Carinho safado - Só uma rapidinha

uma arte nsfw passou na minha timeline e eu me rendi completamente

Boa noite safades, tudo bom?

Maio foi mês de aniversário da newsletter e mês de muitas coisas insanamente boas pra mim também. Nem tudo são flores, mas muitas coisas são flores sim, e tô feliz, apesar de tudo.

Principalmente, animado com o texto que trouxe pra vocês hoje. Tem uma ilustradora que amo muito chamada Becky que faz desenhos muito fodas, a grande maioria com femdom. Eu acompanho vorazmente e um tempo atrás perguntei pra ela se poderia escrever alguma coisa inspirada nos desenhos dela. Ela disse sim! E então foi só uma questão de acompanhar e aguardar o meu momento.

Por coincidência, no começo do mês passado ela postou esse desenho aqui justo no dia que eu tinha mandado mensagem pra Bells dizendo que queria escrever sobre um homem trans mais velho e barbado/peludo. O encaixe perfeito, não é mesmo? Assim nasceram Filipo e Laura, os últimos românticos vivos, mas também safados de carteirinha. Espero que vocês gostem dessa história tanto quanto eu me diverti escrevendo.

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Dito isso, um beijo na bunda de cada um ❤️ Bora pro texto! Como sempre, se quiserem falar sobre, minha DM está aberta e o neospring também! Você também pode responder esse e-mail e falar diretamente comigo ;)

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Carinho safado

Filipo não queria abrir os olhos. A respiração ainda estava irregular, o ar entrando e saindo dos pulmões com força. As bochechas queimavam, as pernas estavam um pouco trêmulas, o clitóris inchado e sensível, o tesão ainda passeando pelas suas veias, concentrado entre as suas pernas, agora também no lençol molhado embaixo de sua bunda. Não estava cheio em nenhum dos sentidos físicos: estava com um pouco de fome, na verdade, e, dessa vez, Laura nem tinha usado o dildo que gozava dentro. Ainda assim, se sentia cheio de outras formas, com a cabeça leve pelo desejo e aliviada da tensão do dia, o coração carregado de carinho, cada centímetro de sua pele ansiando o contato com Laura de novo.

Filipo estava todo suado, mas não importava muito, não naquele momento.

— A água já esquentou. — Laura deu uma risada baixinha. — Vou buscar mais, não se mexa.

Como se ele conseguisse. Ainda estava amarrado na posição que Laura o colocou. Esse era o motivo da água ter esquentado, na verdade, porque ela gastou um bom tempo cozinhando Filipo, esfregando as cordas na pele dele, lambendo suas coxas, mordiscando seu pescoço, o beijando devagar até ele estar tão molhado e ansioso que chegava a doer. Filipo amava isso, amava ser tocado, ser dela, ser o prazer dela e que ela fosse seu prazer. E amava, como amava esse momento exato. O breve momento entre um orgasmo  e outro em que seu corpo ainda estava muito sensível, os cuidados de Laura, os olhares que podia demorar no dela — e se perguntava se parecia tão tonto apaixonado quando se sentia.

Abriu os olhos, encarando o espelho no teto, encarando a própria bagunça, o trabalho impecável que Laura fizera: sua pele dourada de sol estava avermelhada, já com algumas marcas de unhas e batom espalhadas pelos seus braços e pernas; seu cabelo estava desgrenhado, os cachos curtos desfeitos, os pelos de seu peitoral já molhados de suor, grudando na pele, os da barriga também. Seus joelhos estavam dobrados, próximo à sua barriga, e seus braços estavam amarrados junto das pernas. Não era a primeira vez assim, já que Laura gostava dessa visão dele: entregue, aberto, disponível. E Filipo gostava de estar assim para ela. Gostava de todas as sensações que ela o proporcionava assim.

Tombou a cabeça para o lado, na direção do celular que tinha deixado encostado na mesinha ao lado da cama, e conferiu as horas: quase meia-noite. Não se sentia cansado nem com sono. Se sentia desperto, elétrico, ansioso pelo que ainda fariam.

— Levanta um pouquinho a cabeça — Laura indicou e Filipo obedeceu. Ela deslizou um travesseiro embaixo de seu pescoço, apoiando sua cabeça um pouco para cima. — Vou te dar água devagar.

Ela estava com uma garrafa de água nas mãos e a inclinou lentamente nos lábios de Filipo. Era uma posição esquisita de se beber água, mas, novamente, já estava acostumado. Laura fazia questão que ele bebesse água com frequência e muito em breve provavelmente o daria algo leve pra comer também. Filipo fechou os olhos, se perguntando se todas as pessoas no mundo se sentiam assim mesmo com anos de casamento. Se continuavam como adolescentes apaixonados pelos maridos, esposas, parceiros. Se não conseguiam olhá-los por muito tempo ser ser inundados por algo que era um misto de tesão e afeto e desejo e paixão ardente, assim como era com Filipo.

Mexeu um pouco a cabeça para sinalizar que estava satisfeito e Laura conferiu a garrafa antes de concordar que ele poderia parar de beber.

— Você ainda tá completamente vestida, Laura — Filipo comentou, conseguindo só então formular um pensamento coerente.

Ela ajeitou o vestido, ainda sentada ao lado dele, e sorriu satisfeita.

— É sempre um bom dia quando consigo te fazer gozar antes mesmo de tirar a roupa, meu amor.

Filipo soltou um som indignado, mas não estava mesmo tão indignado assim. Só queria ver sua esposa nua, tão derretida quanto se sentia. Mas sabia que essa pose era muito fachada, que por baixo do vestido ela já estava molhada, suada e cheia de vontades muito piores do que as que ele conseguia imaginar.

— Se você tá com pressa pra me ver pelada eu tenho uma má notícia.

— Hm… — Filipo estava desconfiado e excitado.

— Vou pegar minhas coisas. Não se mexa de novo.

— Engraçadinha você, Laura.

Ela piscou para ele antes de levantar e ir para sua mochila, que estava em uma das cadeiras na mesinha no canto do quarto. Filipo conseguia ver um pouco melhor agora que estava com a cabeça apoiada e ainda estava levemente deslumbrado com a escolha da vez. O quarto era grande, espaçoso, tinha mais de um ambiente, um banheiro enorme com banheira e até um videogame ligado na televisão enorme — por um momento ele se perguntou quem vem para um motel pra jogar videogame e no segundo seguinte já se imaginou jogando de madrugada depois que Laura dormisse, o que foi meio patético. 

Filipo tombou de lado para descansar um pouco as pernas e braços, o corpo agora fechado e enrolado, parecendo um bebê.

— Não vai me contar a má notícia? — questionou, tentando descobrir alguma coisa.

Laura tirou os saquinhos de sempre da mochila. Ela era extremamente organizada e separava os dildos entre os que usava na buceta ou na bunda, separava os plugs, suas cintas preferidas, tudo, e sempre que precisavam sair preparava bolsinhas com vibradores, dildos, cintas, plugs, uma quantidade imensa de cordas e acessórios infinitos. Nem tudo era de fato usado toda vez, mas ela gostava das possibilidades. Filipo não era um cara de reclamar de possibilidades, também.

— Nem uma pista? — Insistiu quando reparou que ela não iria respondê-lo.

Ela parou a organização que estava fazendo no pé da cama — enorme — e foi para um dos saquinhos em específico. Tirou uma coisa de dentro e jogou na direção dele. Uma venda.

— Ah.

— Ah. — Ela repetiu. — O gato comeu sua língua agora?

Ela riu, mas não desviou da sua organização. Filipo a viu abrindo algumas coisas, mas não conseguia ver o que exatamente ela estava selecionando. Apesar de perguntar tanto, gostava da surpresa também. E a venda… Sabia que Laura estava interessada em usar a venda para alguma coisa há um tempo porque viu ela comprando três novos modelos. Essa era fina, simples, mas ele duvidava que desse para ver qualquer coisa. Se ela estava feliz, ela provavelmente era confortável. Junto dela… Filipo sabia que atrocidades viriam e apertou as pernas para segurar o tesão que já se espalhava pelo seu corpo.

— É por isso que eu não te conto as coisas. Não fiz nada e você já está querendo se esfregar. — Ela nem mesmo levantou o olhar para reprimi-lo. Que maldita. — Abra as pernas de novo. Não se preocupe, não vai ter tempo de se cansar.

Laura disse que não iria contar nada, mas sempre acabava contando. Disse que Filipo era safado demais por estar molhado e com tesão com a menor das informações, mas alimentava o desespero dele. Se estivesse solto, Filipo esfregaria o bigode e passaria a mão no peito, alinhando e desalinhando os pelos, um hábito antigo que o acalmava. Não estava, então voltou a se encarar no espelho do teto, os dedos formigando, ansiando em se esfregar em alguma coisa, fazer alguma coisa.

— Seja bonzinho, Filipo — Laura subiu na cama de vez, engatinhando na direção dele. Parou entre suas pernas e passeou a língua por sua barriga, subindo pelo seu peitoral e pescoço, lambendo o suor com gosto. Filipo segurou um gemido no fundo da garganta. Ela parou bem com a boca ao lado de seu ouvido: — Deixo você me comer o quanto quiser quando eu terminar.

Filipo mordeu o lábio inferior, sentindo o coração bater errado no corpo inteiro, já imaginando todas as coisas que gostaria de fazer com ela madrugada à dentro. Ele não era submisso de Laura, não exatamente, mas ela gostava de mandar e Filipo gostava de como ela ficava quando ele obedecia, então, por consequência, gostava de obedecer. E aproveitava muito, muito feliz quando ela dizia pode se divertir comigo, eu deixo. Por alguma razão esses momentos sempre pareciam ser muito melhores dos que os que ele começava sem essa autorização explícita, tinham um tom de piedade com o seu tesão que era ridiculamente excitante.

Ele acenou concordando com ela como se ela de fato precisasse desse aviso, como se já não estivesse previamente acordado que só uma safeword pararia aquele encontro ou qualquer encontro deles.

— Vou te vendar, Filipo.

Laura sempre colocava muita vontade quando falava o nome dele, e o falava com frequência. Isso era outra das coisas absurdas sobre transar com ela, sobre amá-la no geral. Ela percebera muito rápido que ouvir o próprio nome saindo assim da boca dela, carregado de luxúria, de tesão, de ordem e desejo era… delicioso. Que poderia chamá-lo de amor, de safado, de puto ou de qualquer outra coisa, mas nada chegaria nem perto da sensação de soprar Filipo como se comesse as sílabas, como se estivesse o fodendo a começar pelas letras que compunham seu nome. Filipo amava, amava essa sensação, amava o tesão que se espalhava pelo seu corpo, amava.

Laura passou a venda nos olhos dele sem pressa. Filipo nunca se acostumaria com essa sensação: a antecipação de ser tocado, a pele quente de desejo, a ansiedade pulsando entre as suas pernas e se espalhando pelo corpo inteiro. Ainda estava sensível do primeiro orgasmo, mas já ansiando o segundo — e terceiro, quarto e quantos mais estivessem dispostos a ter.

Laura desceu os dedos pelo peito dele, esfregando devagar. Contornou as marcas antigas de sua mastectomia, arrepiando sua pele, fazendo Filipo tremer. Ela conhecia o corpo dele inteiro, cada pedaço de pele, cada vírgula e ponto final, e o tocava com tudo que sabia em mente. Sempre passava a impressão de que seus atos eram todos calculados, que cada mínimo toque era proposital. Ela continuou descendo os dedos até alcançar as cordas que amarravam a perna esquerda ao braço esquerdo.

— Vou te soltar — murmurou, a voz não passando de um sopro.

— Já?

— Planos, Filipo. — Ela endureceu a voz de novo. Começou a desfazer os nós um a um, deslizando as cordas na pele dele, passeando os dedos por sua coxa, deixando beijinhos também. — Eu tenho planos.

Filipo parou de questionar. Só deixou os suspiros e gemidos baixinhos saírem, mordendo o lábio às vezes, segurando os mais altos. No fundo, queria pedir que ela fosse mais rápido. Estava particularmente inquieto, ansioso, com o tesão especialmente desgovernado e atormentado naquele momento. Ainda assim, não disse. Deixou que ela seguisse seus planos, deixou que cuidasse de seu corpo, que guiasse seu desejo.

Laura terminou de soltar o lado esquerdo e Filipo esticou o braço para cima, abrindo e fechando a mão, aproveitando a recém-liberdade. Ia esticar também a perna, mas Laura a segurou no lugar, ainda dobrada, com a mão apoiando atrás da dobra do joelho. Deixou um beijo na parte interna da coxa, demorado, depois uma mordida leve. Filipo gemeu baixinho e mexeu o quadril por reflexo, sentindo o clitóris pulsar em antecipação. Laura subiu os beijos pela coxa dele, tão suaves, mas causando tanto estrago. Filipo ansiava cada contato, cada vez que ela se afastava e voltava, o tesão se acumulando em seu ventre.

— Laura — ele murmurou, a voz trêmula, quando os beijos dela ficaram impossivelmente perto de seu clitóris, mas tão, tão terrivelmente longe.

Amava ela, amava sua mulher, mas como ela sabia torturá-lo. Laura escorregou a mão pela parte externa da coxa dele, subindo até o quadril, e fincou as unhas ali, segurando-o tão perto, não deixando ele se mover nem um pouquinho. Ainda assim, continuava tão longe de onde ele gostaria que os lábios dela estivessem.

— Laura — ele repetiu, uma súplica, incapaz de controlar a ansiedade.

— Apressadinho — ela respondeu, e então se afastou dele.

Filipo ficou desorientado por um leve segundo, mas aguardou. Laura voltou a tocá-lo, esticando por completo sua perna esquerda e massageando o lugar onde estavam as cordas. Ele sabia que ela continuava entre as pernas dele pelos toques, mas era sempre desnorteante não conseguir vê-la. Qualquer segundo sem contato o levava a perguntas, aumentava sua ansiedade, fazia crescer seu desejo e urgência. Precisava dela, dos toques dela, da sensação da pele dela contra a sua, dos lábios dela nos seus, no seu corpo, no seu clitóris.

Laura tocou a perna direita em seguida, fazendo o mesmo bem devagar: desfazendo nós, arrastando as unhas, tomando o cuidado de sempre para as cordas não puxarem nenhum dos pelos da perna dele, sempre tão, tão cuidadosa, afetuosa, deixando beijos e lambidas e mordidas, removendo cada centímetro de corda até liberar a perna e o braço direito. Então subiu de novo os beijos pela coxa dele, de novo mordiscando, atormentando, desfazendo o resto de sanidade que ele ainda tinha, esgotando o restante de sua paciência.

— Laura… — Filipo voltou a murmurar, atormentado. — Que tortura…

Ela sorriu contra a pele dele ao ouvir seu nome de novo. As palavras já saiam todas manhosas da boca de Filipo, com uma carência que fazia parecer que sequer tinha gozado, que dava a entender que ela o negaria alguma coisa, qualquer que fosse.

— Muito, muito apressado, você — foi a única resposta dela.

Laura espalmou as mãos na parte interna das coxas dele, uma de cada lado, abrindo suas pernas. Esfregou o rosto em sua coxa direita, depois beijou e mordeu a esquerda, e continuava desviando — nitidamente — de propósito da buceta dele. Filipo mordia o lábio, indignado, mas sem querer implorar demais. Queria ver até onde ela iria, até onde ele mesmo aguentava, o quão insuportavelmente melado e ansioso poderia ficar. Laura estava determinada, ainda beijando e lambendo e mordiscando. Se afastava por alguns segundos, e bastava isso para a respiração de Filipo mudar, imaginando o que ela faria, onde tocaria, esfregando o lençol de nervosismo e antecipação, mas logo ela voltava para as coxas, os beijos agora intercalados com as risadinhas baixas de alguém que estava claramente se divertindo.

Filipo prendeu a respiração quando sentiu o corpo dela se movendo sobre o seu. Laura passou a língua pelo ventre dele, fazendo o caminho inverso pela trilha de pelos, subindo pela sua barriga, a pele se esfregando na dele. Não aguentou segurar na garganta o porra que escapou quando ela lambeu o mamilo esquerdo dele, mordendo em seguida.

— Ah, Laura…

A voz dele estava um pouco mais grave, tão carregada de tesão quanto ele estava carregado de tesão. Laura apertou os mamilos dele com força, do jeitinho que Filipo gostava, fazendo-o tremer e se remexer embaixo dela.

— Você quer que doa, não quer? — ela falou com a boca colada na pele dele, baixinho.

Filipo sempre queria dor porque sempre virava prazer. Acenou que sim, tentando imaginar o que ela faria, tentando antecipar o que viria, qual seria o método da vez. Estava sensível no corpo inteiro, cada pedacinho, e qualquer coisa que ela decidisse fazer ia ser o começo de seu fim, ele tinha certeza.

Ele ouviu o barulho do metal antes que ela fizesse qualquer coisa e, por deus, arfou  descompensado. Laura passou a ponta gelada no braço dele, subindo, fazendo um pouco de força, só para manter Filipo ansioso e desesperado. Tão, tão absurdamente bom. Como era permitido que existisse uma mulher tão insuportavelmente gostosa, tão boa, tão safada e tão dele, e mais do que isso, uma mulher que fosse tão dona dele? Filipo não conseguia acreditar que há dez anos estava nas mãos da mulher mais incrível do mundo, que estava tão rendido e entregue para a única pessoa que queria estar.

— Me diz se… — ela murmurou no ouvido dele, mas não terminou a frase. Não precisava. Filipo sabia.

E assim que processou a sensação eletrizante da voz dela em seu ouvido, ela fechou um grampo gelado de metal no mamilo esquerdo dele.

— Ah, puta que pariu, Laura. — As palavras saíram descontroladas da boca dele, uma reação automática junto do tesão que mais uma vez parecia que iria explodir seu corpo. Sentia a ponta dos dedos tremer, o clitóris pulsar, a cabeça aérea.

— Que foi? — ela parecia rir e, claro, fechou outro clipe no outro mamilo também.

A pressão era deliciosa, a dor deliciosa, e, inferno, quando Laura passou a língua por cima e sugou mamilo e clipe juntos, melando tudo, Filipo achou que morreria ali. Seu coração batia com tanta força dentro do peito que poderia estourar sua caixa torácica e jorrar sangue por todo o quarto, explodindo tudo que ele era de dentro para fora. As mãos foram direto para a colcha, apertando com força, e as pernas se abriram mais involuntariamente, buscando um contato que não veio, uma fricção que não estava ali. Estava tão, tão, tão sensível e necessitado que chegava a ser patético.

Se reparou que ele estava a beira de um colapso, Laura não se importou. Ou, talvez, só quisesse vê-lo perder completamente a razão, porque ela se moveu para o outro mamilo, língua e metal e molhado, e puxou a cordinha que ligava os dois prendedores. A dor era… tudo. Martelando primeiro nos mamilos, mas pulsando em sua pele, no fundo de sua cabeça, na ponta dos seus dedos das mãos e nos dedos dos pés que dobrava de agonia.

— Ai. Caralho, Laura.

Ela riu baixinho sem parar de sugar o mamilo dele, parecendo tão, tão satisfeita. Isso só tornava tudo pior, muito pior, na verdade, porque o prazer de Laura era inteiro o prazer de Filipo, e, porra, saber o quanto ela estava satisfeita e feliz pinçando os mamilos dele e se divertindo com sua agonia só tornava tudo mais intenso. Só fazia Filipo querer ainda mais.

Laura puxou de novo e de novo, até ouvir Filipo choramingar, gemendo baixinho repetidamente, murmurando o nome dela como se fosse uma prece, uma oração da qual não conseguia escapar. Ela se afastou por um momento e antes que Filipo pudesse recobrar qualquer sanidade, Laura finalmente — finalmente — pinçou o clitóris dele com os dedos, o masturbando com vontade.

— Porra, Laura, porra, porra — Filipo não conseguia controlar a boca, não conseguia se controlar.

— Que boca suja, Filipo… — Laura falou e ele não conseguia localizar exatamente onde ela estava pelo som, só que parecia ainda estar entre as suas pernas.

Laura continuou masturbando Filipo, esfregando seu clitóris inchado entre os dedos, tão precisa em cada movimento, como se fosse a criadora do mapa do tesão dele, a que inventou tudo que o provocava, cada mísero detalhe de tudo que ele sentia. Beijou uma última vez seu mamilo, depois sua barriga, descendo e descendo até ele sentir de novo a respiração quente dela entre as pernas, agora ainda mais aterrorizante e intensa.

Quando Laura fechou finalmente os lábios ao redor do clitóris de Filipo, ele já estava perdido há tempos. Era dela, dela inteiro, e a forma como ela o chupava, tão certa, tão intensa, tão específica, só reiterava isso. Laura era perfeita e Filipo era sortudo demais, era sorte demais que ela o amasse e o fodesse assim. Nunca encontrou nenhuma outra pessoa que sabia fazer com seu corpo o que Laura fazia, que o conhecia tão bem, que sabia exatamente que botões apertar. Cada movimento dos lábios e da língua dela eram milimetricamente feitos para ele.

Filipo já estava gemendo antes, mas com Laura de fato chupando, seu clitóris inchado e sensível sendo sugado e lambido por ela, a ponta da língua o esfregando, Filipo decidiu que ela era sua definição de céu e de inferno ao mesmo tempo, uma linha muito tênue, quase inexistente, separando uma coisa da outra. Ele amava tanto Laura, tanto, tanto, ela era tão perfeita, tão incrível, tão sua.

— Tá tão gostoso, Laura. Tão… tão gostoso, meu deus.

Filipo desceu a mão direita, buscando o cabelo dela no escuro. Segurou firme só por um segundo, sem intenção nenhuma de guiá-la, só pela sensação de estar com a mão ali, de sentir a pele dela, de ser dela. Acabou com essa mão apoiada no ombro dela, buscando um ponto de apoio só para se manter inteiro, para não perder a noção do próprio corpo e do corpo dela, para não derreter completamente de tesão e desespero.

A outra mão estava inquieta: esfregava o lençol, depois movia para trás da cabeça como apoio, passava no peito, puxando as presilhas nos mamilos de leve, depois voltava para o lençol. Filipo estava rendido, perdido, ou, talvez, encontrado. Ter Laura entre suas pernas era a melhor das sensações existentes.

— Ah, Laura…

Ela chupava tão bem, com tanto gosto e vontade. Filipo não ia aguentar muito, não mesmo. Não com a língua dela tão boa na ponta de seu clitóris, não com os lábios dela sugando devagarinho, não com as mãos dela unhando suas coxas. Quase queria dizer obrigado para ela. Obrigado por ter a boca mais perfeita e chupar buceta como ninguém e por me dar os melhores orgasmos e ser a mulher mais incrível do mundo inteiro. Ou algo assim, com certeza mais bem articulado, menos nublado de tesão, mas ainda muito verdade.

Laura parou de chupar e esfregou os dedos na buceta dele, melando e molhando. Enfiou um, que logo viraram dois, mas sem pressa nenhuma. Metia devagar, tudo parecendo muito calculado, muito estratégico. Cada movimento dela gritava Laura, gritava o jeito dela de cuidar dele, de colocá-lo em seu lugar.

— Seu gosto é… — Laura provavelmente estava chupando os dedos, fazendo sons estalados e soltando risadinhas. — Me faz querer te comer inteiro, Filipo.

Ela voltou a chupá-lo muito rápido depois disso, com mais urgência, mais vontade e pressa. Filipo gemia sem segurar, deixando o prazer e sua voz e suas reações se misturarem todas, deixando a boca de Laura ser tudo que importava no mundo inteiro. Ela puxou de novo a correntinha, uma grande sacanagem, e de novo, e Filipo já tinha perdido a noção de si quando gozou tremendo na boca dela, gemendo o nome dela, morrendo inteiro por ela e para ela e só dela. Laura continuou lambendo, continuou apertando as coxas dele com as unhas, continuou até a respiração dele se acalmar um pouco, mas só um pouco, porque não poderia mesmo deixá-lo completamente em paz.

Laura se levantou sem aviso.

— Vou botar a cinta. Vou te comer, Filipo.

E Filipo estava sensível, mas não dava a mínima. Ele queria, queria muito que ela fizesse o que bem entendesse, queria explodir. Queria, mais do que nunca, que Laura o engravidasse. Queria desafiar a ciência e carregar um bebê que sua mulher meteu nele com um pau de borracha. Queria que ela gozasse dentro dele, o infernizasse, o refizesse inteiro, reescrevesse sua história e toda a sua vida. Apesar de pensar tudo isso, Filipo só conseguia emitir sons graves que poderiam ser grunhidos se isso fosse um livro erótico e não sexo comum em um quarto de motel caro.

Filipo a amava. Filipo a amava e estava transtornado.

Abriu mais as pernas para ela, sem saber a posição que ela ia preferir, mas querendo deixar claro o quanto era dela, o quanto ela podia, que tudo era permitido.

Laura não demorou a voltar para perto. Filipo sentiu exatamente o momento em que ela sentou de novo entre suas pernas, o peso da cama mudando, sua ansiedade multiplicada.

— Seu clitóris… é minha perdição, Filipo.

Ele segurou mais um xingamento, desesperado, quando ela esfregou o seu clitóris de novo na ponta dos dedos, masturbando. Filipo estava tão sensível, muito sensível, e se remexia instintivamente. Não queria fugir dos dedos dela, mas não conseguia ficar quieto também. Laura logo substituiu os dedos pela cabeça do dildo, esfregando-a na buceta dele. Deslizou fácil, descendo até a entrada e subindo até o clitóris, depois descendo de novo.

— Você tá tão molhado. — Ela enfiou a cabeça um pouquinho só, quase um teste.

Ai, caralho, Laura. — As palavras saem baixinho, um suspiro que Filipo é incapaz de verbalizar com mais força.

Ela se move e enfia mais um pouco, talvez meio dildo, talvez menos.

— Não passei lubrificante nenhum. Filipo você é… impossível.

Ele estava desnorteado. Não reconheceu o dildo, não era parecido com nenhum que já tinham, então provavelmente era um pau novo. O desconhecido diante de si ficou ainda maior e Filipo se perguntou o quão grande era, o quão grosso era, quão fundo ela meteria… se iria doer. Estava tão melado e molhado e quase em pânico, morreria de tesão se doesse um pouquinho também.

Laura meteu primeiro de frente mesmo, entre as pernas dele, devagar. Parecia querer que Filipo sentisse cada centímetro entrando e, por deus, ele adorou cada segundo, cada pedacinho, cada movimento. Ela saia e entrava tão lento, tão gostoso, tão intenso, ainda que devagar. Mas essa paciência não durou muito, jamais duraria, e logo Laura segurou uma das pernas dele pra cima, encaixando em um ângulo melhor e ela meteu tão, tão fundo, e Filipo finalmente sentiu o tamanho inteiro do dildo, a ponta do pau tão dentro dele que ele tinha certeza que era o maior de todos que ela já usou com ele. Era tão terrivelmente bom e Filipo e sentia tão cheio, tão preenchido e Laura metia tão, tão gostoso.

Laura era tudo que importa, tudo que existia, e estava nua, ele sentia, ele sabia. A pele dela esfregava quente contra a perna dele, os peitos dela roçando em sua panturrilha e era absurdo, desesperador demais, era bom, bom demais. Laura o elogiou, porque era assim que ela fazia e porque ele gostava, ela sabia. Bom, Filipo, muito bom. Ela continuou metendo nele. Uma buceta tão boa a sua, tão boa. Subiu a mão pela barriga dele e puxou a correntinha, misturando ainda mais dor e prazer, como se fosse possível. Mamilos tão sensíveis e gostosos de maltratar… Você é inteiro uma delícia de maltratar. Subiu arranhando o peito dele, aproveitando o quanto ele era flexível e bem alongado, e deu a ponta dos dedos para ele lamber. Uma língua tão boa e uma boca tão, tão obediente.

Filipo tombou a cabeça para trás, abandonando os dedos dela, sem se aguentar.

— Laura, porra, Laura, porra, porra.

Filipo já não registrava nada direito, mas ela continuou metendo tão bem, tão fundo. Ele estava desnorteado de tesão e aproveitou para mexer levemente os quadris, se abrindo mais pra ela, ajustando a ângulo só mais um pouco e permitindo que ela fosse ainda mais fundo e porra, não parecia ser possível ficar ainda mais delicioso, mas continuava ficando mais delicioso.

— Isso, isso, assim, isso. 

Filipo sentiu lágrimas tentando fugir dos olhos e ficando paradas no tecido da venda. Ele só queria gozar, queria tanto, tanto gozar, precisava gozar ou iria explodir, não dava mais para aguentar, esperar, não sabia quanto tempo mais de Laura assim, dentro dele, era capaz de suportar.

— Goza pra mim, Filipo — ela murmurou na hora certa, como se conseguisse ler a mente dele, como se soubesse de cada pensamento que o atormentava, e Filipo era obediente demais, desesperado demais, dela demais para não reagir inconscientemente.

Filipo gozou tremendo, gemendo o nome dela repetidas vezes, as duas mãos agarrando os lençóis com força, os gemidos ecoando nas paredes. Laura, Laura, ah, Laura. Dela, ele era inteiro dela, só dela, só dela. E mesmo fraco, mesmo exausto, mesmo cansado, ele queria mais, claro que queria mais. Continuou rebolando no pau dela, já querendo pedir que ela fosse de novo, que continuasse, que não se importasse com o cansaço dele.

— Você precisa jantar. — Ela tentou argumentar. — Não comeu nada antes de virmos para cá.

Filipo ignorou e continuou mexendo o quadril, rebolando no dildo, mas Laura ditava as regras e se afastou, tirando o pau de dentro dele. Filipo protestou sem nem pensar:

— Laura! — Fez um biquinho mimado e birrento.

— Você vai jantar. Se não por boa vontade, porque to mandando.

Filipo cruzou os braços sobre o peito, indignado.

— E se reclamar demais vou te fazer jantar e vou dormir, Filipo.

Ele arrancou a venda dos olhos, decidindo dar um fim naquela brincadeira. Morreu ali um pouquinho, vendo a sua mulher, sua esposa, Laura, nua, linda, impossivelmente linda, o cabelo um pouco grudado na pele pelo suor, os mamilos rijos e os peitos fartos, a cinta ainda encaixada no corpo, a sua mulher, a mulher mais linda do mundo inteiro. Quem queria enganar, mataria o capeta se ela mandasse.

— Vou jantar. — Aceitou. — Mas só porque preciso de energia.

Laura riu.

— Vamos os dois fingir que não é porque você é um bom garoto obediente, Filipo.

É isso! Um xêro e um queijo,

Kodinha

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