusão de sentimentos. Estava muito arrepiada e sensível, mas tão, tão perturbada. Estava mesmo tudo diferente do que havia planejado, mas não queria mais questionar ou reclamar. Afinal ainda era sua Madre e, no fundo, Irmã Raquel ainda era dela para o que ela quisesse.
— A serva perfeita. — A Madre desceu um dos lados do sutiã e abocanhou o mamilo, sugando, mordendo, lambendo com tanto gosto e ânsia e vontade. — O presente perfeito.
Irmã Raquel gemia baixinho, mordendo o lábio, sentindo pulsar entre as pernas, tão, tão molhada e sofrida. Ela segurou o lençol com as duas mãos, sem saber o que falar ou fazer além de se entregar completamente para sua Madre. Se Irmã Raquel não tivesse tanta certeza de que a noite era para ser uma surpresa organizada por ela, chegaria a suspeitar que a Madre estava planejando todos aqueles atos em sua cabeça, revisitando com ansiedade e desejo tudo que pensava, da mesma forma que Irmã Raquel fazia. Sabia que a Madre não planejara nada daquilo, entretanto, então tudo era pior. O peso do corpo dela sobre o seu, a presença dela entre as suas pernas, a língua passeando pelo seio esquerdo enquanto a mão apertava o outro, os dedos pinçando o mamilo, passeando pela renda do sutiã, descendo pelo seu quadril, tudo era absurdo, letal, insano.
Madre Madalena desceu os beijos de novo, passando pela cintura e barriga. Irmã Raquel não conseguia desviar o olhar, em choque, fantasiando o próximo passo da Madre. Ela iria… chupá-la? O mero pensar fez Irmã Raquel tremer. Não seria a primeira vez, mas, de novo, não era o que a Freira havia planejado. Seu objetivo de vida era servir e ali estava ela, deixando todo o trabalho para a Madre. Ainda assim, Madre Madalena parecia tão, tão satisfeita, que talvez Irmã Raquel estivesse entendendo tudo errado. Talvez deixar que a Madre fizesse o que queria fazer fosse servidão também.
A Madre lambeu as coxas da Freira, que se remexeu, tomada pelo tesão e desejo. Madre Madalena colocou as mãos espalmadas nas coxas de Irmã Raquel, mantendo-as abertas e no lugar. Era impossível não olhar para a Madre e, ao mesmo tempo, parecia impossível continuar olhando, a imagem sensual demais, enchendo Irmã Raquel ainda mais de desejo e vontades que não sabia sequer verbalizar.
— Consigo sentir seu cheiro daqui. — Madre Madalena parecia falar sozinha, murmurando enquanto beijava e lambia a coxa esquerda, depois a direita, ameaçando se afundar entre as pernas da Freira, mas não o fazendo, para desespero completo de Irmã Raquel.
Madre Madalena deixou uma mordida forte na coxa direita, uma que nitidamente deixaria marca. Irmã Raquel amava quando isso acontecia, amava olhar para o próprio corpo e lembrar de tudo que sua Madre já fizera dela, tudo que ainda poderia fazer.
— Madre… — Irmã Raquel agora era apenas um eco de sua própria sanidade, um fio restante, nada mais.
Made Madalena sorriu para a Freira, parecendo tão satisfeita.
— Nem preciso tocar pra saber, eu sei como você vai estar… — Ela afundou o nariz entre as pernas de Irmã Raquel ainda por cima da calcinha, e esfregou o rosto ali.
Irmã Raquel prendeu a respiração por um segundo, o corpo inteiro quente, mas logo estava arfando, impossivelmente excitada. Molhada. Tão molhada, tão consciente de que estava com tesão e de seu próprio desespero. Madre Madalena lambeu ainda por cima da calcinha e o gemido que Irmã Raquel deu saiu sem filtro nenhum, seguido de um suspiro alto, alto demais, até, mas a Madre nem sequer a repreendeu.
— Madre… Ah, Madre. — Os murmúrios da Freira eram desesperados. Não era de pedir nada em específico, mas estava cada vez mais ansiosa para receber o que agora sabia que iria receber.
A Madre, por outro lado, não parecia ter pressa nenhuma. Voltou para as coxas de Irmã Raquel, alisando as meias com a ponta dos dedos, beijando por cada lugar que passava as mãos. Irmã Raquel respirava com dificuldade.
— Acho que vou querer você vestida assim mais vezes. — Madre Madalena não parou o que fazia para falar. Só continuou focada em beijar, por cima da meia ou diretamente na pele da Freira. — Muitas, muitas vezes.
Voltou a lamber por cima da calcinha de Irmã Raquel, que já não se aguentava mais. O quadril se movia sozinho na direção da boca dela, buscando desesperadamente mais contato, mais sensações, mais, só mais. Madre Madalena passou os dedos ao redor do elástico da calcinha no quadril da Freira, parecendo se preparar para tirá-la.
— Vestida assim pra mim, só pra mim. — Madre Madalena murmurava sozinha, alheia ao desespero da Freira, sem apressar nada. — Minha serva, minha, só minha.
A Madre puxou a calcinha pelas pernas da Freira, descendo até a tirar por completo. Voltou passando a língua na coxa direita dela, subindo até estar de novo com o rosto muito, muito perto da buceta da Freira. Suspirou forte, o ar se espalhando quente entre as pernas dela, atingindo todos os pontos sensíveis, e Irmã Raquel arfou, incapaz de se mover. Quer tanto, tanto aquilo. Estava ansiosa esperando, mas também ansiosa para todo o resto, independente do que a Madre quisesse fazer dela. Faria o que a Madre mandasse, qualquer coisa, o que fosse necessário, e deixaria que ela fizesse tudo que tivesse vontade.
— Fale pra mim o que você é — Madre Madalena murmurou ainda entre as pernas da Freira.
— Sua, Madre. Sou sua. — Irmã Raquel não hesitou em responder.
A resposta pareceu colocar fogo nas duas ao mesmo tempo, finalmente. Madre Madalena segurou o quadril de Irmã Raquel com as duas mãos, a puxou para perto, fechou os lábios no clitóris dela e sugou sem cerimônia alguma. Irmã Raquel tampou a própria boca com a mão direita porque a alternativa era gritar, e ela não podia, de forma alguma, gritar. Nunca, nunca, em toda sua vida, se acostumaria. A sensação era intensa demais, maravilhosa demais, incrível e tão, tão mais do que ela merecia. Sentia os olhos molhados de lágrimas, o corpo inteiro sensível, e a Madre sugando seu clitóris com tanto gosto era a coisa mais divina que já havia ocorrido em sua vida. Deus era Mulher, Irmã Raquel tinha certeza, e se manifestava na Madre.
Irmã Raquel mexeu um pouco os dedos sobre a boca, sem destampar completamente, mas querendo deixar alguma voz sair, mesmo que pouca, tentando expressar o quanto era grata, o quanto devia sua vida inteira à Madre, o quanto ela havia transformado sua servidão, sua vida como Freira.
— Sua, Madre. — Irmã Raquel tentou articular, mesmo com tão pouco de sua mente funcionando. — Sempre…. Sempre pra te servir.
Madre Madalena apertou ainda mais o quadril da Freira, sem parar de chupar e lamber, a língua tão gostosa e tão boa. Irmã Raquel se perguntou se a Madre também sentia essa mesma coisa, essa sensação de que seu corpo iria explodir, de que não aguentaria, nesse nível absurdo, porque a Madre sempre se portava tão melhor. Será que também era difícil para a Madre não gritar? Será que também era difícil não chorar? Irmã Raquel pensava tudo pela metade, sua mente uma explosão do rosto da Madre entre as suas pernas, da sua urgência sugando e lambendo, do tesão que emanava de seu clitóris e explodia em seu corpo inteiro.
— Madre, ah, Madre, tá tão gostoso. — Irmã Raquel choramingava baixinho, se esforçando para gemer baixo, usando tudo que restava de energia para não serem ouvidas fora daquele quarto, do santuário sua Madre, do seu lugar no mundo. — Eu vou… vou poder gozar?
A pergunta só então lhe ocorreu, tão comportada que era, mas toda a obediência daquele momento ficou para a Freira, não restando nada mais para a Madre que a mantivesse minimamente no lugar. Madre Madalena levantou de uma vez, passando em um segundo da configuração boca-enterrada-na-buceta-da-Irmã-Raquel para um beijo faminto e ancestral, parecendo buscar uma resposta para uma pergunta nunca dita, ou, talvez, conceder a única resposta possível para todas as perguntas já feitas.
Não houve calma, só sede e fome e urgência e a língua e o rosto das duas agora molhados do tesão de Irmã Raquel, o gosto tão bom que só fazia a Freira pensar no gosto da Madre, uma lembrança que sua boca precisava tanto recordar.
Madre Madalena passou uma das mãos entre as pernas de Irmã Raquel, esfregou dois dedos do clitóris e desceu até meter os dois dentro dela, tão gostoso, esfregando o clitóris com o polegar.
— Você vai gozar pra mim. — A Madre estava com o olhar fixo em Irmã Raquel, sem desviar. Parecia comer ela não só com os dedos, mas também com os olhos, com os braços, com o ar que existia entre as duas, como se tentasse ser uma só com ela. — Pra mim, e só pra mim, é uma ordem. — Cada palavra saia mais descompensada que a anterior, causando mais estrago que a anterior. — Minha, porra, só minha, só minha.
Um palavrão. A Madre falou um palavrão.
O choque foi tamanho que Irmã Raquel não conseguiu se preparar e quando a Madre voltou a lamber o seio exposto, a língua passeando pelo mamilo rijo, os lábios se fechando para sugar e lamber, ela soube que não duraria mais nada. Sabia que ser ordenada para gozar, ainda mais dessa forma, ativava todos os seus instintos. Ela obedeceria, obedeceria sem precisar pensar.
— Eu acho que…
— Pra mim — a Madre murmurou mais uma vez, sem nem deixar Irmã Raquel concluir.
Madre Madalena estava diferente, tão fora de si, mas, ao mesmo tempo, tão ela mesma. Irmã Raquel poderia ousar dizer que a Madre parecia possuída, mas sabia que essa palavra não descrevia o que estava realmente acontecendo. A sensação era, na verdade, de que a Madre estava liberta.
— Só. Pra. Mim.
Madre Madalena mordeu o seio com força, os dentes apertando a pele, e Irmã Raquel gozou de desespero puro. Deixou um gemido muito alto escapar e tampou a boca com pressa, com as duas mãos, segurando sua própria agonia, trêmula e desesperada, seu olhar assustado buscando o da Madre.
— Quero te ouvir, minha querida — Madre Madalena falou baixo.
Irmã Raquel deixou gemidos escaparem por entre as mãos, tão controlados quanto possível, tão descontrolados quanto possível. A Madre continuava metendo e o prazer continuava explodindo dentro de seu corpo, as mãos tremendo sobre a boca e tentar conter tanto tesão e os gritos e o desejo parecia impossível, mas pela Madre, pela sua Madre, Irmã Raquel moveria qualquer esforço necessário.
— Ah, Madre. Ah…
— Isso. — Madre Madalena a encorajou, sorrindo para os seus gemidos. — Isso, minha querida.
Com a Madre a olhando daquela forma, Irmã Raquel só queria gemer ainda mais. As pernas estavam trêmulas, as mãos logo foram para o lençol, apertando com força. Madre Madalena ainda meteu mais um pouco antes de diminuir o ritmo, um sorriso tão, tão grande no rosto, parecendo muito satisfeita. Irmã Raquel sentiu a adrenalina abaixar um pouco e uma sensação maravilhosa tomou conta dela. Se sentia tão boa, tão feliz, tão perfeita, exatamente como a Madre falava. Não estava errada na escolha do presente, a Madre havia, sim, gostado da surpresa. Não errou. Não errou.
Madre Madalena sentou entre as pernas de Irmã Raquel e levou os dedos até a boca, lambendo um por um com uma calma perturbadora, um show particular que atormentaria Irmã Raquel por dias a fio.
Irmã Raquel tentou sentar também, mas logo a Madre colocou uma mão aberta sobre a barriga dela, indicando que não deveria se mover.
— Ainda não acabei. — Madre Madalena sorriu e Irmã Raquel arregalou os olhos. — Não sei se algum dia vou estar satisfeita de você, na verdade.
Como sempre, se quiserem falar sobre, minha DM está aberta e o straw também! Você também pode responder esse e-mail e falar diretamente comigo ;)
É isso! Um xêro e um queijo,
Kodinha
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