#36 - Marmita de casal - Só uma rapidinha

servindo lanchinhos para o casal. literalmente.

Estamos de volta rapidinhers!

E hoje o texto é inspirado em um prompt de uma conta que eu adoro no twitter, a ProjetoPrompt!

Bells me marcou me dando a ideia de usar o promtp para o Só uma rapidinha e eu concordei 100%. Quer lugar melhor pra fazer um casaL de vampiros marmitando do que aqui no Só uma rapidinha, regado a sexo?

Então o texto de hoje é baseado nisso, fortemente influenciado por Entrevista com o Vampiro, graças a deus. Bora lá?

Marmita de casal

Henrique sabia que ficar obcecado por um colega de trabalho era problema. Esse tipo de coisa nunca terminava bem, não de verdade. No final do dia, ou seria horrível e ele precisaria ficar aturando a pessoa horrível por sei lá quanto tempo… ou seria ótimo, e aí ele teria um problema sério para resolver, já que a empresa não permitia relacionamentos entre funcionários. Infelizmente, o que Henrique tinha de inteligente, tinha de galinha.

O gostoso bonitão chegara há algumas semanas e roubara completamente o foco de Henrique. Havia boatos de que ele sempre trabalhou na empresa, mas de home office, e agora só obrigaram ele a vir presencialmente. Henrique quase teve dó, porque odiaria estar nessa situação, mas era impossível ficar com pena quando estava sendo tão agraciado. O homem era um pedaço de mal caminho. Talvez até o mal caminho inteiro, quem sabe. Braços fortes, cabelos em cachos fechados e compridos, a pele marrom, a elegância invejável em ternos impecáveis, todos os dias, sem falta. Como?

Henrique usava todas as oportunidades que tinha para ficar observando o novato, reparando em cada detalhe dele, e nem teve a audácia de desviar o olhar quando o homem percebeu, aos poucos, que era observado. Logo parecia que os dois estavam sempre buscando um ao outro nos corredores, aguardando ansiosos pela troca de olhares, como se aquele breve momento fosse ser o ápice do dia sem graça deles.

A sorte de Henrique só começou a virar quase um mês depois, quando uma grande reunião do andar inteiro levou os dois a ocuparem por muito tempo a mesma sala, escutando uma palestra direcionada aos times de marketing e contabilidade. O bonitão ser do marketing explicava muita coisa na mente de Henrique, que fez toda a ginástica que conseguiu para, no coffee-break, acabar do lado do estranho, perto da mesa de bebidas.

O estranho se chamava Luis. Henrique quis agradecer a alguma entidade, de joelhos se necessário, pelas oportunidades de conversa e flertes que vieram depois. Em almoços, intervalos, na entrada e na saída do trabalho, eles davam um jeito de se esbarrarem e conversarem um pouco. Henrique estava caidinho por Luis e todos os dias acordava com a convicção de que precisava chamar o outro homem para sair. Infelizmente sua coragem se dissolvia tão logo o avistava, impressionado com o seu jeito, balançado pela sua beleza.

É claro que além de absurdamente bonito, Luis também era mais corajoso. Demorou um pouco, mas ele chamou Henrique para sair. Um bar interessante na saída da cidade, ele disse. Eu e meu namorado adoramos, continuou. Achamos que você também vai gostar, terminou. Infelizmente a cabeça de Henrique travou completamente na descoberta de um namorado. É claro que um homem bonito desse jeito teria namorado. Luis não tinha redes sociais, talvez isso devesse ser uma red flag por si só, mas um namorado dificultava um pouco as coisas.

Ruim em esconder suas expressões, Henrique deve ter transparecido a decepção, porque Luis completou: meu namorado não se importa com essas coisas, você vai ver. Só aparece, eu garanto que vai se divertir.

Henrique decidiu que não tinha mais nada a perder. A dignidade ele já tinha jogado no ralo faz tempo e ser marmita de casal até tinha suas vantagens. Se arrumou bastante para o bar, como recomendado por Luis, combinando uma camisa social semiaberta, calça e sapatos pretos, o cabelo naquela vibe arrumado desarrumado, um sorriso malandro que tentou manter no rosto com confiança.

Por fora, o lugar não parecia passar de um bar qualquer de bairro, mas Henrique não tinha como estar preparado para a mágica da parte de dentro. Teve que dar uma senha para o barman, o que por si só já era curioso, e entrou por um corredor estreito para a parte de trás do lugar. Quase não conseguiu segurar o queixo no rosto, porque a ambientação mudou completamente. O lugar era incrível do chão ao teto, as paredes até brilhavam, a decoração era elegante, o espaço ocupado apenas por pessoas bem vestidas, arrumadas e exalando um leve aroma de sexo e luxúria.

Henrique não pôde deixar de se perguntar se teria sequer condições de pagar alguma coisa para beber e comer em um lugar como esse, mas seus pensamentos foram interrompidos quando ele encontrou Luis e o namorado.

Tudo que Luis era bonito… o outro homem parecia bonito em dobro. A pele também marrom, mas em um tom bem diferente de Luis, o cabelo ondulado caindo sobre os ombros, o nariz adunco, uma blusa de frio branca misturando tecido e renda caindo perfeitamente sobre o seu peitoral. Henrique sentiu a saliva escorrer pelo canto da boca, nervoso. Os dois juntos pareciam saídos diretamente de uma obra de arte, dois espécimes que deveriam estar em um museu, a beleza inalcançável… e mesmo assim ali estavam eles, interessados em Henrique.

Interessados de verdade, o que era impressionante. Não deixaram que Henrique tocasse em sua carteira hora nenhuma, mas os drinks não paravam de chegar. A conversa entre os três fluiu ridiculamente fácil, com flertes aparecendo muito rápido, misturados em todos os assuntos possíveis.

O nome do namorado era Haidar e o bonitão compartilhava com Luis as características que Henrique considerava a mais interessante: conhecimento vasto e uma opinião bem embasada sobre quase tudo. Conversar com os dois era como tentar entrar em um debate de intelectuais, mas, de alguma forma esquisita, Henrique não se sentia estranho ou incapaz. Mesmo sem entender de algum assunto, sentia vontade de entrar na conversa, participar, e, acima de tudo, sentia vontade de continuar bebendo.

Um sexto sentido dentro de Henrique o avisava de que tinha algo de errado com aquela situação e com os dois caras, mas seu tesão e vontade de entender mais sobre os dois eram muito maiores. Confiante, empurrou mais álcool para dentro, deu corda para cada um dos flertes, deixou que o tocassem, que as mãos bobas virassem braços ao redor da sua cintura, que os olhares intensos virassem beijos no pescoço, sempre prestes a se tornarem obscenos, mas nunca dando o último passo.

Henrique se tornou o centro da atenção dos dois, que pareciam ter esquecido até mesmo que existia um bar ao redor deles, com outras pessoas que conseguiam ver tudo que estavam fazendo. De fato, nem fazia sentido para Henrique o desinteresse das outras pessoas, porque Luis e Haidar eram magnéticos, atraindo o olhar e a devoção dele. Estava hipnotizado e rendido. Queria ser devorado por eles, se render, ajoelhar ali mesmo se pudesse e se entregar.

Ainda assim, estava receoso de dar o próximo passo. Não foi preciso que desse, entretanto, porque em algum momento da madrugada Haidar e Luis o convidaram para conhecer a cobertura do casal. Henrique quase soltou um finalmente sonoro e aliviado, desesperado para tirar as roupas e aliviar seu tesão.

As surpresas aumentaram quando Henrique notou que um carro esperava por eles do lado de fora, e não era um carro qualquer. Um modelo do ano, caríssimo, com motorista que parecia particular e até mesmo uma divisória separando a parte de trás da frente, isolando os passageiros, que tinham privacidade para fazer o que bem entendiam. A imaginação de Henrique foi longe ao sentar no banco do meio, Luis do lado esquerdo e Haidar do lado direito.

Luis não esperou o carro começar a se mover e já puxou Henrique para um beijo quente, descendo as mãos pelo seu torso. Do outro lado, Haidar começou a lamber o pescoço de Henrique, deixando beijos e mordidas leves por toda a pele, a língua molhada e quente causando uma combustão dentro dele. Henrique abriu as pernas, já sentindo a cueca molhada, e sentiu os dedos de Luis descendo pelo seu quadril até o meio das pernas. Ele apertou a cueca, nitidamente procurando o pênis, e se afastou para trás por um segundo quando não encontrou. Levantou uma das sobrancelhas e encarou Henrique, que o olhou de volta meio aterrorizado. Não era possível que isso fosse se tornar um problema justo agora, com os três já a caminho do apartamento.

Logo seus receios foram esquecidos, porque Haidar passou os dedos por cima dos de Luis e os dois começaram uma massagem gostosa entre as pernas de Henrique, apertando seu clitóris contra a roupa e esfregando devagar. Henrique jogou a cabeça para trás, gemendo baixinho, e Luis e Haidar aproveitaram para lamber toda a extensão de seu pescoço, emendando em um beijo desesperado e quente bem diante dos olhos de Henrique.

Ele decidiu se juntar ao beijo e voltou a cabeça para frente, enfiando a língua junto deles. Beijos triplos eram normalmente meio desajeitados, mas os dois pareciam estar treinados em receber mais uma pessoa, conduzindo com maestria, ainda tocando entre as pernas de Henrique, que estava cada vez mais balançado pelos dois. Se continuassem assim ele ia gozar ali mesmo, sem nem ter tempo de tirar a roupa.

Henrique nem notou quando o carro chegou ao destino, mas Luis e Haidar se mexeram nos bancos, cada um saindo por um lado. Haidar o ajudou a sair, quase carregado, de tão bambo e excitado que estava. Foi apoiado nele até o elevador e ficou nos braços dele enquanto subiam, observados por um Luis atento.

Uma senha foi necessária para abrir a porta no andar deles, e, quando abriram, eles estavam já na área externa do apartamento. Era grande, bem decorada e estranhamente… fechada. Vidros escuros em toda a fachada, não deixando nenhum resquício de luz natural entrar. Caminharam pela penumbra até uma cozinha imensa, emendada em uma sala igualmente luxuosa. Henrique já não estava entendendo porque diabos Luis estava trabalhando no marketing de uma empresa mequetrefe como a deles, já que tinha todo esse dinheiro e um apartamento nesse porte.

Como se soubesse o que ele estava pensando, Luis o empurrou contra a parede com força, apertando o corpo contra o dele. Passou os dedos ao redor do pescoço, apertando apenas o suficiente para deixá-lo de cabeça leve, e começou a sugar o lóbulo de sua orelha. Henrique passou as mãos em Luis, sentindo o corpo dele por baixo da roupa, e levou os dedos até o volume na calça dele, massageando com vontade.

Pelo canto do olho viu Haidar tirando a roupa devagar, sem tirar os olhos dos dois, como se estivesse hipnotizado. O peitoral dele tinha alguns pelos espalhados, os mamilos eram perfeitamente apertáveis, e o pau… Henrique chegou a salivar só de ver, sentindo-se contrair por dentro em antecipação.

Luis roubou a atenção de Henrique de volta quando começou a descer a língua, desabotoando a camisa, lambendo os mamilos, descendo a calça e a cueca, deixando um rastro de beijos até estar de joelhos, olhando para cima em perfeita devoção. Luis se aproximou mais, pronto para sugar o clitóris de Henrique, mas foi puxado para trás por um Haidar irritado.

— Sem monopolizar. — Foi tudo que ele falou.

Luis abriu um sorriso e terminou de se afastar, desabotoando a roupa sem pressa. Henrique reparou mais uma vez nos dois homens que pareciam conversar com o olhar, às vezes quase agindo como se ele não estivesse ali. A sensação sempre passava logo, dessa vez porque Haidar parou na exata posição em que Luis estava, mas ao invés de chupá-lo, beijou suas coxas, mordeu, espalhando roxos e saliva.

Henrique conseguia sentir o clitóris inchado, ansioso pelo toque dos dois, sensível até aos movimentos do ar ao redor deles. Havia muito tempo desde a última vez dele com dois caras, ainda mais tão lindos e que pareciam ter tanta experiência.

Quando Luis terminou de tirar a roupa, Haidar se levantou. O movimento era estranhamente simultâneo, os dois coordenados perfeitamente, e, também juntos, levaram Henrique para o centro do sofá. Mais uma vez entre os dois, Henrique de imediato abriu as pernas. Queria voltar a sentir os dedos encostando em si, agora sem nenhuma roupa entre eles.

O que aconteceu, entretanto, foi outra coisa: Luis encarou Haidar sorrindo, o olhar dos dois parecia queimar. Nos sorrisos quentes apareceram presas, nada discretas, brilhantes e chamativas. Henrique tentava olhar para os dois sem se mover muito, incrédulo e tenso, embora não muito surpreso. Por um longo segundo, Henrique surtou. Vampiros. É claro que os dois gostosos de morrer, mais-que-perfeitos bonitões, ricaços em empregos estranhos eram vampiros. Tava bom demais pra ser verdade. Tava tudo bom demais pra ser normal.

Era absurdo que ele tivesse se metido nessa situação, mas Henrique sabia exatamente como e porque tinha se metido nessa situação, e foi por isso que se acalmou. Não estava pronto para morrer, mas estava perfeitamente pronto para ser fodido até não aguentar mais. Só descobriria qual dos dois resultados era o mais provável se desse uma chance para o casal dentinhos, então apenas reclinou a cabeça contra o encosto do sofá e aguardou.

Sem hesitar, Luis e Haidar se abaixaram e enfiaram os dentes no pescoço de Henrique com tudo. Henrique agarrou as coxas com as mãos, sentindo todas as coisas ao mesmo tempo: a pressão no pescoço, os barulhos animados dos vampiros, se deliciando com o seu sangue, o tesão em seu corpo, que só aumentava conforme aumentava a tensão. Luis e Haidar abriram ainda mais as pernas de Henrique, ainda sem tocá-lo de fato, mas ele podia sentir o sangue saindo lentamente de seu corpo, mexendo com sua pressão e causando, ao mesmo tempo, dor de cabeça e leveza nos membros. Seu clitóris parecia a ponto de explodir e Henrique queria gozar ali, naquele instante, com urgência, por favor, mas não conseguia articular nenhuma palavra.

Estava a ponto de implodir ou explodir, as duas coisas ou talvez nenhuma delas, quando Luis e Haidar se afastaram sorrindo. Eles parecem até mais vivos nesse momento, a pele mais brilhante, e não fossem os olhos completamente vermelhos e os lábios manchados de sangue até pareceriam pessoas normais. Henrique, entretanto, não estava pensando nisso. Não estava pensando em coisa nenhuma além das sensações irritantes e agonizantes que estavam acumuladas dentro de si, e resolveu lidar com todas elas dando atenção à maior e mais latente.

Sem hesitar, Henrique se ajoelhou no sofá, virou na direção de Luis e sentou no pau dele de uma vez. Não disse nada, nenhum aviso, apenas se alinhou com ele e afundou até encostar as coxas nas coxas dele. O pau era grande, mas entrou fácil, pré-gozo se misturando aos líquidos dele, que estava terrivelmente molhado. Henrique estava em êxtase, beirando a loucura. Queria gozar, precisava gozar, os sentidos de seu corpo estavam sobrecarregados por inteiro. Continuou quicando com força, ensandecido, e observou Haidar ao lado deles, ainda com o sorriso maldito no rosto.

— Vai ficar só olhando? — Henrique provocou, conhecendo uma versão de si que jamais vira tão desinibida. — Tenho outros buracos disponíveis também, sabia?

Haidar pareceu quase ofendido com a audácia de Henrique, mas o humano não se importou. Continuou se movimentando em Luis, que apertava sua cintura com satisfação. Haidar, visivelmente irritado, ficou de pé no sofá, se aproximou muito dos outros dois e apoiou um dos joelhos no encosto. Puxou Henrique pelo cabelo, levantando seu rosto e sustentando seu olhar.

— Tá falando demais, vê se mantém a boca ocupada agora — Haidar rosnou, raivoso, e enfiou o pau na boca de Henrique.

Ele foi fundo de uma vez e Henrique quase engasgou, mas moveu um pouco a cabeça para um ângulo melhor e conseguiu voltar a se movimentar. O gosto do pré-gozo descia pela sua garganta, quente e agridoce, e a sensação de engolir o pau inteiro de Haidar era deliciosa, especialmente somada ao movimento de Luis dentro de si.

Henrique tentou coordenar a sentada com os movimentos da língua, mas acabou não precisando porque Haidar firmou novamente a mão em seus cabelos e começou a mexer os quadris, ativamente fodendo sua boca, sorrindo em uma satisfação animalesca. Estava delicioso, quente e até um pouco agressivo, o que só deixou Henrique mais excitado e querendo mais.

Assim que esse pensamento cruzou a cabeça de Henrique, Haidar tirou o pau da boca dele. Ele se sentiu subitamente vazio, mas o pau continuava duro a centímetros da sua cabeça, então ele começou a lamber o comprimento e Luis se divertia do outro lado, lambendo também.

Sem anunciar, Haidar desceu do sofá, e, já de pé no chão, pegou Henrique no colo, tirando-o de cima de Luis.

— Mais! Ele quer mais! — Haidar mais uma vez falou em uma voz grossa e irritada, levando Henrique escada acima, para o segundo andar.

Henrique ainda escutou uma risada alta de Luis antes deles entrarem em um quarto enorme, com uma cama igualmente imensa no centro, e Haidar bater a porta forte logo em seguida. Sem muita cerimônia, Haidar colocou Henrique na cama, o peitoral contra os lençóis mais macios que ele já sentiu em toda sua vida, e simplesmente apareceu atrás dele apertando um pote de lubrificante e deixando o líquido cair sobre a bunda de Henrique.

Ele não teve tempo de se perguntar como Haidar tinha feito isso, embora imaginasse a resposta, porque o vampiro espalhou o lubrificante com agilidade e começou a enfiar o pau no cu de Henrique. Devagar, como se estivesse testando pra ter certeza, como se estivesse preocupado com Henrique, para no segundo seguinte começar a enfiar com força, agarrando os lençóis e gemendo com raiva.

Henrique estava delirando de novo, um misto de dor e prazer, gemendo baixinho, os punhos cerrados ao lado do corpo, a sensação de ser dominado aumentando seu desejo. Talvez nunca conseguisse admitir, mas gostou de como o vampiro o pegou, gostou de ser colocado ali e fodido sem piedade, gostou da raiva de Haidar e de ser usado para descarregá-la.

Haidar começou a se movimentar ainda mais forte e fundo, pequenas risadas se misturando aos seus gemidos, e Henrique notou nesse momento o quando estava molhado e melado, escorrendo o suficiente para sentir o lençol úmido abaixo de si, a área molhada aumentando cada vez mais e mais.

— Ainda estou com fome — a voz de Luis parecia vir da porta do quarto, mas Henrique não conseguia vê-lo dali.

Haidar nem se moveu e continuou entrando e saindo de Henrique, que sabia que iria gozar a qualquer momento e precisava que deixassem, precisava que a tensão dentro de si se aliviasse, precisava que seu clitóris desse uma trégua da sensibilidade, precisava gozar, urgente, desesperado, não queria que Haidar parasse nunca. Haidar passou os dedos por baixo dos dois, acariciando o clitóris de Henrique devagar, dando o restante do prazer que ele precisava, empurrando apenas mais um pouco em direçã ao abismo. Henrique gozou tão gostoso que achou que estava delirando, seus gemidos altos ecoando nas paredes, a voz se misturando à de Haidar.

— Já acabou? Ainda estou com fome — Luis repetiu.

Henrique só nesse momento se lembrou da sensação desesperadora de ser alimento deles, de como seu sangue fervia, seu corpo se explodindo em sensações quentes e deliciosas, e imediatamente desejou mais daquilo, mais sexo, mais sangue, até ele não aguentar mais.

— Viu? — Luis insistiu mais uma vez, novamente agindo como se soubesse exatamente o que Henrique estava pensando.

— Hmpf, vem, tive uma ideia. — Haidar responde, a voz séria.

Haidar saiu de dentro de Henrique, mais uma vez deixando o humano desnorteado e vazio. Com movimentos firmes, levantou-o da cama e, segurando pela cintura, colocou sobre o seu colo, os dois virados para a entrada do quarto. Henrique agora via Luis, ainda de pau duro, encostado contra a madeira da porta, o próprio demônio com seus olhos vermelhos, o corpo escultural e a sede de sangue.

Haidar abriu as pernas de Henrique, exibindo-o todo molhado, inchado e convidativo, e Luis mordeu os lábios, se aproximando. Henrique sentia o coração martelando seu peito, quase explodindo em antecipação, uma presa diante do predador, uma presa que queria ser devorada em todos os sentidos, queria ser preenchida, explorada e tudo mais que quisessem dela.

Luis sentou na cama de frente para eles, bem próximo. Ajudou Haidar a suspender o peso de Henrique, os dois segurando-o pelas coxas, e encaixou o pau na buceta de Henrique, descendo-o devagar. Haidar, entretanto, o impediu no meio do caminho, ainda segurando Henrique um pouco no ar, e também encaixou o seu pau, apertando os dois ali dentro.

Enquanto descem, tudo em Henrique dói. É apertado, quente, dolorido e agonizante, mas tão logo eles terminam de abaixá-lo, colocando tudo para dentro, os dois mordem o pescoço de Henrique de novo.

Todas as sensações explodiram ao mesmo tempo: o peitoral de Haidar, encostando nas costas de Henrique, que parecia quente e frio ao mesmo tempo; as mãos de Luis e Haidar abraçando Henrique, um sanduíche perfeitamente alinhado, como se os dois soubessem com precisão o que estavam fazendo; os dois paus dentro de si, se movendo com calma, no ritmo do seu coração, abrindo um espaço que ele nem sabia que tinha.

Os pensamentos de Henrique logo ficaram incoerentes, delirantes e pela metade, restando apenas a sensação do sangue saindo de si pouco a pouco, seu corpo cada vez mais quente e desesperado, sua buceta preenchida e o espaço que eles ocupavam dentro de si. Henrique se sentia arreganhado e atormentado, o tipo de benção que só poderia vir de algo definitivamente não santo, devasso, impuro.

Luis e Haidar continuavam bebendo, nitidamente dispostos a levar Henrique ao orgasmo daquele jeito, provavelmente cientes de que conseguiriam. Estavam corretos, como sempre, porque Henrique não demorou a gozar forte, um squirt molhado escorrendo nas pernas dos três, pingando na cama, urrando os gemidos com toda a força restante em seus pulmões, xingando palavras incoerentes e incompreensíveis.

O orgasmo foi demorado e terrivelmente intenso, se espalhando em ondas por Henrique, e Luis e Haidar pararam de chupar quase ao mesmo tempo, lambendo as feridas com línguas quentes, como se aproveitassem cada gota do sangue e do orgasmo dele.

Henrique se acalmou aos poucos, mas logo entrou em desespero, ainda sensível, ainda faminto. Não queria que parassem, não queria que parassem nunca, e mais uma vez os diabos atenderam seus pedidos. Haidar tirou o pau de dentro dele e enfiou de novo no cu, sem parar, coordenando os movimentos com Luis. Os líquidos dentro dele faziam um barulho quase cômico, mas Henrique não tinha tempo de pensar, só de sentir.

O humano estava fraco, mas ainda morrendo de tesão, sentindo dor e prazer em uma mistura inseparável. Cada pedaço do seu corpo doía, mas também queimava, era gostoso e ele precisava incansavelmente de mais, parecia que não ia conseguir viver sem eles nunca mais.

Henrique gozou mais uma vez, fodido ao extremo, e Haidar voltou a enfiar o pau de novo em sua buceta, agora quase sem dor, pronto para recebê-lo. Henrique se esforçou para continuar sentando, queria desesperadamente que continuassem fodendo, que continuassem usando seu corpo e seu sangue, que o tomassem por inteiro até que não sobrasse mais nada, mas era fraco, tão fraco e terrivelmente humano. Não percebeu, mas estava chorando, lágrimas pesadas escorrendo, o desejo sem fim entupido em sua garganta, o ventre inchado como volume dos paus dentro de si.

— Acho que eu vou… — Henrique murmurou, a cabeça cada vez mais pesada.

E o mundo se apagou.

Eu gostei MUITO de trabalhar essa ideia e espero que vocês tenham gostado! Se quiserem falar sobre, como sempre minha DM está aberta e o curiouscat também, para mensagens anônimas. Todos os textos também tem uma seção de comentários ao final, lendo pelo link!

Agora queria também reiterar o convite pro servidor Kaleidomosmik no discord, onde estou falando sobre o meu processo, fazendo sprints de escrita e também quero conversar sobre temas possíveis para as próximas edições!

Seria muito legal ter vocês por lá! Então quem topar, bora conversar comigo no #só-na-conversinha <3

Compartilhe esse texto no seu twitter ou instagram (e me marque, se quiser!) para espalhar a palavra da putaria!

É isso! Um xêro e um queijo,

Kodinha

Conheça os meus livros:

Só uma rapidinha (o livro): Amazon

Jogador número 3: Amazon

Mais de nós: Amazon

Meus livros como Koda Gabriel aqui.

Join the conversation

or to participate.