#49 - Feliz navidad - Só uma rapidinha

I can feel the evil coming but Felix, never bad

Bom dia Safades, tudo bom?

Essa é a última rapidinha do ano de 2025, um especial de natal levemente atrasado. Enviei ela primeiro no catarse (inclusive, considere me apoiar por lá! tem recompensas exclusivas e conteúdo adiantado!), e agora ela está chegando aqui na newsletter para coroar esse fim de ano, uma última vez de calcinhas e cuecas molhadas para você, safadinhe.

Essa história faz parte de uma ideia que tive e que também conversei sobre no catarse nos últimos meses. Eu falei um pouco sobre a ideia no trecho extra exclusivo enviado aqui, mas explicarei melhor aqui também. Li um livro mês passado sobre uma mulher que estava precisando de dinheiro e começa a se prostituir em um site pra ganhar mais grana. O site é organizado por fetiches, dos leves aos pesados, e as propostas das pessoas são baseadas nesses fetiches. O livro é dividido em capítulos com clientes e fetiches diferentes, e apesar de achar a proposta muito boa, fiquei muito tempo pensando em como seria uma versão parecida do conceito, mas com um casal, e não com desconhecidos.

Assim nasceram Alana e Felix, um casal de dois não binários muito gostosos que preencheram uma lista bdsm e decidiram ir testando coisas novas uma a uma. Esse é o primeiro texto de outros que virão sem ordem ou data específica. Espero que gostem! Meu presentinho de natal pra vocês, por serem tão bonzinhes comigo.

Esse foi um longo ano do lado de cá. Escrevi muita coisa (muita mesmo!), finalizei a primeira versão do romance de quadrisal (eu falei bastante dele no catarse e mandei trechos, então se quiser conhecer os personagens de uma vez, lá é o lugar!), lancei a kinktona, bati minha meta de 1000 inscritos na metade do ano, e, para minha surpresa, dei check em tudo que coloquei como objetivo desse ano no meu diário. Estou muito grato e muito feliz.

Apesar de muitas turbulências, sinto que estou saindo inteiro desse ano, e cheio de vontade de agradecer. Obrigado a cada um de vocês que está inscrite nessa newsletter e que apoia meu trabalho. Você que lê quietinhe, você que comenta nas redes, você que me manda mensagem no privado ou surta em público também. Você que pode me apoiar financeiramente, mas também quem não pode. Fazer arte é o que me mantém vivo, e é muito melhor quando eu posso compartilhar com as melhores pessoas e as mais safadas de toda a internet. Meus safadinhes 😛 Obrigado por me acompanhar na insanidade desse ano, de mais freiras se pegando até marmita de vampiros e, bom… a delicia de uma domme mamãe noel e um brat gostoso que será o texto de hoje.

Um beijo em cada um, amo vocês ❤️ E vamo pra putaria!

Você pode ler uma versão completa dessa retrospectiva, com outras informações e fofocas aqui no catarse.

ps: Pretendo fazer o aviso de conteúdo desses textos no formato de mensagens de texto dos dois bem no começo, combinando um pouco o que terá em cada cena.

Se quiser contribuir com o meu trabalho, considere apoiar o meu catarse. Você recebe recompensas exclusivas e conteúdo adiantado, além de me ajuda a continuar contando histórias!

Feliz Navidad

[12:20, 17/12/2024] Alana: Vamos começar em terreno seguro, que tal? Comprei uma fantasia e só preciso que você faça o que faz de melhor: seja bonito e obediente, mas não muito, tá bom? Vou separar uma chibata fina, pode ou não ser necessária. Você que irá definir. Te amo, beijinhos. 

Felix não estava ansioso. Tinha essa sensação queimando no fundo do seu estômago, claro, mas não era ansiedade, claro que não. Felix estava… excitado. Não marcaram um horário, mas ele conhecia Alana o suficiente para saber que ela escolheu esse dia de propósito, só porque ele estava fora de casa e só chegaria de noite. A obrigação, nada além disso, foi o que manteve Felix com a bunda colada na cadeira do escritório durante toda a tarde, tentando trabalhar e falhando miseravelmente. Ele gostava da sensação da espera, entretanto. Dessa descarga elétrica que indicava que algo aconteceria em breve, da agonia e desespero. Ok, talvez Felix estivesse um pouco ansioso, mas era bom.

Ele já havia checado o relógio uma, duas, cinco, dez vezes na última hora. Os minutos pareciam se arrastar. Felix não poderia fazer nada além de esperar algum sinal de Alana, algum indicativo do que deveria fazer depois do trabalho. Até lá, ele balançava as pernas na cadeira e respondia mensagens de trabalho devagar, porque seu cérebro não conseguia focar em nada por tempo o suficiente. Por sorte as reuniões mais importantes aconteceram de manhã, dado que a essa altura seu cérebro já estava derretendo.

O celular vibrou no seu bolso e Felix estava com ele nas mãos muito mais rápido do que seu orgulho seria capaz de admitir. Seu coração martelava em seu peito.

[16:54, 17/12/2024] Alana: Hoje é dia de treino de costas, né?

Por que caralhos importava que dia era hoje? Felix nem estava lembrando de academia. Antes de qualquer resposta engraçadinha ter tempo de ser formulada, mais uma mensagem chegou.

[16:55, 17/12/2024] Alana: Se estava pensando em faltar, despense. Vá, faça seu treino, gaste um pouco dessa ansiedade que eu sei que está aí.

[16:56, 17/12/2024] Felix: Eu queria ir direto para casa…

[16:56, 17/12/2024] Felix: A gente não ia…?

[16:57, 17/12/2024] Alana: Não me questione, Felix. Academia, tome um banho e peça um uber pra voltar.

Felix estava arrepiado. Imaginou Alana ali, segurando seu cabelo, ordenando com sussurros em seu ouvido, pressionando o pau duro nas suas costas. Inferno.

[16:59, 17/12/2024] Felix: Sim, minha Senhora.

Usou o tratamento que haviam combinado depois de preencher a lista. Não porque a cena já tinha começado, mas porque já tinha percebido como Alana ficava quando ele a chamava assim. Mesmo à distância, conseguia imaginá-la arrepiada, as engrenagens de sua mente trabalhando para desenhar os contornos do que faria com Felix. Ele gostava disso, gostava de entregar o controle pra ela.

Não sabia se gostava tanto assim da ordem de ir para academia, entretanto. Não é que faria mal, mas estava mesmo ansioso para chegar em casa e descobrir o que fariam. O que talvez desse razão para Alana: precisava gastar essa energia, dissipar essa angústia e o nervosismo no estômago. Treinar ajudaria. Treinar sempre ajudava.

Já que não conseguiria escapar do treino, pensou em algo diferente para ajudar. Conferiu no banco de horas e, de fato, tinha uma hora que poderia gastar saindo mais cedo. Na maior parte do tempo nem se importava com isso, deixava esse tempo guardado até virar salário extra no fechamento trimestral, mas agora essa hora seria muito útil.

[17:08, 17/12/2024] Felix: Eu tenho uma hora extra. Posso sair mais cedo, minha Senhora?

Sentiu os músculos tensos. Era uma tentativa, e não era tolo de achar que Alana não perceberia o que estava fazendo. Sabia, entretanto, que ela também não era particularmente maldosa. Os segundos até a resposta chegar pareceram eternos.

[17:10, 17/12/2024] Alana: Espertinho, você.

[17:10, 17/12/2024] Alana: Mas pode. Não quero te torturar. Hoje não. Ainda não.

Felix conteve uma risada, incrédulo. Se ela considerava escolher o dia em que ele estaria longe dela para preparar uma surpresa como “não tortura"... Ah, essa lista bdsm foi a melhor das ideias que Alana já teve. Esse seria mesmo só o começo da brincadeira.

[17:11, 17/12/2024] Felix: Vou sair, então. Obrigado.

[17:12, 17/12/2024] Alana: Obrigado o quê?

[17:12, 17/12/2024] Felix: Obrigado, minha Senhora.

[17:13, 17/12/2024] Alana: :) Estou te esperando.

Felix juntou suas coisas, bateu ponto e guardou o celular. Se despediu dos colegas de trabalho que provavelmente só veria dali um mês, no próximo encontro presencial, e colocou os fones enquanto caminhava até a academia. Era no meio do caminho entre o trabalho e sua casa, para criar o hábito de caminhar. Estava funcionando bem, só não era o que ele pretendia fazer nesse dia.

Ainda assim, fez. Desceu cinco quarteirões e foi direto para o banheiro da academia se trocar. Deixou a mochila no armário e foi treinar. Com as músicas no volume máximo e a sequência dos exercícios anotada no celular, se esforçou para de fato gastar a energia como Alana mandou. Executou as séries com mais força e ódio do que o normal e ainda fez trinta minutos de esteira, mesmo que isso, tecnicamente, fosse contra a sua pressa. Queria voltar para casa pronto para ser colocado no seu devido lugar.

Quando entrou no banheiro de novo para tomar seu banho, Felix estava cansado pra caralho. Não no nível vou chegar em casa e morrer, mas certamente no nível não consigo sentir nada além de fadiga. Era bom. Estava um pouco mais pronto para ser o submisso perfeito que Alana tanto gostaria de ter. Gastou mais tempo do que a média no banho também porque queria estar cheiroso para ela. Sua Senhora. Lavou o corpo inteiro com um óleo de banho cheiroso, os cabelos com seu melhor shampoo e condicionador, e só se vestiu quando estava satisfeito. Cheiroso, bonito e pronto.

Vestiu a roupa que havia separado no começo da semana para academia, uma bermuda e camisa simples. Se tivesse pensado nisso antes de sair de casa, teria escolhido roupas melhores, mas sabia, no fundo, que o melhor seria mesmo roupa nenhuma.

Pediu o uber e ponderou se deveria avisar Alana. Conclui que sim, mas apenas compartilhou a localização da corrida com ela e não disse nada. Não foi respondido, também. Gastaria quinze minutos até sua casa, apenas. Normalmente essa distância passava num piscar de olhos, mas dessa vez, é claro, sua percepção de tempo mudou tudo. O trânsito parecia em câmera lenta, ainda que não estivesse pior do que o normal. Felix estava determinado a não voltar para o estágio inicial da ansiedade, mas era difícil. Foi todo o trajeto se esforçando para não balançar a perna, esfregando a palma da mão no tecido da bermuda.

Estava tudo perfeitamente sob controle.

Exceto, é claro, que não estava.

Felix abriu o portão do prédio com os dedos trêmulos. Subiu de elevador com a respiração acelerada. Abriu a porta de casa com as pernas fracas.

Escuro.

Silêncio.

Deixou a mochila no sofá da sala, fez carinho nos gatos, e andou devagar pelo corredor que levava até o quarto. Na penumbra e no silêncio, conseguia ouvir sua própria respiração e os batimentos descoordenados dentro do peito. Quando parou na entrada do quarto, reconheceu Alana sentada no canto da cama. Foi ela quem acendeu a luz.

— Meu gatinho. — Alana tinha um sorriso quase afetuoso no rosto, mas foi a última coisa que Felix reparou antes de paralisar por completo.

Quando conseguiu processar o que Alana vestia, Felix pensou em dar risada. Foi seu primeiro instinto, mas ela morreu na garganta quando ela se levantou, rebolando enquanto andava na direção dele. O sorriso afetuoso havia desaparecido e um safado e quente estava no lugar.

Alana estava usando um sutiã vermelho brilhante de látex, uma calcinha pequena também vermelha, que não escondia como seu pau já parecia duro e melado, um corpete vermelho que contornava sua cintura perfeitamente e se ligava com cintas até meias arrastão vermelhas sete oitavos. A fantasia ficava completa, entretanto, com luvas de látex vermelhas com pelúcia branca na parte de cima, e uma espécie de mini capa vermelha, com uma touca e também detalhes da mesma pelúcia branca.

Ela era mamãe noel.

Alana estava vestida de mamãe noel sexy.

E, porra, como ela estava sexy.

Felix não moveu um músculo e talvez tenha até parado de respirar. Alana se aproximou até colar o corpo com o dele e Felix sentiu a respiração dela, quente, se espalhando em sua pele. Ela segurou seu pescoço sem muita força, apenas o suficiente para levantar seu rosto. Subiu a língua pelo pescoço dele, até sua orelha, e lambeu ali também.

— Está pronto pra me contar se você foi um bom gatinho esse ano? — A voz dela estava tão, tão sexy.

Felix gemeu baixinho. A mão dela ao redor de seu pescoço fazia arder sua pele, como se ela estivesse pegando fogo. A voz em seu ouvido, os lábios tão colados em sua pele, faziam seu estômago se revirar da melhor forma possível. O coração estava acelerado e mal começaram. Teria que admitir, quando finalmente conseguisse, que os nomes que escolheram para a cena eram bons demais. No começo, achou que seriam uma bobagem, que não ficaria tão excitado, ao menos não com o seu, mas Alana dizia meu gatinho de um jeito tão ensandecido que fazia a posse parecer uma coisa boa. Naquele momento, era. Talvez justamente porque não fosse uma posse que amarra, mas uma posse de entrega, de comum acordo.

Mas estava divagando.

— Se continuar pensando demais assim, talvez eu precise te punir. É pra ficar aqui, comigo. — Alana andou ao redor dele, apertando sua cintura por trás. — Você fez o que eu mandei?

— Sim — Felix murmurou.

— Malhou? — Alana beijou a nuca dele devagar. Felix concordou com um aceno lento, estremecido.

— Fiz esteira também.

— Hm… — Ela beijou de novo, soprando ar quente na nuca dele. — Quanta proatividade, meu gatinho. Tomou seu banho? — Ele acenou de novo. — Direitinho?

— Tá duvidando de mim?

Alana agarrou a parte de trás do cabelo dele com certa força e tombou sua cabeça para trás.

— Olha a boca. Me responda direito. — A voz dela estava séria e Felix não devia estar tão excitado. Ela parecia brava, mas só conseguiu deixá-lo ainda mais molhado. Ela suavizou o puxão. — Vamos de novo. Tomou banho?

— Sim, minha Senhora.

— Direitinho? — O tom de voz era provocador.

— Sim, minha Senhora. — Feliz respondeu com a voz estremecida. — Usei meu óleo de banho, creme depois também. Tudo pra você.

Felix sentiu Alana sorrindo com os lábios em sua pele quando disse a última frase. A felicidade e o tesão se misturavam dentro de seu estômago.

— Tira sua camisa — Alana ordenou.

Ele se atrapalhou um pouco com a barra da camisa, que estava uma parte para dentro dos shorts, mas conseguiu passar a camisa pela cabeça depois de alguns segundos. Jogou-a ao lado da cama e, por instinto, começou a se virar na direção de Alana. Foi segurado pelo pescoço e paralisou.

— Eu não disse pra se virar.

Sentia o coração acelerado, pulsando no exato ponto onde a mão dela encostava em sua pele. Tanta tensão que parecia elétrico, se sentia prestes a explodir.

Alana passou os dedos pela base de sua coluna, subindo devagar. Felix tentou não tremer tanto, mas era meio impossível. Estava arrepiado e sensível e ela sabia exatamente onde encostar, quanto encostar, que botões apertar, tudo. Ela o conhecia inteiro. Ela se afastou por alguns segundos e Felix conseguia escutar o coração batendo dentro de seus ouvidos, sua respiração alta, o silêncio do quarto quase opressivo.

Alana não demorou a voltar, mas Felix só entendeu o que havia acontecido quando ela subiu a chibata entre as suas pernas, esfregando sua panturrilha esquerda, depois sua coxa. Seu short era curto, mas largo, e a chibata entrou sem problemas, subindo o tecido enquanto subia pela sua coxa.

— Tire os shorts agora. — Alana se afastou de novo. — Algo que diz que você está sem cueca, meu gatinho. Eu não sei se fico maravilhada ou irritada com você. — Felix segurou uma risada. Ela estava certa, ele estava sem cueca. Fez de propósito. — Sempre andando por aí com pouca roupa, um safado oferecido.

Felix desceu os shorts enquanto ela falava, se divertindo mais do que devia com as provocações dela.

— E se alguém na academia te visse assim, nos aparelhos sem cueca, hm? — Ela o trouxe pra perto no exato instante que ele ergueu o corpo e soltou os shorts. Felix quis discutir e dizer que não malhou sem cueca, mas ela estava tecnicamente certa. Ele não malhou sem cueca hoje. Já aconteceu antes. Alana colocou a mão entre as pernas dele, sentindo como estava molhado, sentindo seu clitóris inchado. — É isso que você queria exibir pra eles?

A ideia era divertida, embora talvez só na teoria. Felix não tinha interesse em nenhuma daquelas pessoas, mas gostava de provocar Alana.

— Sou o mais gostoso e o mais melado daquela academia, o que é bonito é pra ser mostrado.

Alana afastou a mão das pernas dele e puxou Felix pelos cabelos de novo.

— Hoje você é meu. — Sua voz saiu ríspida, mas mais uma vez, era mais excitante do que capaz de repreender Felix de verdade. Ele estava com tesão demais para sentir qualquer culpa. — Vai se mostrar quando eu mandar, e apenas quando eu mandar. Então me diga se alguém te viu assim hoje, melado e duro e oferecido. Porque se alguém te viu assim… não sei se posso dizer que você foi um bom gatinho.

Felix quase quis mentir. A ideia estava ali, pairando, uma mentirazinha só pra esquentar mais a cena. Sentiu as palavras na garganta, mas mordeu a língua, se repreendendo. Não mentira para ela. Não mentiria para sua Senhora. Escolheu dizer uma verdade conveniente.

— Não sei se me viram, minha Senhora. Eu estava de cueca, mas estava melado e duro e excitado o dia todo. Não sei dizer se a cueca e o shorts tampavam o suficiente. Você… Minha Senhora, você sabe como eu fico. É difícil…

— Ah, é muito difícil disfarçar, eu sei. Seus mamilos — ela escorreu os dedos até os mamilos dele, apertando e puxando — ficam duros e sensíveis, dá pra ver em todas as suas roupas. E consigo ver seu clitóris saltado, consigo ver como você fica. É tão óbvio. — Alana passou os dentes na pele do pescoço dele, parecendo irritada. — Qualquer um que te olhe consegue ver quando você está excitado assim.

Felix estava… rendido. Estava se deliciando das reações dela, de cada palavra que ela dizia, de como ela parecia estar gostando desse controle todo. Eles já fizeram muitas coisas, mas essa cena, por alguma razão, tinha um sabor de coisa nova, ainda que familiar. Felix gostava disso. Poderia se acostumar com isso. E é só o primeiro item da lista…, pensou. Tanta, tanta coisa pra descobrir.

— Você está divagando de novo — Alana de fato mordeu dessa vez, no ombro de Felix. Doeu pra caralho. — Na beira da cama, agora. Empina a bunda.

Obedeceu sem pensar, o corpo se movendo por instinto, tesão e obediência. Apoiou o peito nos lençóis e empinou um pouco a bunda, tanto quanto conseguiu. Alana puxou um dos travesseiros e soltou ao seu lado, e ele sabia o que fazer. O apoiou embaixo do quadril, agora sim empinando a bunda de verdade. Mesmo com as pernas meio fechadas, já se sentia bem exposto. Queria tanto descobrir como ela iria usá-lo. Como iria puni-lo.

  Felix sentiu a chibata fria em sua nuca e descendo pelas suas costas devagar.

— Você pode ser bom, tão bom, meu gatinho. E ainda assim… — Ela subiu a chibata de novo, trilhando todo o caminho de volta pra sua nuca. Felix estava muito arrepiado. — Você sempre acaba escolhendo ser um gatinho safado e exibido e cheio de tesão…

— Não consigo evitar, minha Senhora — Felix murmurou, virando a cabeça para o lado e esfregando a bochecha contra o lençol. — Eu sou assim.

— Claro que é. — Alana bateu a chibata entre as coxas dele, indicando que devia abrir mais as pernas. — Até agora você está sendo insuportável. Falando sem permissão — ela desceu batidas leves por dentro da coxa direita —, pensando demais — subiu de novo, batendo na esquerda agora —, se fazendo de inocente quando você não passa de um gatinho safado e puto.

Alana bateu com força pela primeira vez, de baixo pra cima, e acertou o clitóris de Felix. O gemido dele saiu agudo e desafinado, incrédulo, até. Não estava esperando apanhar agora, não desse jeito, mas porra, a dor era gostosa demais. Caralho, absolutamente tudo que Alana fizesse seria gostoso demais. Inferno. Esfregou a cara no lençol, tentando afastar os pensamentos, tentando focar.

— Divagando de novo, meu gatinho. — Mais uma chibatada em seu clitóris, surpreendentemente próxima do lugar da anterior. Sentia o clitóris ardendo e latejando. — Quando vai entender que eu quero você aqui e comigo?

— Não é de prop… — Mais uma chibatada. — Puta merda. — Mais uma. — Caralho. — Mais uma.

Felix estava gemendo sem parar agora, tesão e raiva misturados. Queria xingar todos os palavrões existentes.

— Enquanto você continuar divagando demais e falando demais eu vou continuar batendo.

Como poderia se controlar? Era impossível.

— Eu não fiz de propó… — Mais uma chibatada e Felix estava tão, tão perto de quebrar. — Ah, minha Senhora.

Seu clitóris latejava sem parar agora, a ardência e a dor se espalhando dele para os lábios e pulsando até sua entrada, que sentia escorrendo. Felix tinha lágrimas descendo pelas bochechas também, molhando o lençol e gelando sua pele.

— Preciso ensinar modos para o meu gatinho. — Alana passeou com a chibata na bunda de Felix,  acariciando sua pele. — Precisa se comportar se quiser recompensas, precisa ser um bom, bom gatinho.

— Eu aceito a punição, minha Senhora. Eu aceito.

Felix mantinha as mãos fechadas ao lado do rosto, agarrando o lençol, os dedos doloridos da força que fazia. Tanto tesão, tanto desejo, explodindo. E seu clitóris parecia pulsar como se soletrasse o nome dela a-la-na a-la-na.

Os dedos dela entraram em Felix de uma vez. Dois, talvez três, escorregaram com facilidade porque ele estava obscenamente molhado. Ela foi até o final e começou a meter de forma ritmada, com força e fundo. Felix se movia na cama, tremendo, gemendo, morrendo e morrendo e morrendo.

— Meu gatinho, a sua buceta é seu maior pecado. Tão molhada, tão pronta. Você gosta demais de apanhar, talvez punição pra você seria eu te largar aqui e não te deixar gozar, não encostar em você.

— Não, não, não, não, por favor, não.

Alana riu. Uma risada alta, que apertou o estômago de Felix como uma ameaça, mas não parou de meter nele. Ainda bem, era tudo que ele conseguia pensar. Ainda bem que ela o conhecia, que sabia exatamente como meter, que não precisava de instrução nenhuma para saber onde encostar, como encostar, como fazer forte e fundo e rápido do jeito que Felix gostava. Ainda bem que podia ficar ali, se esforçando para ficar parado com a bunda empinada, enquanto ela fazia um estrago na sua sanidade e apagava qualquer vontade que ele tinha de pensar em outras coisas, qualquer tentativa inútil da sua mente de divagar para assuntos aleatórios.

Era só Alana, Alana, Alana, seus dedos entrando e saindo e seus toques estratégicos no clitóris de Felix, que ainda queimava das batidas. Felix já não tinha vergonha de gemer, de murmurar, de rebolar contra os dedos dela querendo mais, mais e mais.

Abriu as mãos contra a cama, murmurando por favor, por favor, Alana, por favor, tremendo inteiro.

— Você não tem autorização pra gozar — Alana disse, mas não parou nem mudou seus movimentos.

— Mas…

— Nem pra falar, gatinho malcriado.

Porra.

Felix sentia a indignação queimando dentro de si quase tão forte quanto seu tesão. Ela precisaria diminuir o ritmo em algum momento se queria que ele não gozasse. Impossível segurar tanto assim. Simplesmente impossível. Tentou se concentrar em outra coisa. Na textura do lençol, nos seus pés no chão gelado, tentou puxar qualquer um dos pensamentos aleatórios que sempre insistiam em invadir sua mente nos momentos mais incômodos, mas nada veio.

Sua mente era apenas dela, só dela, dos dedos dentro de sua buceta, da mão espalmada no meio das costas, da respiração dela perto do seu ouvido, do peso dos seios dela perto da sua nuca, da sua voz e de suas ordens. Alana, Alana, Alana.

— Você não tem autorização pra gozar — ela repetiu, provavelmente observando como Felix estava gostando demais da situação. — Vai me avisar e eu vou parar. É uma ordem.

— Eu vou… vou tentar… — Felix murmurou. No ritmo que ela estava, não tinha certeza se teria tempo. Estava com medo de começar a falar e já ter gozado quando terminar.

Alana o segurou pelos cabelos, erguendo sua cabeça do colchão.

— Você vai conseguir. Não se mostre ainda mais malcriado.

Ela soltou Felix de novo e levou a mão até seu clitóris, esfregando enquanto continuava metendo. Apesar de irritado, Felix queria obedecer. Queria obedecer de verdade e ser um bom gatinho, queria chegar tão perto de gozar quanto fosse possível. Então aguentou. Revirando os olhos, gemendo, mordendo o lábio inferior e tão desesperado que talvez fosse capaz de socar a própria cabeça na parede se isso fosse aliviar um pouco do seu tesão.

Felix se segurou e esperou e esperou até sentir os dedos formigarem, a cabeça aérea, até a sensação ser a de que iria explodir se não gozasse, que iria derreter, que já havia enlouquecido e isso era só a consequência. Esperou até conseguir ouvir perfeitamente cada metida de Alana porque o som era molhado e escorregadio.

— Eu vou… Minha Senhora, eu acho que eu vou…

O orgasmo estava ali, tão perto, tão perto, e Felix bateu a palma da mão algumas vezes no colchão, suando frio, arfando, desesperado.

Alana não parou.

Por que ela não parou?

— Não aguento mais, eu vou gozar, eu vou gozar, para ou eu vou gozar… — Felix insistiu e só então ela parou, tirando os dedos de uma vez.

Vazio.

Silêncio.

Felix abaixou a cabeça, esfregando o rosto no lençol buscando alguma sanidade, algum ponto de âncora, buscando algum resquício de controle sobre o próprio corpo.

— Sente, meu gatinho.

Ele se moveu devagar, primeiro subindo as pernas para a cama, depois virando o corpo de lado e só então, com ajuda de Alana, ergueu o tronco e sentou na beira da cama com as pernas balançando para fora. Observou as coxas levemente avermelhadas na parte de dentro e sorriu sozinho.

Encontrou o olhar de Alana pela primeira vez desde que começaram a cena. Como era possível ela parecer ainda mais bonita e ainda mais gostosa do que meia hora atrás? Talvez fosse seu ar de domme, talvez a fina camada de suor brilhando em sua pele, talvez o fato de que agora seus peitos pareciam querer escapar do sutiã, ou seu pau que parecia que iria estourar a calcinha a qualquer momento.

Ou talvez fosse a capacidade dela de tornar o ato de se hidratar durante o sexo uma coisa sexy, porque ela segurou a garrafa de água gelada com uma das mãos e com a outra puxou Felix pelos cabelos e tombou sua cabeça um pouco para trás.

— Abra a boca — ordenou.

E derramou água aos poucos na sua língua, dando o tempo ideal para ele engolir grandes goles e se refrescar.

Como ela fazia isso? Felix precisaria treinar muito para não decepcioná-la quando chegassem no ponto da lista que o permitiria testar uma inversão nesses papéis. Teria que aprender muita coisa para ser o domme perfeito para sua domme favorita.

— Acho que meu gatinho está pronto para receber o seu presente.

Felix arregalou os olhos.

— Um presente? Pra mim? — Usou todas as suas forças para não se agarrar ao braço de Alana quando ela se afastou. Queria lamber sua pele e ronronar abraçado com ela, mas isso poderia esperar.

— De joelhos.

Ela deixou a garrafa de volta no móvel da tv e deu um passo para trás, dando o espaço que Felix precisaria para se ajoelhar na frente dela. Ele não hesitou e desceu um joelho, depois o outro, e sentou sobre os calcanhares, encontrando a posição que normalmente era mais confortável para chupar Alana sem precisar pensar. Seria esse o seu presente? Seu corpo tremeu em antecipação, a boca salivando, o desejo fazendo seu clitóris voltar a pulsar.

Alana segurou o queixo de Felix e o ergueu, seu olhar fixo no dele.

— Abra o seu presente, meu gatinho.

Por um segundo, Felix ficou muito confuso. Abrir o quê? E então ela mexeu o quadril um pouco para o lado e ele viu. A calcinha tinha laços dos dois lados, bem amarrados e firmes, e realmente tinha um bordado em dourado que lembrava um embrulho de presente. Que filha da puta.

Felix lambeu os lábios, ansioso, e levou os dedos trêmulos até o quadril dela. Desfez um dos nós e um lado da calcinha caiu. A estrutura rapidamente se desfez e o pau dela escorregou para fora, duro e melado, a cabeça inchada e parecendo tão, tão sensível. Não fosse a ordem, Felix teria esquecido a calcinha e já começado a chupar aí mesmo. Entretanto, se concentrou para abrir o outro lado, as mãos tremendo ainda mais agora, e deixou o tecido cair no chão quando terminou. Alana estava muito, muito melada. O pré-gozo estava brilhando na cabeça do pau dela a ponto de escorrer. Felix queria tanto lamber que se sentia tonto.

Alana voltou a segurar seu rosto, com mais carinho dessa vez.

— Você finalmente obedeceu um pouco, meu gatinho. Insuportável, mas sempre, sempre acaba cedendo. Você não resiste quando estou te comendo direitinho. — Alana parecia maravilhada, os olhos brilhando, os dedos quentes no rosto dele. Felix apenas acenou concordando, incapaz de tirar os olhos dela. — Você quer o seu presente, não quer?

— Por favor.

Alana fechou a cara.

— Por favor, minha Senhora. Por favor. — A resposta de Felix foi imediata. Ainda estava se acostumando com o tratamento, mas precisava confessar que era muito sexy ser corrigido. Gostava de vê-la brava. Nunca imaginou isso com tanta clareza quanto agora.

— Abra a boca, língua pra fora, mãos para trás.

Felix fez como ela mandou, ansioso, fechando uma mão ao redor da outra nas costas, tentando impedir que voltasse a tremer. Esperou por um segundo até que Alana, ainda segurando seu rosto, segurou o pau com a outra mão e esfregou a cabeça em sua língua. Felix fechou os olhos, delirando de tesão, gemendo de boca aberta e língua pra fora, adorando o gosto dela, ansioso para engolir tudo. Tudo mesmo.

Fechou os lábios ao redor do pau dela quando ela colocou mais pra dentro de sua boca e sugou, chupou, deixando ela ditar o ritmo, deixando Alana foder sua boca o quanto quisesse, aproveitando cada segundo da sensação. Era tão terrivelmente bom.

— Isso, meu gatinho. — Alana agora o segurava pelo cabelo, mexendo o rosto de Felix na direção de seu pau e gemendo enquanto falava, arfando também. — Vai me chupar até eu gozar e vai me deixar pintar seu rosto de porra, porque quero te ver assim. Esse é o meu presente. Você é meu, meu presente.

Felix estava rendido. Entregou não só sua boca, mas seu corpo inteiro para o prazer de Alana, que naquele momento — e em tantos outros —, era o seu prazer também. Chupou com vontade, passando a língua, os gemidos engasgados na garganta. Estava delirante, desesperado, sentia sua buceta escorrendo entre as coxas e aproveitava cada movimento dela para esfregar um pouco o próprio clitóris nos calcanhares. Alana não percebeu ou não se importou em proibir, apenas continuou fodendo sua boca e repetindo o quanto ele finalmente estava sendo obediente e bonzinho até que o puxão em seu cabelo ficou ainda mais forte.

Alana deu um passo para trás, tirando o pau da boca de Felix, e começou a se masturbar.

— Continue assim, boca aberta, língua pra fora.

Puxou mais o cabelo dele, tombando sua cabeça inteiramente para trás, e Felix não tinha certeza se existia um céu, mas se existisse, ele teria o gosto da porra de Alana e a sensação seria exatamente essa, a de estar de joelhos diante da sua deusa enquanto ela o agraciava. Alana gozou em todo o rosto de Felix, melando tudo, escorrendo em sua língua, algumas gotas pingando em seu peito.

Felix estava em êxtase. Alana deu apoio para que ele ficasse de pé e o que ela fez ele não esperava: segurou seu rosto com as duas mãos e passou a língua em todos os lugares que tinha acabado de melar de porra, lambendo, limpando, chupando. Suas bochechas, as pálpebras, na testa, no nariz, no queixo, e então juntou os lábios com os dele em um beijo profundo e melado e gostoso. Felix queria tanto, tanto gozar que faria qualquer coisa, o que ela mandasse, o que fosse necessário.

— Eu quero… — Murmurou, mas ela o interrompeu com beijos. — Eu quero… — Alana insistiu, segurando-o, devorando sua boca. Irresistível, impossível, indomável. — Ai, porra, eu quero gozar.

Alana não disse nada nem parou os beijos. Só empurrou Felix um pouco para trás e suspendeu uma de suas pernas, apoiando-a na cama, e voltou a enfiar os dedos nele. Alana o devorou como se sua vida dependesse disso, sugando sua língua, mordendo seu lábio, beijando seu pescoço e fodendo sua buceta sem parar.

Tão bom. Bom pra caralho.

Felix não ia aguentar muito daquilo.

— Eu posso gozar agora? Mesmo? Não sei se aguento segur…

— Pode. Vai gozar pra mim, olhando pra mim, gemendo pra mim. Meu, meu, meu gatinho.

Alana mordeu e chupou a pele de Felix até sentir que estava gozando, tremendo em seus braços, gemendo e murmurando e segurando o corpo dela, temendo não ter forças mais para se segurar de pé.

— Meu, meu gatinho, tão gostoso.

Alana não deixou ele cair. O manteve junto de seu corpo, firme, até a respiração dele se acalmar e ele parar de tremer, acariciando seu cabelo e beijando sua testa.

— Vou te dar uma água e vamos tomar banho — ela murmurou. — Ainda tenho uma ou duas coisinhas que quero testar antes de dormir.

Felix sorriu ainda com o rosto colado no peito dela. Esse com certeza foi o melhor natal da sua vida.

Espero que tenha se divertido como eu me diverti escrevendo e a gente se vê ano que vem

Como sempre, se quiserem falar sobre, minha DM está aberta e o straw também! Agora também estou com um canal no telegram onde mando notícias, fofocas e novidades aleatórias, em um ambiente mais informal!

É isso! Um xêro e um queijo,

Kodinha

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