Cachorrinha - Só uma rapidinha

vem aqui que agora eu to mandando vem meu cachorrinho a sua dona tá chamando

Boa noite safadinhes!!!

Esse mês foi um caos completo do lado de cá e por muito pouco a gente não ficou sem rapidinha. Mas eu queria muito escrever essa história e quando cismei que daria certo, fiz dar certo (porque sou meio doido, 100% doido). Postaram no twitter essa imagem no começo do mês e ela passou obviamente a morar num triplex na minha cabeça sem pagar aluguel. Eu sabia que só estaria satisfeito quando escrevesse algo sobre ela, e a ideia demorou, mas veio.

Agora vocês vão conhecer Maria Alice, submissa, coisinha, desbocada, e Katrina, sua Lady, uma dama, a fonte de todo o seu terror e de todo o seu tesão.

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Cachorrinha

domme e sub, degradation, ela senta que nem um cachorrinho, essa bunda bonita foi feita pra apanhar, inspecting (leve), desbocada (positivo) (porque ela ganha exatamente o que quer)

— Nem fodendo — Maria Alice parou no meio do caminho, ainda a uns dez passos de distância de sua domme.

— Você não está onde mandei, coisinha — Katrina não se deu o trabalho de responder o susto de Maria Alice.

Maria Alice estremeceu. Se ajoelhou, depois ficou de quatro e engatinhou na direção de Katrina. A domme sorriu, parecendo satisfeita, e descruzou as pernas, abrindo espaço para sua submissa se ajoelhar ali. Maria Alice não conseguiu evitar olhar de novo para o que a assustou, o novo adereço encaixado na bota de Katrina que ela desmontava lentamente. Uma espécie de harness que segurava um dildo sobre o peito de seu pé, e uma varinha mágica apoiada em sua perna. Katrina tirou o dildo e o deixou de lado, depois tirou também a varinha, mas manteve o harness. Maria Alice encarava cada movimento sem conseguir desviar o olhar. Se Katrina acreditava que ela sentaria ali, estava redondamente enganada.

— Foco, coisinha — Katrina estalou os dedos na frente dela, o que nunca era um bom sinal.

Maria Alice se ajoelhou, a coleira pendurada no pescoço, os seios a mostra, sem calcinha, meias pretas semitransparentes nos pés. Exatamente como Katrina gostava. Tentou não olhar pra baixo de novo, mas estava ciente de que ainda iriam discutir sobre a novidade em breve. Também tinha quase certeza de que perderia essa discussão.

— Fez tudo que devia fazer hoje?

— Sim, Lady — Maria Alice apoiou a cabeça na perna de Katrina, sem olhar nos olhos, mas ainda evitando olhar pra baixo.

— Liste pra mim — Katrina afagou os cabelos dela, tirando os que tampavam seu rosto.

Maria Alice respirou fundo e limpou a garganta antes de começar.

— Lavei e pendurei as minhas roupas, limpei as coisas do gato, almocei minha marmita no horário exato, fiz as minhas horas de trabalho também. E terminei a apresentação que nem era pra hoje, mas consegui adiantar.

— Hm… Bom, muito bom. — Katrina pareceu pensar por um segundo. — E você se depilou?

— Sim! — Maria Alice correu em se corrigir. — Sim, Lady. A máquina nova é perfeita, na verdade. Obrigado, era exatamente o que eu queria.

Katrina segurou Maria Alice pelo queixo e ergueu seu rosto, parecendo tentar ler nele alguma coisa que Maria não sabia o que era.

— Deita e me mostra como ficou.

— Aqui?

— Sim.

— No chão?

— Sim, coisinha. No chão, aqui, agora. Pare de me questionar.

Maria Alice teria vergonha de admitir em voz alta o tesão que sentiu quando Katrina fechou a cara e ficou séria enquanto ordenava. Não que fosse fã de deitar no chão, mas gostava de obedecer. Gostava mais ainda quando Katrina falava assim com ela, irritada com a desobediência, prestes a decidir puni-la.

Ela arredou um pouco para trás ainda de joelhos e depois tombou o corpo pro lado, se sentando. Se apoiou nos cotovelos antes de deitar, e por fim deixou o corpo ceder sobre o piso gelado. Ao menos estava gelado, era um alento naquele tempo quente.

— Abra as pernas.

Maria Alice abriu as pernas, os joelhos dobrados, imaginando o que sua Lady estava pensando ao vê-la assim.

— Boa garota. — Katrina sorriu, parecendo gostar da vista, e Maria Alice derreteu um pouco no chão. — Se mostra pra mim, use as mãos.

Maria Alice respirou fundo antes de descer as mãos entre as pernas, se abrindo com a ponta dos dedos, deixando seu clitóris e a entrada e tudo bem visíveis para sua Lady. Seu coração batia com força no peito, seu olhar incapaz de desviar do dela, medindo, sentindo, buscando a aprovação.

Katrina se levantou e passou a bota — a outra, o pé que estava livre — pela parte de dentro da coxa esquerda de Maria Alice. O couro escorregou contra sua pele em uma sensação engraçada que a fez querer rir, mas ela não ousaria.

— Ficou ótimo, coisinha. Ótimo. — A voz de Katrina sempre fez Maria Alice delirar. Ela queria se rastejar pra ela, se entregar pra ela, deixar que Katrina tomasse o controle de tudo que quisesse. — Senta.

Maria Alice se apoiou de novo nos cotovelos e sentou sobre os joelhos, o rosto na altura das coxas de Katrina. Olhou pra cima, pros olhos dela, e se sentiu levemente ridícula por estar excitada com uma inspeção tão pequena, tão sutil. Não pensou muito, entretanto, porque Katrina estendeu os dedos e fez um carinho em sua cabeça.

— Boa garota. Está tão obediente hoje… Achei que teria trabalho com você. — Katrina deu um passo estratégico, colocando a bota com o harness pra frente. O olhar de Maria Alice vacilou. — Me dá sua coleira.

Ela pegou a guia que estava solta entre os seus peitos e levantou a mão, entregando para sua Lady. Não conseguia parar de desviar o olhar para a bota, para o harness, para o que ela já sabia que acabaria fazendo, embora ainda não conseguisse se imaginar fazendo. Como diabos ela deveria fazer isso? Precisaria se agarrar à perna dela como um cachorro carente?

— Foco, coisinha. — Dessa vez Katrina puxou seu cabelo para trás, erguendo sua cabeça. Maria Alice riu, um pouco maníaca, um pouco maluca, mas adorando a sensação. — Ah, está se divertindo, é?

— A-ham — Maria Alice provocou.

Queria um pouco mais daquilo. De força, de ordens, de humilhação, por que não? Queria ser colocada no seu lugar. Se iria terminar a noite engalfinhada na perna de Katrina, que ao menos estivesse descompensada de tesão.

Katrina ergueu a mão que segurava a coleira, deixando Maria Alice permanentemente com a cabeça inclinada para trás, o olhar fixo em sua domme. Katrina pareceu pensar por um segundo.

— Vai me foder ou vai ficar só olhando? — Maria Alice provocou mais, só porque podia.

Katrina fechou a cara, parecendo irritada.

— Abre as pernas. — Katrina não desviou o olhar de Maria Alice, esperando, e a garota obedeceu. — Bom. Quero que desça sua mão e sinta como você está. Que descreva cada detalhe, coisinha.

Maria Alice até tentou resistir, mas estremeceu ainda assim quando passou os dedos pelo clitóris.

— Eu tô… — Mordeu o lábio, respirou fundo. — Tô molhada, muito molhada. — Maria Alice se esfregou mais, o dedo circulando ao redor do clitóris. — Sensível, mas ainda não muito. — Pinçou o clitóris e segurou um gemido. — Um pouco duro, mas… — Sorriu, olhando fixamente pra Katrina antes de terminar a frase: — honestamente? Acho que você pode fazer melhor do que isso.

Katrina sorriu de volta, um sorriso quase diabólico.

— Levanta a mão e lambe seus dedos. — Katrina ignorou a provocação com elegância dessa vez, sem demonstrar nem um grau de irritação. — Chupa direitinho, coisinha. Com essa boca boa e safada.

Maria Alice não discutiu, mas só porque gostava daquilo. Levou os dedos até a boca com satisfação e lambeu com vontade. Olhou pra Katrina o tempo todo, sugando a ponta dos dedos, passando a língua, sentindo seu gosto e gemeu de satisfação. Maria Alice ainda não estava entregue, mas queria tanto, tanto estar. Queria incomodar Katrina até que ela a deixasse completamente entregue, quase a força, se fosse necessário.

Quando Maria Alice terminou de lamber os dedos, um a um, Katrina repetiu a ordem:

— Faz de novo. Me conta como está agora.

Esse jogo lento era gostoso, tão gostoso. Maria Alice desceu os dedos de novo e dessa vez demorou a falar. Esfregou seu clitóris, adorando a sensação, adorando se tocar, adorando como estava molhada e sensível. Só gemeu baixinho, o olhar vacilando, as pernas trêmulas, os dedos pinçando o clitóris, escorregando até sua entrada.

— Não falei pra se masturbar. — Katrina puxou a coleira, chamando a atenção de Maria Alice e interrompendo o que ela fazia. — Limpa esses dedos.

Maria Alice, no fundo, era obediente. Ou talvez… obediente quando a interessava. Lambeu tudo de novo, ainda mais intensamente que antes, ainda mais gostoso, ainda mais melado. Se sentia gostosa… poderosa, talvez? Ainda que não estivesse no comando, ainda que fosse só uma coisinha.

— Você é uma delícia insuportável, coisinha. — Katrina comentou, os olhos brilhando. Maria Alice gostou de ouvir exatamente o que estava pensando. Gostou que sua Lady visse o quanto se sentia safada e exibida e gostosa. — Fica de quatro pra mim.

Katrina soltou a guia, deixando espaço pra Maria Alice se mover, e ela obedeceu sem questionar dessa vez. Se afastou um pouco para trás ainda ajoelhada, depois inclinou o corpo para frente, empinando a bunda e abrindo um pouco as pernas.

— De primeira? — Katrina deu a volta ao redor dela e parou perto de sua bunda. — Talvez eu nem precise ser tão dura assim… com você sendo tão fácil e tão dócil. — Ela estava nitidamente debochando de Maria Alice.

— Está pensando em me recompensar por ficar de quatro? Já foi mais exigente, minha Lady. — Maria Alice devolveu ácido de volta, a língua mais atrevida do que o corpo comportaria ser punida. Não importava muito.

O tapa veio sem aviso, mas com força. Acertou o lado direito da bunda de Maria Alice, que gemeu no automático como a safada que ela realmente era. Mais um, agora do outro lado, e Maria Alice nem conseguiria discutir ou explicar o porquê de ter aberto mais as pernas e empinado mais a bunda. Era safada e oferecida e gostava de apanhar, só isso, nada mais.

Maria Alice queria pedir pra ir de novo, mas não teve tempo. Katrina se ajoelhou, apertou suas nádegas com as duas mãos, abriu sua bunda e começou a lamber seu cu. A língua molhada, esfregando, lambendo, um beijo grego tão gostoso, tão melado. Ela esfregou os dedos na buceta de Maria Alice, deslizando fácil da sua entrada até seu clitóris porque ela estava muito molhada. Tão gostoso, Katrina fazia tudo — absolutamente tudo — ser tão gostoso.

— Você não merecia isso, viu coisinha. — Katrina parou pra falar e pareceu aproveitar o momento pra descer mais um tapa.

Contraditório, Maria Alice pensou. Katrina voltou a lamber e merecendo ou não era bom pra caralho, era delicioso demais, era a melhor das sensações. Era o céu e o inferno e tão intenso e tão safado e tão pornográfico, de certa forma, as duas no chão da sala molhadas e suadas e Maria Alice com a bunda aberta enquanto Katrina metia a língua no seu cu, as duas gemendo e suspirando e sofrendo. Maria Alice queria morrer, se possível.

— Não, não merecia isso, nada disso, desbocada desse jeito, malcriada desse jeito. — Katrina fez outra pausa, respirando fundo, arfando enquanto falava.

Ela continuava segurando a bunda de Maria Alice com força, exibindo tudo, os dedos tão apertados mesmo sem unhas grandes deixava marcas. Maria Alice se sentia vista, tão vista, inteiramente, como se essa posição e estar sendo segurada e a coleira e o chão e tudo mais fossem só somatórios da coisinha safada e sexual que ela era. Do brinquedo tarado e incontrolável.

— Porra… — Maria Alice gemeu, sem aguentar segurar mais, quando Katrina passou a lamber sua entrada, descendo até o seu clitóris devagar. Ela estava tão, tão molhada e tão pronta. Queria tanto ser fodida, queria muito ser fodida, e só parecia restar a humilhação de choramingar. — Porra, aí, continua, mais, mais, porra, porra.

Katrina parou imediatamente.

— Ah, coisinha… — Mais um tapa, quase milimetricamente no mesmo lugar dos outros. Era bizarro, queimava, mas era tão, tão bom. — Você sabe exatamente quando e onde vai ter mais, não sabe?

Katrina falou murmurado, ainda com a boca tão perto de Maria Alice, o ar quente que ela soprava arrepiando tudo. Maria Alice empinou mais a bunda, como se isso fosse sequer possível, abriu mais as pernas, e desmontou de vez quando Katrina voltou a lamber seu clitóris com uma calma que nem fazia sentido.

Katrina se moveu um pouco, parecendo trocar de posição, e Maria Alice não entendeu bem por quê. Sentia o vazio de estar sem o toque dela, sem a língua dela, sentia seu clitóris pulsando em antecipação e desejo e descontrole, mas tudo fez sentido quando sentiu também, ao mesmo tempo, Katrina lambendo sua buceta e esfregando seu cu com a ponta dos dedos, pressionando sua entrada.

— Por favor — Maria Alice murmurou baixinho porque queria tanto que Katrina enfiasse mesmo esse dedo, que a fodesse pra valer, de verdade, com força, até ela ver estrelas e esquecer o próprio nome.

— Já está implorando? — Katrina pareceu dar risada. — Não é assim que se faz, se estiver, coisinha.

Ela enfatizou o coisinha com gosto nos lábios, o que obviamente fez Maria Alice querer retrucar, irritada com o jogo e com o tesão e por não gozar.

— Se você quer que eu implore então me faz implorar, minha La-dy. — De propósito, enfatizou o nome dela com a mesma entonação, o mesmo deboche, a mesma graça.

Não dava nem pra dizer que ela não mereceu o que aconteceu.

— Você não pode gozar, coisinha. — Katrina enfiou o dedo enquanto falava, metendo do jeitinho exato que Maria Alice queria, e ela soube instantaneamente que fez merda.

Maria Alice sabia que seria torturada, sabia que o final dessa noite só poderia ser um, sabia que ia terminar como a cadelinha que verdadeiramente era, rebolando no pé de Katrina, agarrada à sua perna, gemendo e choramingando e implorando pra poder gozar, pra poder gozar ao menos uma vez. Maria Alice sabia disso e se odiou um pouquinho por ser tão bocuda, mas estava com tesão demais para completar qualquer pensamento. Só fez gemer, rebolar no dedo de Katrina, empinar a bunda e inclinar mais e mais o corpo pra frente.

— Isso, sim, Lady, sim, isso.

Katrina deu risada, parecendo satisfeita, e enfiou mais um dedo. Maria Alice quis morrer. Morrer talvez acabasse com tudo aquilo, talvez a libertasse da constante sensação de que iria explodir, de que não iria aguentar. Morrer talvez liberasse o tesão enjaulado dentro de si, que parecia tanto querer romper a sua pele e mastigar a sua carne de dentro pra fora. Era um tesão infernal, delicioso, gostoso demais, absurdo demais.

Katrina continuou metendo nela, mas se mexeu um pouco. Se posicionou ao lado de Maria Alice, apoiando o peso do corpo em um dos joelhos, a maldita bota bem do lado da cara dela.

— Se você gozar sem autorização, coisinha, vai passar um mês só podendo gozar na minha bota. — Katrina sorriu com malícia. Aí não, porra. — Mas se tudo acontecer como eu suspeito que vai, depois da primeira vez você vai tomar gosto pela coisa. — Katrina continuava metendo com a mão esquerda, o movimento tão gostoso, e abaixou o tronco, falando mais perto do rosto de Maria Alice. — Vai tomar gosto e pedir pra rebolar no meu pé, coisinha. Safada e putinha desse jeito, incontrolável, insaciável. — Katrina sorria tanto e Maria Alice quase não conseguia olhar, porque o sorriso diabólico dela dava mais tesão ainda. — Sexo de cachorro pra minha cachorrinha tarada.

Porra, porra, porra, maldita, filha da puta. Maria Alice xingava todos os palavrões possíveis dentro de sua mente, mas não conseguia falar nenhum. Não era mais nada além de coisinha a essa altura, só servia pra gemer, pra rebolar, o rosto tão colado no chão que a bochecha doía, a bunda tão empinada que a coluna chegava a doer, os joelhos afundados no chão que cobrariam o preço no dia seguinte.

— Me toca direito. — Maria Alice formulou a frase com muito custo, irritada, sentindo o tesão molhando as coxas.

— Não te ouvi, coisinha.

— Não consigo gozar assim, você sabe. — Maria Alice estava transtornada de tanto tesão. Não aguentava mais, não aguentava mais um segundo daquilo. — Você sabe, tá me torturando de graça, porra.

Maria Alice sentiu lágrimas nos cantos dos olhos. Gemia tanto que a garganta arranhava, a boca seca. Precisava gozar, precisava mais do que tudo gozar.

— Tô mesmo. Você gosta, não finja que não. — Katrina não parou em nenhum momento. Seus dedos se mexiam em Maria Alice, acertando todos os lugares certos dentro dela, deixando-a sempre tão perto do orgasmo, mas nunca deixando ela gozar. — É o que você é, coisinha. Safada e obediente, no fundo. Discute como uma desbocada só porque gosta de apanhar.

Katrina voltou a se posicionar atrás de Maria Alice, mudou um pouco a posição dos dedos e desceu mais um tapa. Era desajeitado, tudo meio sem ritmo, talvez menos fraco do que poderia ser, mas não fazia diferença nenhuma a essa altura.

— Você bate boca como se não gostasse, como se não fosse feita pra ser usada, pra ser fodida, pro meu prazer, coisinha. Como se não fosse minha pra eu fazer o que eu quiser.

Mais um tapa, e mais outro, e Maria Alice sentiu o coração parar por um segundo quando percebeu que talvez gozasse assim, de verdade, pra valer, pela primeira vez. Era assustador, assustador pra caralho, e, em especial, errado. Puta merda, puta merda, puta merda.

— Lady… por favor, minha Lady, por favor, por favor. — Maria Alice sentia o rosto todo molhado pelas lágrimas, as coxas molhadas de tesão, o clitóris sensível até ao ar, por deus.

— Você sabe o que pedir se quiser gozar, coisinha.

A porra da cinta na bota, a porra da cinta, a porra do caralho da cinta na porra da bota dela. Inferno, inferno, inferno. Maria Alice choramingava alto, tão alto, delirando de tesão, tão entregue que se Katrina tivesse ciência exata do quanto, talvez soubesse que poderia destruí-la ali mesmo. Maria Alice nem teve mais forças para se irritar quando percebeu que Katrina sabia disso e já estava a destruindo, ali, naquele momento, com quase nada.

As lágrimas não paravam de rolar pelas bochechas de Maria Alice, molhando o chão, seus gemidos já saiam desconexos da garganta, agudos, descontrolados. Ela levou as mãos pra cima, esfregando o próprio rosto, desesperada, com a certeza de que gozaria assim, que realmente era possível gozar assim, só com os dedos dela fodendo seu cu e a ideia de que seria punida, a ideia de que teria que se agarrar à perna dela, a ideia de ser uma cachorrinha desesperada, entregue, insaciável. Só com a ideia de que, no fundo, era esse sexo que ela merecia, olhada de cima, choramingando e implorando pra gozar.

— Lady eu acho que vou, eu acho, eu vou, eu…

Katrina parou de novo, de uma vez. Tirou os dedos e se afastou, deixando Maria Alice ainda mais irritada, agora vazia, tão perto e tão longe do orgasmo. Que filha da puta, filha da puta maldita. Katrina nem disse nada. Só levantou, passou ao redor dela e voltou para o sofá. Maria Alice viu só a sombra dela pelo canto do olho, mas não se moveu. Não sabia se conseguia ou se queria ou se podia. Escutou cada coisinha que Katrina fazia e sabia exatamente o que ela estava fazendo. Seu coração acelerou ainda mais, disparado, e nem parecia humanamente possível.

Katrina voltou e parou na frente de Maria Alice dessa vez.

— Pode sentar, coisinha.

Maria Alice estava arrepiada e tensa na mesma medida. Ansiosa, sentia os dedos tremendo, o coração nervoso, os lábios secos. Passou a língua neles por costume, mas não era suficiente. Tentou se levantar devagar e sentar sobre os joelhos, mas estava cansada e o corpo cedeu, fazendo-a cair de bunda no chão. Olhou pra cima, depois pra baixo, depois pra cima de novo. Diante da cinta, do dildo e da varinha, hesitou.

— Quer gozar ou quer ficar assim o resto da noite? — Katrina estava falando gentilmente. Era óbvio, porque estava fazendo a gentileza de deixar Maria Alice gozar assim, e só assim.

A merda é que Maria Alice queria gozar. Precisava gozar. Estava surtada demais, arrepiada demais, desfeita demais, morrendo de tesão e frustração. Irritada pra caralho. Se não gozasse, ia dormir puta, tinha certeza, e seria uma merda acordar no dia seguinte também.

— Quero gozar — murmurou, a voz não mais do que um sussurro.

— Não ouvi, coisinha.

Maria Alice tossiu. Que merda, que inferno, que caralho.

— Quero gozar, Lady.

— Bom…

Katrina se mexeu, a bota livre para trás, a bota com o dildo e a varinha mágica pra frente, mais perto ainda de Maria Alice.

— Ligue o vibrador e goze, então. — Katrina estava sorrindo de novo. A filha da puta estava sorrindo de novo. — Vou só assistir, você que se faça gozar.

Maria Alice tremeu com cada palavra dela. Inferno. Olhou pra bota de novo, pra cima de novo. Por alguma razão, quando se imaginou sentando, no meio delírio do seu tesão, não pensou no que precisaria deixar de ser tocada, esperar Katrina montar tudo de novo e então sentar naquela cinta, sentar no pé de Katrina. Não imaginou que seria algo que faria consciente, embora não estivesse tão consciente assim. Por alguma razão achou que tudo aconteceria automaticamente, não pensou na transição, achou que sentaria em êxtase, surtada, sem controle.

Se Maria Alice fosse um pouquinho mais paranoica, acharia que Katrina estava rindo dela, mas sabia que não era exatamente isso. Katrina também estava morrendo, disso Maria Alice tinha certeza. Não era muito sobre gozar ou não gozar, era mais sobre o controle, sobre ver Maria Alice se render e encarnar completamente a coisinha, sobre conseguir o que queria, assistir o que queria, causar as sensações que ela queria. Katrina dormiria satisfeita de ver sua coisinha gozando e choramingando e implorando exatamente como mandou, então não ria dela, não de verdade. Sorria para ela, por ela, em uma eterna provocação e garantia de que seria atendida.

Então Maria Alice esticou o braço e apertou o botão que ligava a varinha mágica. O barulho alto do motor vibrando ecoou em sua mente e ela sabia que o único jeito de abafá-lo era sentando nele, se esfregando contra ele. Não tinha mais volta, não tinha mais o que desistir. Maria Alice já não tinha mais neurônios o suficiente em si para fingir que não queria isso.

Se iria para o inferno, que abraçasse o capeta.

Ergueu a ponta de sua guia e entregou para Katrina, que segurou, enrolando a ponta em sua mão.

E então… então Maria Alice fez o que se imaginou fazendo muitas e muitas vezes desde o começo da noite. Tirou forças de algum lugar para se ajoelhar, ergueu o corpo sobre o pé de Katrina e segurou o dildo com uma das mãos. Alinhou com sua buceta e sentou de uma vez. Sem se esfregar, sem se preparar, sem dar a chance de desistir, também.

Foi tão imediatamente recompensada que quase se arrependeu de não ter feito isso antes. O dildo era perfeito, o mais perfeito de todos. Levemente curvado na ponta, grosso como ela gostava, não grande demais. O dildo era perfeito e Katrina era perfeita, fodia bem demais, tão bem, até mesmo quando… Porra, até quando Maria Alice estava aos seus pés, se esfregando tão desesperada e necessitada. O vibrador da varinha só piorava a situação, vibrando diretamente em seu clitóris, apertando, fazendo vibrar até a base do dildo, que estremecia dentro dela quanto mais ela rebolava.

Maria Alice desistiu de se apoiar nos joelhos. Mudou sua posição, sentando de vez no pé de Katrina, as pernas ao redor da perna dela. Sem saber direito onde colocar os braços, ela se agarrou a coxa de Katrina. Era grossa e gostosa de apertar, um bom apoio quando se segurava, e, odiaria admitir, mas isso era bom pra caralho.

Ali estava ela, finalmente entregue, definitivamente rendida, gemendo como se nunca antes tivesse gozado, como se estivesse esperando por esse momento há anos, como se sua vida dependesse desse orgasmo.

— Agora sim, coisinha. — Katrina passou a mão no cabelo de Maria Alice e puxou a guia dela, fazendo-a olhar para cima. — Meu cachorrinho, minha, minha coisinha.

Maria Alice rebolou e gemeu mais quando ouviu isso, o pau fundo dentro dela, o clitóris tão inchado e sensível que parecia impossível aguentar mais tempo.

— Isso, coisinha, isso. Geme, choramingue, implore pra gozar. — Katrina não parava de falar, parecendo tão satisfeita, tão… feliz.

Maria Alice só aí percebeu que estava chorando de novo, lágrimas escorrendo pelas bochechas, gemido atrás de gemido escapando de sua garganta, virando um lamento, choramingando de novo, desesperada.

— Só vai faltar latir, coisinha.

Maria Alice choramingou ainda mais só de imaginar, sem saber se isso seria demais, se isso seria cruzar alguma linha que não sabia se estava pronta pra cruzar e que talvez cruzasse mesmo assim. Pior, que talvez gostasse de cruzar.

— Me deixa gozar, Lady. — Maria Alice começou a implorar de verdade, porque não sabia mais o que fazer além disso. Katrina abriu a boca, mas nem teve tempo de falar. — Por favor, por favor, me deixa gozar, por favor, eu quero tanto, eu quero tanto gozar, por favor, por favor, por favor, por favor.

Maria Alice continuou murmurando por favor e por favor enquanto rebolava com mais força no pé de Katrina, as unhas enfiadas na coxa dela, os peitos sensíveis se esfregando no tecido da calça, tão perto de gozar, tão perto, tão tão perto. Precisava, precisava disso, precisava ou iria morrer ali, melada, molhada, humilhada, rendida e sempre, sempre uma coisinha.

— Você pode, coisinha, se me agradecer enquanto gozar. — Katrina fez uma pausa. — Agradeça sua Lady por te deixar gozar no meu pé.

Katrina mal teve tempo de terminar de falar. Maria Alice sentiu o orgasmo em partes do seu corpo que nem sabia que existiam, começando no seu ventre e se espalhando nas coxas, nas pernas, no tronco, nos seios, nos braços, os dedos formigando, a cabeça aérea, a vontade de gritar entalada na garganta.

Obrigada, obrigada, obrigada. — Os murmúrios eram baixos, meio desconexos, sem ritmo, um delírio completo. — No seu pé, obrigada, obrigada, porra, obrigada, porra, porra, caralho, ai, ai, caralho, porra, obrigada. — Maria Alice não tentou formar frases, só gemeu e murmurou e continuou se esfregando, querendo mais um, mais um por favor, de novo, bem rápido, sem parar. Precisava de mais, mais, mais e mais.

— Duas vezes, coisinha? — Katrina afagou a cabeça dela com uma gentileza que não fazia sentido com o desespero de Maria Alice. Sua domme parecia tão satisfeita. — Você consegue gozar de novo pra sua Lady? Que cãozinho bom você é.

Maria Alice nunca se imaginou gozando ao ouvir alguém a chamar de cãozinho, mas a vida tem dessas coisas mesmo. Parou de rebolar e só deixou o corpo apertado contra o vibrador da varinha mágica, gemendo de fato como uma cadela, talvez quase ganindo, sem saber se murmurava obrigado ou outra coisa, palavrões, gritos, gemidos, um delírio e desespero que não tinham começo ou fim.

Ficou ali tremendo e gemendo por um tempo que não soube contar até que Katrina passou a mão entre sua perna e o corpo de Maria Alice e desligou o vibrador. Maria Alice não se moveu, ainda agarrada a perna de Katrina, ainda aérea, ainda sofrendo.

— Que gostoso, coisinha. Eu sabia que você não iria me decepcionar.

Se conseguisse completar um pensamento, Maria Alice teria respondido com um filha da puta.

Como sempre, se quiserem falar sobre, minha DM está aberta e o straw também! Você também pode responder esse e-mail e falar diretamente comigo ;)

É isso! Um xêro e um queijo,

Kodinha

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