#5 - Pintocórnio- Só uma rapidinha

Quer sugerir algum tema para as próximas edições? É só conferir esse formulário: https://forms.gle/Br8iFmpo2YXB5Cnh8

Fala galera, muito boa noite

Eu estava MUITO ansioso para essa edição, vou confessar.

Quase dei a louca e mandei uma edição extra no meio da semana, sem nem avisar, mas me segurei muito firme até o dia de hoje com a fofoca guardadinha.

Na semana passada, tivemos uma votação e as sáficas pediram MUITO por esse texto. E como já dizia o Mr Catra: Uma rapidinha mamada e um copo d'água não se nega a ninguém.

Para melhorar, eu trago a novidade: teremos marcadores do Só uma rapidinha! E a primeira forma de conseguir um vai ser na Bienal de São Paulo, nos dias 2 e 3. Então se você for aparecer por lá, e quiser um marcador, é só me procurar :D A segunda... você guente aí, que semana que vem te conto essa fofoca em primeira mão, PROMETO.

E uma das ilustrações (sim, UMA DAS) que compõe esse marcador é desse conto!

O tema inicial foi enviado no formulário, e era:

Sáficas testando apetrechos sexuais

E a ilustração e o texto vocês podem conferir:

Pintocórnio

Os dedos dela estavam tão gostosos dentro de mim. Eu tava muito molhada, e ela era tão gostosa de olhar, de tocar, de sentir. Lari tinha lábios deliciosos, não importava se era na minha boca, nos meus peitos ou no meu clitóris.

— Tá tão gostoso meu bem, continua — falei baixo, a voz misturando arfados e gemidos.

Eu tremia. Ela continuava com os dedos dentro, o dedão esfregando meu clitóris, a boca lambendo meus mamilos, subindo pelo meu pescoço, mordendo minha orelha.

— Tenho uma surpresa…

Senti tudo em mim contrair em antecipação. Quente. Tudo tão quente. O que era. Surpresa. Que delícia. Tão gostoso. O que era.

— O que é? — suspirei.

Inferno. Meu quadril estava se mexendo sozinho, empurrando contra a mão dela, desejando mais forte, mais fundo, mais intenso.

— Vou ter que parar um pouquinho pra pegar. Cê aguenta esperar?

Sim. Não. Por favor. Não para. Pega logo. Inferno. Inferno.

Subi um pouco na cama, saindo dos dedos dela.

— Vai lá, to curiosa.

Ela levantou e foi mexer no guarda roupa, na outra ponta do quarto. Em uma das gavetas baixas, fora do meu campo de visão. Só vi uma luz roxa brilhando forte, depois se apagando com o som da gaveta voltando pro lugar. Lari escondeu algo nas costas e se aproximou de volta.

A meia luz, eu via pouco do contorno do corpo dela, mas sabia que ela estava sorrindo sem precisar ver de fato.

— Preparada?

— Uhum.

Lari estendeu as mãos, e soltei um grito alto ao notar o pinto em formato de chifre unicórnio em sua mão, edição especial que brilha no escuro.

— AI. MEU. DEUS. O PINTOCÓRNIO. VOCÊ COMPROU O PINTOCÓRNIO!

— Feliz aniversário! — ela disse, voltando com o corpo por cima do meu na cama.

E me beijou, o pintocórnio meio gelado entre nós duas, mas todo o resto queimando gostoso. A língua molhada na minha, os dedos ao redor do meu cabelo, a perna apertando no meio da minha e se esfregando gostoso.

Abri mais as pernas, feliz. Ansiando. Molhada. Escorrendo. Antecipação. Inferno. Inferno.

— Vamos testar?

Em situação de sofrência

Eu to APAIXONADO nessa arte. Gaby Panzito é tudo no meu coração, e trabalhar com ela é sempre uma alegria imensa.

Tô bastante feliz de voltar a escrever, de conseguir de novo moldar esses cenários e mover a minha cabeça e potencialmente a de outras pessoas através da arte.

Muitas vezes já tive vergonha do que eu escrevia. Mesmo que ninguém nunca tenha dito nada diretamente para mim, é fácil notar como o discurso puritanista e higienista da comunidade LGBTQIA+ vem e volta. E a própria existência dele cria uma pressão (visível ou não), e eu sou uma pessoa muito ansiosa e preocupada por natureza (alô, terapia).

Enquanto pensava sobre os marcadores, e ilustrações, e a própria existência da newsletter, mais de uma vez me peguei encarando o teto do meu quarto e me questionando. Questionando minhas escolhas e decisões.

(Ironicamente, sou ao mesmo tempo a pessoa que se sente temerosa de estar cruzando alguma linha fictícia e a pessoa que não se vê nem capaz de cruzar essa linha. Mas esse é desabafo pra outro momento).

Mas ainda tô feliz de ter tomado a decisão de fazer a newsletter. Feliz de ter feito os marcadores. Feliz DEMAIS com as ilustrações.

E o resto... que se foda, eu acho. (Mais fácil falar do que fazer, é).

Me alonguei na reflexão de hoje, mas a real é que ando sempre pensando pensamentos sobre arte e erotismo. Inclusive, tô sempre aberto pra bater um papo sobre o assunto.

Mas vou ficando por aqui!

Continuem seguros, e usem camisinha :)

Até semana que vem,

Koda

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