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#38 - O dia que Escobar ensinou sobre prazer - Só uma rapidinha

fanfic bentinho x escobar PORQUE SIM

E ai seus safado, baum?

Falei que entraria em hiato até conseguir o texto da freira, né? Eu sei. Falei… Não tá errado, tá bom? Eu tecnicamente ainda tô em hiato. Tô focando na freira (e no vem aí, e no romance)… O problema é: tô lendo Dom Casmurro e minha cabeça tá FERVILHANDO de ideias! A maior delas não é essa que envio hoje e talvez apareça por aqui no futuro, mas essa daqui é essa daqui era rapidinha 😉 de fazer.

E se Bentinho tivesse se rendido às graças do Escobar no seminário, hein? E se?

Bora afundar na fanfic que todos queríamos e já cansamos de pedir.

ps: Dessa vez vou pedir aqui em cima! Se você leu e gostou dessa rapidinha, considere falar dela por aí! Um RT num tweet, um comentário, um like já levam a palavra mais longe e fazem esse autor que vos fala MUITO feliz e radiante!!

O dia que Escobar ensinou sobre prazer

Bentinho decidiu voltar para os seus aposentos mais cedo aquele dia. Seu coração estava tranquilo com a melhora da mãe, a visita recente de Escobar à sua casa havia feito bem, e ainda não queria ser padre, mas talvez houvesse forças dentro de si para continuar estudando enquanto as coisas não se resolviam em casa.

De fato, a decisão também veio porque queria fazer um agrado a Escobar, com quem dividia um quarto no seminário. Iria dar um jeito no ambiente, que passou o inverno bastante fechado, abrir as janelas e arejar, recebendo o ar úmido, mas mais ameno, da primavera. Também cuidaria do banheiro que dividiram, das roupas de cama, tudo para o seu melhor e único amigo. Era esse tipo de coisa que amigos faziam um pelos outros, certo? Faria tudo enquanto Escobar ainda estava em sua reunião de orientação com Padre Cabral, antes que voltasse, para que fosse firmada a surpresa.

Caminhou tranquilo até a porta, sorridente até, e a destrancou com calma e paciência, pensando no que pretendia fazer da limpeza, elencando uma lista em sua mente. A surpresa foi tamanha, entretanto, quando, ao fechar a porta, ele passou pela pequena entrada e pousou os olhos no quarto.

Seu coração parou por um segundo, a visão turva, os pés falhando. O corpo processou o que via antes que a mente compreendesse, os calafrios subindo pelas suas pernas, apertando dentro de suas calças. Escobar estava sentado na cama, mas não na dele. Estava sentado sobre a cama de Bentinho, as calças e cueca arriadas caindo sobre os tornozelos, a mão esquerda segurando o pênis rígido, se tocando com luxúria, e a direita segurando um travesseiro sobre a boca, abafando seus gemidos. O travesseiro de Bentinho.

A cena era inquietante, mas não da forma que Bentinho esperava. Esperava sentir raiva do amigo, que não só estava cedendo aos desejos da carne, como o fazendo com as suas coisas, mas o que veio não foi a raiva. A sensação que o dominou era quente, esquentando seu peito e sua virilha.

Bento…

Santiago…

A voz de Escobar era baixa e abafada, fato, mas não deixava suspense no que dizia. Bentinho queria deixar de olhar, queria gritar, queria se mover, mas não conseguia arredar o pé nem tirar os olhos. Estava hipnotizado pelo movimento da mão de Escobar, para cima e para baixo, molhado, duro, convidativo… Bentinho balançou a cabeça, só nesse segundo percebendo o quanto estava abalado, envolvido, o quanto queria se aproximar e se ajoelhar.

Nervoso, tossiu. A mão de Escobar parou no lugar, parecendo tensa. Tirou o travesseiro lentamente, revelando o rosto vermelho, provavelmente tão vermelho quanto estava o do próprio Bentinho.

Silêncio.

Nenhum dos dois disse nada logo de cara, mas também não deixaram de se encarar. A descoberta não intimidou Escobar, que continuava duro entre os dedos, talvez até mais, agora. Também não apaziguou a queimação no peito de Bentinho, nem o volume em própria calça.

— Bentinho, posso explicar… — Escobar finalmente disse, a voz parecendo firme e gentil mesmo diante dessa situação.

— Não. — Bentinho respondeu antes que sua cabeça sequer processasse o pensamento.

— Eu posso, mesmo. Somos amigos, não somos?

— Não.

— Como não, se ontem mesmo estava em sua casa, sentado à mesa com você e sua mãe.

— Não para. — Bentinho não reconheceu a própria voz, nem de onde veio tal pedido.

De fato, Bentinho nada reconheceu de suas atitudes naquele momento. Não soube de onde veio seu desejo, não entendeu porque quis que Escobar pedisse sua presença. Até então havia resistido as tentações da carne, não dera mais do que alguns poucos beijos em Capitu e não cedeu às vontades nem mesmo após ver aquela mulher com belas pernas envoltas em meias que caiu de saia levantada na rua.

Ainda assim, ali estava ele. Pedindo que Escobar continuasse o que fazia, pedindo para ver. Escobar abriu um sorriso maior do que o rosto, derretendo todas as preocupações estranhas que se desenrolaram na mente de Bentinho. Não existiu Capitu naquele momento, nem seminário, nem Igreja, nem mãe, nem promessa. Somente ele e Escobar, que bateu com a mão livre no espaço vazio ao seu lado na cama, convidando Bentinho para se sentar.

Ele foi. Sentou ao lado do amigo com o corpo inteiro travado e duro, as pernas juntas, segurando seu desconforto entre elas, as mãos firmes ao lado das próprias coxas. Escobar apoiou a cabeça no ombro esquerdo de Bentinho, o nariz encostando na curva do pescoço, um roçar de pele enlouquecedor em cada milímetro.

Assim, aconchegado, como se fosse um gesto corriqueiro e não algo que mudaria completamente a vida dos dois, Escobar voltou a se tocar. Bentinho via agora a cena de cima, sentindo quase uma experiência extracorpórea, como se fosse outra pessoa ali, acolhendo um Escobar quente contra o próprio corpo, um Escobar objeto de desejo.

De cima, dava ainda mais vontade. Uma vontade perigosa que fez Bentinho resistir bravamente, desesperadamente, com medo de alguma coisa, de todas as coisas, com medo de Capitu, de Deus, de sua família, dos Padres, de si mesmo. Uma vontade que não sabia explicar se Bentinho queria arriar também as próprias calças e deixar Escobar estragá-lo ou se queria ser ele quem estragaria Escobar inteiro, da cabeça aos pés.

O medo era tão grande quanto o desejo, os dois inflando em Bentinho como uma arma. Suas calças nunca pareceram tão apertadas, seu próprio pênis nunca esteve tão dolorido, e Bentinho por um segundo se perguntou se era isso que Escobar estava fazendo. Se estava aliviando a dor do desejo. Se ficou demais para suportar.

Bentinho não mexeu um músculo, só piorando quando Escobar voltou a gemer, ainda baixo, mas agora diretamente em seu ouvido. Bento… Ah… Seu nome nunca antes soou tão certo e tão errado em toda sua vida. A situação o deixava em alerta, pensando em erros, no seu medo cavalar, mas a voz era a de Escobar, a do seu melhor amigo, a voz que sempre apaziguava suas angústias quando ele precisava.

Com o coração acelerado, Bentinho lambeu os lábios, sem saber que estavam tão secos, engoliu muita saliva e desejou ser capaz de fazer alguma coisa. Qualquer coisa. Tentou, até, mas seu corpo não respondia, nem mesmo conseguia pronunciar uma palavra sequer. Tudo de si estava focado em observar, devorar, absorver a cena: o pênis de Escobar a centímetros de distância, molhado na ponta, apertado entre os dedos, o movimento repetido.

A voz de Escobar ficou alguns tons mais alta, seus gemidos mais curtos e sua mão se acelerou. Ele parecia em êxtase, tremendo, o corpo levantando um pouco da cama, escorando o peso em Bentinho, esgotando toda a sanidade do outro homem.

Escobar por fim jorrou gozo em sua mão, escorrendo pela barriga. Parecia gozo. Bentinho leu sobre isso em um dos livros escondidos na biblioteca do seminário. Orgasmo. Parecia… bom. Escobar gemeu mais um pouco, tirando as últimas gotas do líquido viscoso de dentro de si, deixando-o escorrer até cair um pouco no chão e em sua calça.

Só então Escobar relaxou, soltando ainda mais o peso do corpo sobre Bentinho, suspiros manhosos saindo de sua boca. Bentinho ainda estava em choque, analisando, decorando, inquieto e sem entender sua própria cabeça.

— Vou tomar um banho — Escobar murmurou.

Deu um beijo no pescoço de Bentinho, que se tremeu dos pés até a cabeça, e se levantou, caminhando sem jeito na direção do banheiro do quarto, as calças ainda presas nos calcanhares.

— Você devia tomar um banho também — Escobar gritou, já no banheiro.

Bentinho não se moveu. Atônito, confuso e desesperado, encarou o volume em sua própria calça. Não devia. Não mesmo. Abriu o cinto, as mãos trêmulas, e desceu a calça e a cueca apenas o suficiente para que o pênis saltasse para fora, completamente duro, apoiado contra a sua barriga. A visão não fez bem para sua alma e o atormentou. Não devia. Não mesmo.

Passou os dedos ao redor do pênis e moveu uma vez, sensações novas e inesperadas tomando espaço dentro de si. Queria parar, mas não parou. Sua mão foi sozinha, sem pedir permissão para o corpo, estocada depois de estocada, derretendo seus pensamentos, fazendo-o esquecer de novo tudo que acontecia ao seu redor.

Ansioso e sem saber quando é que gozaria, se é o orgasmo viria, andou aos tropeços pelo quarto na direção da cama de Escobar, ficando de joelhos ao lado da cama e afundando agora o seu nariz no travesseiro dele, deixando o cheiro do amigo inundar suas narinas, preencher seu corpo. Os gemidos saiam provavelmente muito mais altos do que deviam, sua mão continuou se movendo, o desejo só foi aumentando.

Tanto desejo incompreendido que Bentinho gozou rápido, sem controle, embaixo da cama de Escobar, uma explosão nova, quente e viscosa. Quando acabou, olhou para baixo, para sua mão melada, e seus medos voltaram.

Subiu as calças de uma vez, ansioso para fazer algo, sair dali, correr para alguma atividade que ocupasse sua mente e impedisse a ansiedade de tomar conta. Quis lavar a mão, mas Escobar continuava no banheiro, então lambeu os dedos com vontade, ignorando o desejo de novo querendo latejar em suas pernas. Correu para fora do quarto com pressa e logo encontrou o jardineiro, tratando de se ocupar em ajudá-lo, já que era bem-visto pelos párocos que os seminaristas cuidassem do prédio.

Não pensou em nada daquele dia, não mesmo. Não deveria.

Foi só no escuro da noite, encarando o teto, incapaz de dormir enquanto escutava o ronco tranquilo de Escobar, que Bentinho entendeu que talvez o aviso de que precisava de um banho fosse um convite.

Talvez devesse ter aceitado.

É isso!!!! Eu nem sei direito de onde veio eu sei que veio e tô muito feliz espero que o ilustríssimo Machado esteja orgulhoso do TRIPLEX que ele alugou na minha cabeça!!!!

Se quiserem falar sobre, como sempre minha DM está aberta e o curiouscat também! Você também pode entrar no meu servidor no discord, o Kaleidomosmik.

É isso! Um xêro e um queijo,

Kodinha

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