#44 - Lanchinho da madrugada - Só uma rapidinha

a marmita de casal de vampiro está de volta!

Sejam bem vindes, meu fiéis safadinhes horny por vampiros!

É tão bom estar de volta! Eu sei que a frequência dos envios por aqui diminuiu, mas é por uma ótima razão: eu tô escrevendo um romance! E ao mesmo tempo, organizando brindes pra bienal de são paulo (estarei nos dias 12, 13, 14 e 15! Espero ver vocês por lá!) e também organizando um projeto muito legal que vai acontecer no Só uma rapidinha no fim do ano! Tô muito ansioso, mas é bastante coisa, então vou manter os envios, mas eles provavelmente ficarão na média de um por mês por enquanto.

Dessa vez eu trouxe de volta os queridinhos de vocês: Henrique, Luis e Haidar 😉 Nossa dupla de vampiros e seu lanchinho favorito retornam para uma comemoração de aniversário… fora do usual.

Eu espero que vocês gostem e se divirtam tanto quanto eu!

ps: Se você leu e gostou dessa rapidinha, considere falar dela por aí! Um RT num tweet, um comentário, um like já levam a palavra mais longe e fazem esse autor que vos fala MUITO feliz e radiante! E se quiser contribuir com o meu trabalho, considere doar qualquer valor para [email protected] e me ajudar a continuar contando histórias.

Lanchinho da madrugada

Henrique era um bom garoto. Não, mais do que isso, Henrique era um ótimo garoto. Ele só descobriu isso depois que colocaram uma coleira nele há alguns meses, é claro, e instantâneamente quis ficar de joelhos, se prostrou e passou a obedecer aos seus namorados, seus senhores. Não que ele fosse particularmente desafiante na maior parte do tempo, mas também sabia exigir coisas. Pedir, ao menos. Ainda assim, bastou colocar a coleira e ele se transformou. De lanchinho do casal passou ao banquete, se tornou prato principal da vida deles, sempre à disposição.

Ele se acostumou com essa dinâmica muito rápido. Qualquer coisa se tornaria comum e menos impactante depois de descobrir que o seu colega gostoso de trabalho e o marido igualmente gostoso eram vampiros. Vampiros esses que levaram Henrique pra cama, lamberam suas feridas, abriram seu coração — e suas pernas — e o deixaram entrar e ficar. Ele jamais diria não para a miríade de sensações que começaram naquele dia, depois do bar, e nunca mais pararam.

A vida deles se emaranhou. Henrique continuou trabalhando, mesmo que Luis e Haidar insistissem que ele não precisava disso mais. O escritório dava um senso de continuidade para Henrique e, além disso, garantia que teria dinheiro se algum dia os vampiros se cansassem dele. Ele torcia pra que esse dia nunca chegasse.

Por hora, ele tinha um quarto escuro. Um quarto escuro e um presente de aniversário misterioso. Estava amarrado, mas não na cama, dessa vez. Nem no teto. Nem no sofá. As cordas estavam todas ao redor do seu corpo, os braços para trás, as pernas juntas, o deixando permanentemente de joelhos sobre o tapete. Estava nu, é claro. Quase sempre estava nu ou só de cueca na casa deles. Era mais fácil assim. Gostava que fosse fácil assim.

Não enxergava nada naquela escuridão. A casa já era naturalmente fechada e escura, perfeita para bloquear a luz do sol, e se tornava ainda mais sombria durante a noite. Um vento suave vinha das paredes, do ar condicionado central da casa, e arrepiava sua pele. Henrique soltou uma risadinha baixa, pensando que ter só suspeitado que tinha algo de errado quando viu esse apartamento fora inocência da sua parte. Quem diabos tem ar condicionado central e uma cobertura desse tamanho em São Paulo? Ainda bem que eram só vampiros e não… bilionários humanos.

Sentiu um beijo na bochecha antes de conseguir identificar quem estava ali. Seu corpo reagiu imediatamente, mais arrepiado, mais ansioso. Tesão se acumulou no seu ventre, subindo pela sua barriga e descendo as pernas. Sabia que já estava molhado.

— Então você prefere vampiros a bilionários? Mesmo quando são vampiros muito ricos? — Haidar sussurrou em seu ouvido, depois mordeu bem de leve, só de brincadeira. A festa ainda não tinha começado.

— Uhum — Henrique respondeu, balançando a cabeça. — Ao menos vocês não estão fingindo nada. Querem me comer e querem o meu sangue e ainda me tratam bem. Às vezes.

Haidar soltou uma risada leve, soprando ar quente contra seu pescoço.

— Às vezes, meu querido? — O vampiro passou os braços ao redor do corpo de Henrique, o segurou no colo com facilidade e começou a caminhar para algum lugar dentro da casa. — Algum dia deixamos de cuidar das suas necessidades?

— Você é o pior, Haidar. Me nega por prazer.

Henrique fez um beicinho bobo, por graça, porque, na verdade, não tinha do que reclamar. Gostava da dinâmica dos três e era mesmo bem servido, em todos os aspectos. Quando negavam algo, era porque sabiam que ele queria ser negado, ou porque o recompensaram muito mais logo depois.

— Viu? Você sabe que somos bonzinhos. Eu nunca te mantive amarrado como brinquedinho por dias e dias… Nunca te levei como chaveiro pra uma orgia de vampiros…

Henrique arregalou os olhos. Uma orgia de vampiros! A ideia não era ruim. A ideia… era ótima. Mesmo que não soubesse exatamente o que esperar de uma orgia de vampiros… ou o que significava ser chaveiro na tal orgia. Fechou um pouco as pernas, o desejo se acumulando ainda mais.

— Você… gostou da ideia, claro. Por que achei que seria diferente?

— Já sei o que quero de natal — Henrique murmurou.

Haidar abriu uma porta depois de caminhar lentamente por algum tempo, provavelmente dando voltas, já que, apesar de grande, o apartamento não tinha todo esse tamanho. Henrique tombou a cabeça e reparou que era outro quarto escuro, iluminado somente pela luz do celular de Luis, que estava sentado em uma cadeira chique, observando os dois.

— Você contou pra ele das orgias? — Luis não parecia decepcionado ao dizer isso, pelo contrário. Tinha um sorriso satisfeito no rosto.

Haidar bufou, parecendo irritado, e colocou Henrique no chão, de costas para Luis.

— Sabia que ele tem ciúmes de você? — Luis se ajoelhou ao lado de Henrique e beijou seu ombro, passeando com a língua logo em seguida. — Não quer compartilhar nosso lanchinho. Nem sem compromisso.

Henrique quis pedir por mais. Quis implorar pra Luis continuar lambendo sua pele e sussurrando obscenidades, mas ainda era cedo. Mal começaram e ele já queria implorar. Que patético. Haidar se ajoelhou do outro lado e segurou seu pescoço pra cima com a mão firme.

— Não quero mesmo. Mas eu vou te levar, já que você quer tanto. Te amarrar na mesa de jantar do canalha do Hermano e te foder na frente de todos eles, sem deixar ninguém encostar em você. — Haidar tinha a voz ríspida, cuspindo as palavras. Henrique gostava, claro. Gostava de sentir a raiva de Haidar. — Sem provarem do seu sangue. É meu. É nosso. Só nosso.

— Nós vamos começar ou você vai passar a noite de aniversário do Henrique provando pra ele o quanto você pode ser ciumento?

Haidar desapareceu por um segundo e voltou acendendo um abajur no canto do quarto. Henrique piscou, assustado com a claridade, ainda que pouca. Balançou a cabeça algumas vezes e, quando finalmente conseguiu olhar para frente, sentiu o sangue gelar de uma vez.

Sabia onde estavam agora. Era o escritório de Luis, mas agora ele estava totalmente diferente. À sua esquerda, a mesa de trabalho dele continuava sob a janela fechada, com estantes e livros rodeando.

À sua frente, onde deveria estar um suporte para casacos e uma poltrona, a parede estava limpa e agora abrigava um espelho enorme, do chão ao teto, de fora a fora.

Atrás de si, outra parede inteira de espelhos, dando uma visão completa de tudo que acontecia no quarto.

Olhando pra cima… mais espelhos.

E em todos eles Henrique estava sozinho.

Ele sabia que vampiros não eram vistos em espelhos, embora eles até tivessem alguns pela casa. Talvez por um costume bobo, talvez para os humanos que ocasionalmente traziam para lanchar. Ainda assim… aquilo era diferente.

Olhou para o lado, para Luis que sorria contra o seu ombro, e para o outro, os olhos brilhando de Haidar em uma urgência doentia. O que eles queriam com isso? O que iriam fazer dele?

— A única coisa que queremos de você hoje é a sua atenção e foco completos em você mesmo. — Haidar se levantou e sumiu de novo, reaparecendo um segundo depois. — É o seu aniversário, mon amour. Tudo hoje é sobre você.

Henrique não entendeu o que ele quis dizer com atenção e foco completos em você mesmo, mas sua dúvida não durou muito. Luis passou um elástico pela cabeça de Henrique e ele, inicialmente, achou que iriam vendá-lo. Estava errado, é claro, e entendeu quando notou que seus olhos não estavam tampados, mas a lateral de sua visão, sim. Estava usando um guia parecido com o de cavalos, duas viseiras retas impedindo que ele visse o que acontecia ao seu lado. Só conseguia olhar para frente e para cima, se vendo nos espelhos por todos os ângulos.

Sozinho em todos os ângulos.

Sentiu toques dos dois lados, abrindo suas pernas, e não resistiu. Observou-se de joelhos, as pernas abrindo sozinhas no espelho, e deixou que o tocassem, que fizessem dele o que quisessem. Não se importava. Nunca se importou.

— Sabe o que pensar se quiser parar — foi Luis quem reafirmou.

Henrique não pensaria. Não queria pensar em nada além do que estava vendo no espelho. Se observou enquanto mexiam em seu clitóris e mordeu os lábios, sentindo o corpo tremer. Gostoso. Tão gostoso. A ponta de um dedo esfregando a ponta do seu clitóris, outros dois dedos molhados entrando nele devagar. Tortura. Tortura.

Nada com Haidar e Luis era tão lento. Nada era tão vagaroso, nada era tão… suave. Mesmo assim, ali estavam eles. Ou, tecnicamente, ali estava ele. Sozinho de frente pro espelho, mordendo os lábios e querendo fechar os olhos enquanto devagarzinho os dois vampiros testavam o quanto Henrique estava molhado e pronto pro que viria a seguir. Porque tinha que ser um teste. Não conseguia pensar em outra coisa.

— Está com pressa, mon amour? — A voz de Haidar sussurrou em seu ouvido e Henrique estremeceu.

Não era bem essa a palavra. Henrique não tinha pressa, tinha fome. Sede, desejo, um calor que só crescia. Os dedos começaram a se mover mais dentro dele, ritmados, e outros em pinça no seu clitóris o masturbavam com vontade. Henrique desistiu de morder os lábios e deixou os gemidos escaparem livres. Não conseguia decidir se olhava para o meio de suas pernas, molhado, o barulho do seu prazer ecoando nas paredes do escritório, ou se olhava o próprio rosto, as expressões de delírio e desejo, os lábios entreabertos, a viseira, suor que escorria pelo pescoço. Seu corpo inteiro emoldurado pelas cordas firmes, os nós fazendo uma pressão deliciosa.

— Ele está se divertindo demais, você não acha? — Haidar segurou o queixo de Henrique, firmando seu rosto e inclinando seu corpo um pouco pra frente, aproximando-o mais do espelho.

— É aniversário dele, Haidar.

— E não estamos dando o que ele mais gosta!

Henrique normalmente não concordava tanto com Haidar, porque ele podia ser exagerado muitas vezes, mas… ele estava certo. Estava muito bom, mas Henrique ainda queria mais. Gostava de mais. Queria forte. Queria muito. Queria… sangue. Muito sangue. Queria desmaiar de novo, queria quase morrer e ser trazido de volta. Acordar numa maca com soro e olhos profundos o observando.

Haidar gargalhou sozinho, mas sua risada morreu um segundo depois seguida de um forte baque em um dos espelhos da direita, que rachou. Henrique se virou pra olhar e viu os dois se beijando com força, Luis rasgando a roupa de Haidar com as unhas, apertando seu pescoço contra o espelho. Eles não falaram nada — sozinhos, não precisavam, conseguiram conversar só pelo pensamento —, só continuaram se beijando e se esfregando, Haidar com a mão fechada no pau de Luis. A cena era delirante. Os dois eram agressivos, firmes, raivosos.

Henrique quis poder se tocar enquanto os observava. Gostava de fazer isso, em especial quando esqueciam que ele existia, deixando de prestar atenção em seus pensamentos por um minuto. Dessa vez, entretanto, seus desejos pareceram ter o efeito contrário, e Haidar e Luis se viraram para ele de uma vez, as pupilas dilatadas, os lábios entreabertos, paus duros, os punhos fechados.

— Não te falamos pra olhar — Luis segurou seu pescoço por trás, movendo-o de volta para a frente, para a imensidão de espelho.

— Quer apanhar, Henrique? — Haidar parou na frente dele, tampando sua visão, e Henrique deu um sorrisinho.

Haidar deu um tapa estalado na bochecha de Henrique e desapareceu de vista. Henrique fechou os olhos, sentindo os pontos de dor explodindo, escorrendo de tesão, sentindo o peito arfar pedindo por mais. Mais. Mesmo com tão pouco, já parecia desgrenhado no espelho.

Luis não deu tempo de Henrique terminar de processar o prazer da dor e enfiou os dedos nele de novo com força e, ao mesmo tempo, afundou os dentes em seu pescoço. Henrique nunca ia se cansar dessa sensação. Do calor que se expandia dentro de si, do formigamento onde estava sendo mordido, de como ficava ainda mais molhado e excitado, como se abria mais, pronto pra tudo. Haidar também enfiou dedos, junto de Luis, e tomou os lábios de Henrique com o rosto tombado de lado, desviando da viseira. Não conseguia gemer, mas talvez não conseguisse também processar as palavras, fazer seu desejo sair pela boca.

Rebolou contra os dedos deles como se sua vida dependesse disso. Sentia o clitóris sensível, notava como estava pingando tesão no assolhado de madeira, gostava de como Luis manteve a outra mão em suas costas, perto da sua bunda, quase como uma ameaça. Não uma ameaça ruim, claro.

Luis lambeu seu pescoço por cima da ferida e Haidar mordeu do outro lado, quase simultaneamente. Eles quase sempre começavam assim, se revezando, mas logo perdiam o controle e sugavam tudo dele, ao mesmo tempo, esticando seus limites ao máximo. Henrique queria mesmo isso. Queria assim. Esse era o melhor presente de aniversário de todos.

Luis tirou os dedos de dentro dele, mas Haidar continuou se movendo. Henrique queria muito gozar, queria gozar enquanto tinha o sangue chupado porque era mais gostoso assim. Luis começou a desamarrar suas costas, desatando alguns nós, movendo Henrique um pouco pra direita e um pouco pra esquerda para conseguir soltá-lo, mas sem atrapalhar em nada o que Haidar fazia. Mas apesar do desejo, apesar da agonia e do sangue, o orgasmo continuava no quase. Henrique achou que iria enlouquecer.

Mexeu os quadris mais rápido sobre os dedos de Haidar e, assim que Luis liberou suas mãos, Henrique levou os dedos até o próprio clitóris e começou a se tocar, massageando e esfregando. Os gemidos sairam cada vez mais alto de sua boca até o orgasmo, tremendo, a cabeça tombada para o lado, dando mais espaço e passagem para Haidar que continuava sugando seu pescoço. Unhou as próprias coxas com a mão livre, agonizando, esfregando o clitóris com o resto de suas forças, ainda rebolando, aproveitando o orgasmo até o último segundo. Ainda que fosse só o primeiro, queria mais como se fosse o último.

Luis segurou o pescoço de Henrique por trás, sem tanta força, e o empurrou um pouco pra frente. Henrique se encarou no espelho antes de cair: os lábios molhados, o peito vermelho, o cabelo grudado na testa de suor, as coxas com linhas vermelhas das próprias unhas, molhado no meio das pernas a ponto de pingar no chão, uma linha vermelha escorrendo de seu pescoço até os mamilos.

Não teve tempo de processar a própria bagunça, porque Luis o empurrou mais uma vez para ficar de quatro, a bunda empinada. Desse ângulo não via nem a sombra dos vampiros, o rosto tão próximo do espelho. Só via suor, seu corpo quente e vermelho, os lábios inchados, os olhos parecendo meio perdidos. Não parava de pensar que queria que continuassem fodendo e chupando ele, sem enrolação.

— Assim? — Luis perguntou, soprando ar quente contra o clitóris dele.

Não era assim, mas porra, como era bom.

Luis fechou os lábios ao redor de seu clitóris e sugou gostoso, devagar, estimulando muito bem e com vontade, passando a língua na ponta, puxando ele inteiro pra dentro da boca. Essa era sua coisa favorita desde que começou a tomar testosterona, tantos anos atrás, e nunca outra foi mais gostosa. Sentir os lábios de outra pessoa engolindo seu clitóris, chupando com um desejo carnal e violento, era mesmo a melhor das coisas.

— Ele é mesmo nossa putinha — Haidar deu risada e passeou as unhas nas costas de Henrique, descendo até sua bunda.

— Boa de comer — Luis sussurrou por um segundo, mas falou de boca cheia e as palavras saíram emboladas.

— Vocês estão muito conversadinhos hoje — Henrique murmurou, um pouco irritado.

Recebeu um tapa na bunda em resposta, provavelmente de Haidar, e tombou mais pra frente até encostar o rosto no chão. Ficou por ali mesmo. Luis continuou chupando e terminou de tirar as cordas das pernas de Henrique enquanto Haidar esfregava o dedo molhado, abrindo sua bunda, pressionando a entrada.

Henrique fechou os olhos, ainda apoiado contra o chão, o corpo inteiro queimando de desejo. Luis se afastou e logo um deles começou a esfregar o pau em Henrique, estimulando-o com a cabeça, usando seu tesão de lubrificante. Ele mordeu os lábios, segurando mais gemidos por nenhum motivo além da vontade de não dar a eles o prazer de escutá-lo. Eles poderiam ler seus pensamentos, claro, mas era diferente. Obviamente era diferente.

Ao mesmo tempo, dedos entraram fundo na sua buceta e mais outros no seu cu, ocupando todos os buracos, preenchendo, estimulando os pontos certos dentro de Henrique. Ele começou a mover seu corpo para ajudar os movimentos, saindo deles só pra voltar com vontade, sem me importar com as pontadas de dor que já começavam a aparecer nos joelhos. Ele queria tudo. Queria tudo e muito mais.

Sentiu as línguas dos dois nas nádegas, uma de cada lado, passeando, quentes e molhadas, como se limpassem a pele antes da mordida. Sabia o que viria. Não esperava que mordessem ali, não esperava ser mordido agora, mas a dor dos dentes entrando foi totalmente apagada pelo prazer dos dois se movendo dentro dele enquanto sugavam seu sangue pouco a pouco.

Era insano. Provavelmente errado. Muitas chances de estar matando Henrique aos poucos.

Ainda assim, ele amava. Precisava. Todo o resto parecia menos interessante a cada novo dia.

Estava sensível de tantos estímulos, mas estava tão, tão gostoso. O dedos molhados em sua buceta, fundo dentro de si, saindo e entrando com facilidade, os dedos na sua bunda, abrindo, alargando, massageando por dentro. Gostoso demais. E o sangue. Henrique queria se banhar em sangue só pra ser limpo por eles, queria se entregar inteiro, queria a morte, se assim fosse necessário. Se o prazer valesse a pena.

Ia gozar de novo. Ia gozar de novo com os dois assim, dentro dele. Era tudo que queria de aniversário. Tudo que precisava. Estava pronto. Era só mais um pouco… só enfiarem mais um pouco.

Os dois o soltaram, entretanto, e Henrique abriu os olhos de uma vez, desnorteado e confuso, sensível e superestimulado. Que merda. Não. Não. Voltem. Voltem logo.

Um par de mãos o puxou para ficar de joelhos.

Outro par de mãos o suspendeu do chão e o desceu sobre um pau molhado e duro, encaixado perfeitamente na sua buceta. Henrique sabia que não devia, mas olhou pra baixo mesmo assim:

Haidar estava entre as suas pernas, pronto para chupar seu clitóris, os olhos brilhando, a boca suja de sangue. Quando percebeu que estava sendo observado, Haidar empurrou Henrique para se deitar sobre o corpo de Luis. Henrique sentia o peitoral de Luis sob as suas costas, uma das mãos firmes em sua cintura, segurando-o para que não tombasse para o lado.

Só conseguia ver o espelho no teto agora, que mostrava seu corpo suspenso a alguns centímetros do chão, as pernas bem abertas, em uma posição não muito natural — não era, Haidar estava as forçando a ficar assim —, a expressão de desespero quando Haidar voltou a sugá-lo enquanto Luis se movia só um pouquinho, apenas o suficiente para lembrar Henrique de que estava ali, dentro dele. Como se ele pudesse esquecer.

— Você não menstrua mais, né? — Haidar sussurrou, sem parar de lamber.

— Não — Henrique respondeu. Arregalou os olhos, um segundo depois, quando entendeu o que Haidar queria. Caralho.

— Que pena… — E continuou lambendo, despreocupado, sem pressa, como se tivesse mencionado que estava quente, e não acabado de lamentar não poder lamber sangue da menstruação de Henrique.

A respiração falhou.

Haidar subiu a língua pelo quadril de Henrique, arrastando os dentes devagar contra a pele, as unhas arranhando o mesmo caminho, seguindo a boca. Quando chegou no pescoço, Haidar fechou os dedos ali, segurando a cabeça de Henrique pra cima, fixando o olhar dele no teto. Com a outra mão, Haidar começou a esfregar o próprio pau no clitóris de Henrique. Estava molhado e quente de pré-gozo, esfregando e contornando.

Henrique desistiu de segurar gemidos e de ter pensamentos coerentes. Só deixou usarem seu corpo, deixou o prazer ocupar todos os seus sentidos, a dor das mordidas arder, deixou. Revirou os olhos quando sentiu Haidar encaixando o pau junto do de Luis, apertando os dois dentro dele, se movendo e acertando tão fundo. Era um pouco dolorido, mas receber os dois deixava Henrique em êxtase.

Seus gemidos já ecoavam nas paredes, nada discretos, nada baixos. Luis lambia seu ombro, esfregando os dentes, e Henrique não conseguia desviar o olhar do espelho, de como estava desmontado, aberto, as pernas ainda forçadas para o lado, o corpo escorrendo suor e desejo, o peito arranhado e vermelho das unhas de Haidar e Luis. Estava uma bagunça completa, mas era perfeito. Não queria estar em nenhum outro lugar, com outras pessoas, de outra forma. Queria estar ali, entre eles, os dois paus afundados dentro de si, à beira de mais um orgasmo delicioso.

Haidar deu uma última mordida naquela noite, no peito de Henrique, bem acima da marca da mastectomia. Henrique gostou mais daquela mordida por isso. Gostou do desespero, gostou de precisar fechar os olhos pra conseguir continuar acordado, conseguir continuar ali. Não aguentava mais, não precisava aguentar mais.

— Eu… vou…

Deixou o orgasmo vir, deixou dominar o corpo inteiro, apertou as unhas nas costas de Haidar e sentiu quando os dois também gozaram dentro dele, quente, gostoso, melado. Estava fraco, mas tão, tão absurdamente feliz. Que fosse raivoso, que fosse intenso, que fosse insano, mas bastava que fosse. Deixou o peso do corpo inteiro sobre Luis, os braços tombados para o lado, e abriu os olhos apenas o suficiente para olhar para o teto e ver o estado em que se encontrava. Esse talvez fosse o melhor presente de aniversário que já recebeu em toda a vida.

— Por que está agindo como se tivesse acabado? — Luis perguntou baixo, fazendo Henrique tremer.

— Vou te dar algo pra comer e vamos para a parte dois, meu querido. — Haidar puxou Henrique nos braços. Ele não conseguiria andar nesse momento. — Você ainda está acordado, nosso trabalho ainda não terminou.

Hehe, é isso, amigues, henrique, haidar e luis voltaram pra ficar (e podem fazer outras aparições futuras). Cê tá bem? Ou tá semi desmaiade como o Henrique?

Se quiser conversar/surtar, minha DM tá sempre ali e curiouscat também, pra quem for mais tímido! Agora também estou com um canal no telegram onde mando notícias, fofocas e novidades aleatórias, em um ambiente mais informal! Você também pode entrar no meu servidor no discord, o Kaleidomosmik.

É isso! Um xêro e um queijo,

Kodinha

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