#25 - Sem me bagunçar - Só uma rapidinha

Uma rapidinha de uma rapidinha

Bem vindes de volta!

Hoje teremos algumas informações quentes e uma rapidinha pegando fogo! Mas primeiro, algumas palavrinhas.

Indicações e lero leros

A indicação da quinzena é a nova romantasia da Isabelle, "Estudo sobre amor e outros venenos letais", que está sendo enviada semanalmente pela Novelleter. É uma continuação, mas funciona bem sozinha! Estou lendo e recomendo porque amo DEMAIS os personagens.

Home is where you are

O Só uma rapidinha agora tem um novo lar! O revue estava pouco confiável nos últimos tempos, saindo do ar e com poucas informações técnicas do que estava acontecendo e quanto tempo as coisas demorariam para se resolver. Além disso, bom, agora o twitter (e, por consequência, o revue), são do Musk. Ou seja... para evitar problemas futuros, migrei para uma nova plataforma.

Mas pra você, leitor, nada muda! Se você lê por e-mail, continuará recebendo da mesma forma. Se lê pelo site, o visual é só um pouco diferente! Minha esperança é que continue tudo tranquilo e que em essência nada mude pra quem acompanha a newsletter.

Constância acima de velocidade

Constância acima de velocidade. Esse virou meu lema de vida desde que voltei a conseguir escrever sem surtar completamente de uma ansiedade nervosa no processo, e tem funcionado bem! Pensei bastante nesse último mês, tentando entender se minha vontade de colocar o Só uma rapidinha como um envio quinzenal era só fogo no cu ou era algo que eu estava pronto pra peitar de fato. Mas estou estudando, levando mais a sério as coisas que ando fazendo e me planejei para essa decisão. É isso! O Só uma rapidinha vai ser quinzenal!

Eu normalmente falaria desculpa a confusão pessoal, estou tentando! Mas também estou tentando não me culpar tanto, então vou dizer: ó, estou fazendo isso de coração aberto e com muito trabalho duro. E espero que as rapidinhas encontrem vocês de coração aberto também!

Hoje, teremos fanfic na mesa

Na rapidinha de hoje nós vamos ver uma cena de uma rapidinha real! Bom, mais ou menos. A Maré Geek tem algumas mesas de RPG e minha favorita acontece quinzenalmente as quartas-feiras, às 19h na twitch deles: a mesa da Pompom! Em um dos episódios teve uma cena de dois personagens (Pompom e Pronísio) se pegando dentro do jogo. Ficou explícito que algo aconteceu, mas não o que, e eu sou uma pessoa que adora preencher as lacunas :) A rapidinha de hoje preenche essas lacunas, mas pode ser apreciada por qualquer um, fã ou não.

Sem me bagunçar

— Tá. Qual o pior que você consegue fazer em dez minutos? E sem me bagunçar.... — ela perguntou, e nenhuma das possibilidades que cruzou sua mente era decente.

Pompom estava sóbria, mas se sentindo embriagada de muitas coisas: amor, desejo, a adrenalina pré Enigma, a deliciosa antecipação do que aconteceria na festa, se é que ela entraria na festa, e agora ela tinha um namorado! Um que deu risada quando ela falou sobre transar com o Tízio — que fase —, e que se agarrava nela em quartinhos e ria na cara do perigo, beijava a boca do perigo, aceitava namorar o perigo. Pronísio era intrigante, bonito e um coração quase bom demais. E meio maluco, que nem ela, porque sem isso seria impossível que eles estivessem juntos até aquele momento.

Ele sorriu e se aproximou dela, tomando cuidado com onde colocava as mãos, tentando não arruinar o vestido, as estrelas de decoração, a maquiagem bonita da gnoma. Ela era rebelde, intensa, um fogo ardendo que continuava roubando seu foco, sua atenção, os resquícios da sua sanidade.

O pior que ele podia fazer em dez minutos era fazer ela sofrer.

Então quando ele puxou ela pra mais perto não pensou se teria tempo de terminar tudo. Não. Ele pensou na pele da Pompom, no seu gosto, no calor da sua língua no pescoço dela, no encaixe do quadril dela no seu, e nas estrelas, tantas estrelas, que combinavam muito com a beleza gótica da sua namorada. Namorada. Ele segurou uma risada, sem perder o foco, e sugou o lóbulo da orelha dela.

— Não vai me beijar?

— Não vou te bagunçar — ele respondeu, reutilizando as palavras dela.

Pompom deu uma risada maníaca. Aquela que fazia tremer alguma coisa dentro do Pronísio, que botava fogo em pedaços dele que ele adorava ver queimar.

Quando estavam juntos, ambos se sentiam estranhamente vivos. E não é que eles não se sentiam vivos sozinhos, ou com outras pessoas, e sim que estar vivo assim era diferente. E diferente era bom. Muito bom.

Ela passou os dedos pelos cabelos verdes dele, sentindo a obsessão que queimava atrás dos seus olhos. Pronísio a direcionou gentilmente para uma das cadeiras da cozinha, e Pompom se sentou com calma. Ele abriu as pernas dela e se ajoelhou no meio. Olhou pra cima, um pequeno sorriso no rosto.

Eles se reconheceram mais uma vez.

Os olhares como brasa, ao mesmo tempo únicos e muito parecidos.

A necessidade que ela tinha de dar um passo além, de se intrometer onde não era chamada, de fuçar e fuçar até conseguir o que queria — ardor, fogo, impulsividade.

A vontade que ele tinha de dançar ao redor das regras, rir na cara delas, desafiá-las, por que não? — palha que implorava por calor, que precisava de calor.

De joelhos.

De pau duro.

Pronísio beijou as coxas dela, aproveitando cada segundo, saboreando cada centímetro. Levantou mais o vestido e passou os dedos sobre a calcinha, depois a língua, esfregou o nariz, sentiu o cheiro, pensou que às vezes se sentia ao mesmo tempo pronto para morrer e com uma sede de vida inexplicável, queria beijá-la, queria muito beijá-la, mas se sentia fisicamente incapaz de fazer isso sem uma ânsia de devorá-la inteira, com vontade, e queria muito respeitar o pedido dela.

Sem me bagunçar…

Pompom pensou em ficar várias vezes, em um ciclo desesperador — e delicioso — de insanidade e redenção e delírio. Ficar e dane-se a festa, a esfinge azul, os enigmas e tudo mais. Mas ela se lembrava, sempre se lembrava, que sua existência era complexa demais, e quando ela queria algo ela conseguia, lutando com garras e dentes, e ela literalmente duelou por essas dicas. Então iria nessa festa e se embebedaria e beijaria pessoas e aproveitaria cada segundo, mas agora seu namorado — uh, essas palavras tinham um gosto divertido —, agora seu namorado estava descendo sua calcinha, e talvez se ela tivesse deixado para se arrumar aqui, talvez ele pudesse estar com a mão tocando seus mamilos, e não por cima do vestido.

Ela meio que queria ser estragada por ele.

Pronísio estava focado, absorto, satisfeito em estar insatisfeito, muito consciente do volume no seu moletom. Lambeu e sugou o clitóris dela, apertou os dedos nas coxas, mais, mais, mais. Ela estava molhada, empurrando o quadril na direção do rosto dele, enroscou a mão nos cabelos verdes, gemeu alto como se ele não tivesse vizinhos, como se Sha’laria inteira sequer existisse.

Pompom esticou os dedos, tirou uma de suas sandálias, subiu o pé nas coxas do gnomo, sentiu o pau dele apertado na calça, pensou que não poderia sofrer sozinha, de forma alguma. Não teria tempo de retribuir — uma pena —, mas podia provocar, fazer arder, doer, transformar o desejo em algo irrefreável, em algo que guia mais do que é guiado.

O ar estava abafado, gotículas de suor aparecendo na pele de ambos, Pronísio continuava lambendo e Pompom tentava contar os minutos ao contrário, mas perdia as contas de novo e de novo, desconcentrada e concentrada demais para tudo isso.

Ela gozou alto, ecoando nas paredes, apertando ainda mais o pé contra o pau dele, o misto de fogo e água que ela estava tentando equilibrar dentro de si derretendo e explodindo.

Bom.

Bom pra caralho.

Pronísio lambeu mais, inteira, com um sorriso que ela sentia contra a pele, muito travesso. Só depois de vários segundos levantou de novo o olhar, se sentindo febril e inebriado.

— O meu pior, dez minutos — ele disse, sua voz arrastada e leve.

Pompom se inclinou na direção dele e o beijou. Sem se importar naquele momento com maquiagem, festa, enigma e qualquer coisa.

Eram só ela e ele, e seus lábios úmidos e doces.

Se levantaram, Pronísio ainda desconfortável, pensando que teria que resolver tudo isso antes de dormir.

— Vai me devolver minha calcinha, ou…?

— Nah. — ele respondeu. — Vou deixar essa surpresinha pra Kit.

— Como você…?

— Eu tenho os meus contatos.

Pompom sorriu. Sorte. Era bom se agarrar nesse sentimento de sorte, mesmo que o seu mundo inteiro estivesse se desfazendo em caos.

— Eu te amo — ela disse, terminando de se recompor.

— Eu também te amo — ele respondeu. — Divirta-se.

Um xêro!

Kodinha

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