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#29 - Is this the real life? - Só uma rapidinha
Is this just fanta sea?
Bem vindes ao Só uma rapidinha! Edição de COMEMORAÇÃO!
Ok, eu sei que pedi sugestões nos stories essa semana e falei que iria escrever com um dos temas sugeridos para essa edição, mas quem foi o maluco que achou que eu daria conta de escrever putaria no meio de um lançamento? (eu) Claramente alguém que não tem muita noção da realidade. (eu)
Já tenho planejada qual vai ser a história da próxima edição, usando algumas das sugestões da caixinha, mas para hoje resolvi puxar uma das minhas preparações da manga e aqui estamos.
Indicação da quinzena
HÁ, não existe como eu não fazer um auto-jabá nessa edição. Como já falei em edições anteriores, está em pré-venda o Só uma rapidinha, um compilado de textos eróticos. Todas as edições de 2022 estão lá: as enviadas por aqui, as enviadas no catarse e também um texto inédito (e bem na vibe do que minha amiga Isabelle chamou de “A noite inteirinha”, com personagens muito queridos. A maioria das histórias foram expandidas, então se você queria ver mais de uma cena… as chances são altas! A pré-venda é até dia 31/01, e o livro está em valor promocional até o lançamento: R$1.99!
Você pode comprar o seu aqui.
Estou falando sobre o livro nas redes e outro jeito de me ajudar é interagindo com as postagens! Estou muito feliz e grato com tudo que está acontecendo, não só em relação ao livro e a newsletter, mas também sobre toda a minha trajetória enquanto escritor.
Obrigado todo mundo que apoiou a ideia dessa newsletter, quem está desde o começo e quem chegou agora. Vocês não fazem ideia do quanto foi importante que esse projeto tenha encontrado gente que curta isso tudo aqui tanto quanto eu, e do quanto isso me salvou de um buraco que pensei que ia me engolir inteiro.
Independente de números e de qualquer coisa eu tô mais satisfeito do que nunca com a arte que estou fazendo e isso é o que mais importa.
Agora lagriminhas a parte, bora pro texto?
Is this the real life?
Era tipo, uma e meia da manhã. Algo assim. Meu último dia de folga, sagrado de virar a noite vendo baboseiras na televisão da sala. Eu estava no meu sexto episódio de série quando minha porta abriu do nada. Por um milésimo de segundo pensei: caralho, que doidera, é assim que eu vou morrer? Como uma burra que não aprendeu que agora mora em um apartamento e precisa fechar a porta da sala? Uma tensão desesperada passou pelo meu corpo, até o invasor passar casualmente pela porta, olhar ao redor e arregalar os olhos quando me viu. Bêni, do 302, com uma cara de assustado, a aparência acabada e o cabelo todo desalinhado. Nem consegui falar antes dele:
— Ai, meu deus, apartamento errado, tchau!
Ele fechou a porta correndo e escutei passos altos e apressados descendo o corredor até o apartamento correto. Fiquei no mesmo lugar, encarando a porta fechada, sem saber o que pensar. Demorou uns bons minutos até que eu conseguisse rir da situação estranha, do completo absurdo da cena. Entrar aqui para gente tomar um vinho que é bom, nada desse menino entrar. Só depois de uma hora, já morrendo de sono, levantei e lembrei de trancar a casa.
Acordei no dia seguinte com batidas na porta. Coisa de corno acordar as pessoas em pleno domingo de manhã, ainda mais sem ser convidado. Abri os olhos só um pouquinho para infelizmente ver no relógio da parede que estava mais para domingo de tarde. Levantei devagar, com a cabeça meio tonta, e dei uma passada no espelho do banheiro para checar se estava minimamente apresentável para atender. A cara estava de sono, mas isso só nascendo de novo. O pijama talvez fosse curto demais? Talvez. Mas que se foda.
Abri a porta distraída.
— Oi…
Segurei a frase no ar. Bêni estava apoiado no batente, a expressão envergonhada. Usava uma camisa de botão um pouco aberta na frente, os cabelos estavam molhados, uma bermuda folgada. A respiração até falhou.
— Paty… Eu não sei nem por onde começar a pedir desculpas.
— Que isso, tá… tá tudo bem. Acontece. Eu podia ter trancado a porta também, ainda não acostumei com essa coisa de apartamento.
— Não, não tá tudo bem não. Eu tava bêbado, devia ter prestado atenção na porta que tava abrindo. — Ele suspirou, parecendo desapontado consigo mesmo. — Sério, desculpa.
— Sério, Bêni, não se preocupa. Assim, foi um sustinho de nada.
— Mas ainda foi um sustinho! Enfim, sei que não arruma nada, mas trouxe uns pãezinhos recheados como desculpa. Não sabia qual sabor você gosta, aí peguei vários…
— Adoro, nem se preocupe! — respondi. E continuei: — E pode entrar, vou passar um café pra gente comer.
Ele me olhou de cima abaixo. Olhou mesmo. Nem pisquei.
— Hmm, aceito. Nem comi hoje ainda, fui correndo na padaria pra tentar me desculpar.
Convidei ele para dentro, satisfeita comigo mesma. Olha só, foi só um sustinho de nada e agora o bonitão estava na minha cozinha, todo arrumado enquanto eu usava um pijama minúsculo. Parecia… perfeito demais, não?
— Cozinha bonita — ele comentou.
Eu me lembrei naquele momento que nunca fui muito boa de conversinha. Como diabos eu esperava entreter o suficiente o garoto pra que ele… pra que ele me comesse em cima da minha mesa? Que merda, há quanto tempo eu estava negando que fantasiava com ele aparecendo e tirando a minha roupa aqui mesmo? Suspirei alto demais.
— E pijama bonito, também — ele emendou.
— Acho que fico melhor sem ele — respondi, antes mesmo que minha cabeça tivesse o tempo de processar o que eu tinha dito.
Falei isso mesmo?
— Ah… é? Só acredito vendo.
Virei de costas para a bancada, olhando pra ele. O anjo bom no meu ombro esquerdo me disse que eu devia me comportar melhor, mas o capetinha no meu ombro direito já estava pegando fogo. Ele e a minha…
— Bom, você pode vir aqui e descobrir — comentei. — Com seus próprios olhos, suas mãos, e tal.
Ficamos nos encarando em um longo segundo.
Ele se levantou.
Suas mãos foram imediatamente ao redor do meu pescoço, sua boca se apertou contra a minha. Sem ver direito, tateei a frente do fogão e desliguei a água. Sentia o corpo dele prensado contra o meu, o quadril me apertando contra o mármore.
Terrivelmente molhada.
Sem pensar, virei de costas e empinei a bunda. Escutei a risada de Bêni ecoando nas paredes. Depois dela, o tapa. Gemi. Ele encaixou de novo o quadril no meu, o volume do pau apertando a minha bunda.
— Sempre me perguntei se você iria me convidar pra entrar algum dia — ele sussurrou, a voz afetada.
Empinei a bunda e ele passou a mão quente pelo meu quadril, escorregou os dedos para dentro da minha calcinha e beijou a minha nuca. Estremeci inteira, incrédula, querendo mais. Fechei os olhos, suspirando de vontade.
Acordei com o som de batidas na porta.
É ISSO, UM XÊRO PESSOAL
Kodinha
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