#30 - O canto dos pássaros - Só uma rapidinha

Professora x mestranda se pegando no mato

Bem vindos de volta à sua newsletter de putaria local!

Tá tudo bem? Hoje vamos começar mais quente e a coisa vai ir só degringolando ladeira abaixo, sem chance de voltar atrás. Se você estiver vivo ao final desse texto, eu peço encarecidamente que não me mate! Juro que não fiz por mal?

Com o lançamento do Só uma rapidinha — o livro (você pode comprar aqui) eu quase não consegui ler nada e estou ainda terminando os mesmos livros dramáticos desde o começo de janeiro. Vou guardar o jabá para a próxima edição, porém vou fazer um pequeno um comentário: a newsletter não parou em dezembro/janeiro!

Os textos de dezembro e janeiro foram enviados em segundas-feiras e deu pra perceber que esse não é um dia tão legal assim para envios. Se você perdeu alguma edição ou quer conferir o que foi lançado nos últimos meses você sempre pode dar uma passadinha pelo site: rapidinha.kodagabriel.com.br.

Mini auto jabá feito, vou direto falar da rapidinha de hoje!

Duas semanas atrás abri uma caixinha de sugestões no instagram e uma pessoa sugeriu “bruxas”. Fiquei automaticamente tentado, mas resolvi levar essa sugestão para um caminho diferente do usual.

Para construir a rapidinha de hoje tomei emprestado um universo criado pelo meu amigo pessoal Wellington. Ele também tem um blog e uma newsletter, que recomendo bastante! Conversei com ele por várias horas sobre as personagens, a proposta, a ambientação e o que cada uma fazia da vida. No fim esse texto é, pra mim, uma co-autoria total. Uma honra poder navegar o universo criado pelo Wellington e espero que vocês gostem da UFLN tanto quanto eu! Ou, ao menos, do que iremos conhecer dela hoje.

O canto dos pássaros

Todas as vezes que elas voltavam para o trabalho de campo Camila precisava relembrar o quanto era diferente estar no laboratório com Jennifer, sua mestranda, e estar ali no meio do mato. Os corredores da UFLN — Universidade Federal de Lugar Nenhum — eram caóticos e barulhentos, e todo tipo de experimento e estudo, mágico ou não, causava muito barulho. Em especial, estando dentro do laboratório com ela, Camila conseguia sempre saber exatamente o que a mestranda estava fazendo, não importando se elas estavam lado a lado — Jennifer colhendo amostras e Camila catalogando e apoiando com conhecimento técnico — ou em cantos diferentes da sala, cada uma fazendo suas próprias coisas. No fundo Camila já tinha se acostumado até com o som do teclado de Jennifer, que causava conforto no coração da professora.

No mato, as duas sempre passavam a maior parte do tempo em silêncio, aguardando. Vez ou outra havia espaço e assunto para conversas simples, mas, durante o dia, o silêncio seria quase uma terceira pessoa entre as duas não fosse o canto mágico dos pássaros migratórios que elas estavam estudando.

A música dos pássaros estava por toda parte, do nascer até o pôr do sol, e enquanto Camila usava todo o seu conhecimento registrando o canto e a magia, Jennifer fotografava aparições, desenhava rascunhos e colhia todo tipo de informação visual necessária do ambiente. Em outra época do ano elas também pegariam alguns dos pássaros para identificação, estudo e anilhamento, mas não dessa vez. Mesmo Camila sendo uma das estudiosas mais renomadas do país no ramo, ainda era época de acasalamento e as leis de proteções ambientais eram rígidas. Em novembro elas escutavam, fotografavam e desenhavam, e só.

No silêncio do mato, o que orientava Camila em relação à Jennifer era a mesma coisa que permitia identificá-la nos corredores e laboratórios mesmo que ela não falasse nada: seu perfume. Jennifer estava sempre usando algo suave e cítrico, inebriante e até um pouco sensual, de certo modo. Não importava onde, se Jennifer entrava em uma sala onde Camila também estava, a professora sempre sabia. O calor e o suor da floresta inclusive intensificavam o cheiro. Sempre que ela se movia, mesmo que pouco, mais notas da fragrância ficavam evidentes e chamativas.

Camila não percebeu logo de cara que estava pensando muito em Jennifer, muito mais do que gostaria. Mesmo assim, lá estavam os pensamentos, indo e voltando com o vento do começo da tarde, ficando mais incontroláveis toda vez que elas se esbarravam.

As conversas de manhã e durante o almoço foram muito amenas, relacionadas ao trabalho ou a coisas aleatórias do dia a dia. Em nenhum momento, entretanto, Camila conseguiu fazer passar os pensamentos sobre a mestranda, seu cheiro e seu corpo. Um questionamento muito específico não a deixava em paz, inquieto, e várias vezes as palavras subiram até a ponta da sua língua, mas não foram ditas. Havia apenas o silêncio, as duas e os pássaros. Uma tensão não falada morava nos cantos, sentada com elas naquela lona sobre o solo, inquieta e causando calafrios em Camila.

Um bom tempo depois, o som do lápis de Jennifer retirou Camila de um transe. Era algo constante quando elas estavam assim, isoladas e quietas, e a professora se deixava consumir pela magia dos pássaros. Jennifer já tinha aprendido a não interferir, então deixou. Camila, no entanto, ficou um pouco assustada dessa vez porque perdeu a noção do tempo. Normalmente isso não seria ruim, mas ela tinha planos, vontades e desejos que estava cansada de ignorar. Ela deu dois toques no relógio em seu pulso que anunciou com vibrações que eram quatro e seis da tarde.

— Você apagou de novo — Jennifer comentou, evidentemente segurando um riso sob a voz.

— Eles estão cantando sobre amor, sabia? É difícil não se perder quando você escuta coisas tão lindas e apaixonadas.

— Nunca vou entender como você sabe identificá-los tão bem. Mesmo enxergando eles eu às vezes nem consigo ter certeza do que estou vendo, e você só pelo som sabe até o que eles estão falando.

— Certeza é uma palavra forte. — Suspirei.

— Confio na sua opinião de especialista.

— Nem todos confiam.

— Quem não confia não importa, honestamente. — A voz de Jennifer saiu ríspida, mas não era direcionado a ninguém em específico. Camila entendeu o que ela quis dizer mesmo assim, e sentiu o coração batendo mais forte ao ver seus trabalhos mais controversos serem defendidos por Jennifer.

Elas estavam bem perto, a ponta dos joelhos se tocando, e parecia que todo o sangue do corpo de Camila estava concentrado naquele ponto, latejando e ansiando. Lá estava de novo a vontade de falar, perguntar, gritar alguma coisa. Implorar, se fosse necessário.

— Jennifer…

— Hm.

— A roupa que você estava usando ontem de noite, quando a gente estava vendo filme… Era muito macia. Deve ser gostoso de usar.

Jennifer deu uma risadinha baixa que Camila não soube como interpretar.

— Era uma camisola. É mó bonita, sabia? Azul-marinho bem escuro, o tecido é bem fresquinho e a parte de cima é pura renda. Ela tampa sem tampar, honestamente. Fico quase com os peitos de fora.

Cada palavra que ela dizia era como um tiro entrando no sistema de Camila, alimentando um corpo sedento e faminto. A mera ideia de que Jennifer esteve ao lado dela com uma roupa tão intrigante e exposta por horas fez sua mente flutuar. Tudo que ela precisava ter feito era esticar a mão. Tocar. Camila sentiu os dedos formigarem e só então notou que estava apertando os punhos sobre o colo, como se segurasse nas mãos o próprio desejo e inquietação. Ela não tinha certeza se devia, mas pensou demais na renda, na camisola, no tecido macio, nas coxas, nos seios, na Jennifer que estava sentada do seu lado nesse exato momento, coberta inteira com roupas de campo, bem diferente de ontem.

— Eu… — Camila começou, mas hesitou. Com coração dentro da boca, continuou: — Me pergunto qual a sensação da renda. Contra a sua pele, digo. Queria saber como é, tocar, sentir.

Silêncio.

O fim de tarde se aproximava e era como se os pássaros estivessem aguardando o desenrolar da cena, porque até eles se calaram. A floresta entrou em pausa, aguardando. Camila achou que fosse morrer até ouvir Jennifer sussurrar:

— Posso te mostrar depois.

O coração de Camila deu saltos no peito e ela sentiu seu colo se esquentar, a sensação se espalhando pelo corpo como mel envenenado. Ela se moveu devagar na direção de Jennifer, ansiosa, e acabou esbarrando o pé no gravador que elas sempre deixavam ativo, armazenando os sons para análise futura. Nesse momento, também, gravando enquanto Camila flertava descaradamente com sua mestranda. Esse áudio precisaria ser ouvido muitas e muitas vezes, recortando cada pedaço, catalogando por espécie e adicionando ao acervo do laboratório. Só a ideia de escutar sua própria voz repetindo que queria sentir a renda contra os seios de Jennifer fizeram Camila recuar de volta para o seu lugar, envergonhada.

O dia acabou e outro começou sem que Camila conseguisse falar mais nada. O desejo estava lá: quando se sentavam para assistir alguma coisa no fim do dia, cansadas, mas coladas sobre o pequeno sofá da casa do campo; quando Jennifer a abraçava por muito mais tempo do que o aceitável logo antes delas dormirem; quando Jennifer achava que Camila não sabia, mas aparecia no cômodo em que a professora estava e não dizia nada. Apenas ficava ali, parada, como se estivesse juntando coragem. Ou era isso que Camila queria acreditar, de qualquer forma.

Na manhã seguinte, antes de saírem, elas estavam escovando os dentes no único banheiro da casa. O silêncio era quebrado pelo barulho das escovas, constante e ritmado. Depois de lavar a boca, Camila perguntou:

— Você pode passar protetor solar em mim?

— Você passa em mim depois? Esse espelho é uma bosta, não ajuda em nada — Jennifer nem pensou antes de responder.

Camila queria acreditar que isso não seria difícil, mas a sensação da mão quente de Jennifer contra as suas bochechas, testa, queixo e pescoço era desesperadora. Ela se esforçou para conter os suspiros que queria dar, ainda mais sabendo que Jennifer estava com o rosto tão perto do dela, o corpo tão colado no dela. Quando acabou Camila quase se sentiu vazia por um segundo, levemente desnorteada. Como se o calor dos dedos da mestranda fossem um norte, uma direção na qual seguir.

— Suas mãos são macias — Camila comentou baixinho.

Não disse o restante de seus pensamentos porque eram profanos demais para serem proferidos em voz alta. Não disse que queria sentir essas mãos escorrerem pela sua cintura, queria senti-las nos seios, nos mamilos, no quadril, nas coxas, apertando e deslizando. Queria sentir os dedos contra si até perder o controle de si mesma.

Não disse.

Ao invés disso, estendeu a mão direita para que Jennifer colocasse um pouco do protetor e com a esquerda foi traçando o contorno do rosto dela. Uma mão seguindo a outra: testa, desvia dos olhos, bochechas, queixo, pescoço, clavículas, costas. A esquerda, sem produto, escorregou mais de uma vez pelos lábios de Jennifer sem querer, sutilmente, e Camila quase se sentiu mal, mas não durou nada. O fogo dentro dela era maior do que qualquer detalhe.

Quando Jennifer se virou para que Camila terminasse a região das costas, a professora aproximou as duas, colando os corpos, explodindo por dentro e por fora, sua respiração soprando forte contra os ouvidos da mestranda. Sussurrou baixo, muito baixo, como se tentasse esconder do mundo inteiro o que ia dizer:

— Será que você é toda macia assim?

O ar parou, denso. Camila sentiu o corpo inteiro formigar ao ouvir um suspiro longo de Jennifer, seguido de uma risadinha.

— Se está tão curiosa, por que não dá um jeito de descobrir?

Camila soltou uma risada desajeitada, nervosa. Sabia que esse caminho não tinha volta, era uma passagem somente de ida. Tudo demonstrava que Jennifer também queria o que quer que isso fosse, mas a leve ansiedade que se instaurava no estômago da professora sempre a impedia de dar o passo final, de puxá-la pelos braços e selar os lábios das duas.

O dia passou, então, sem muitos problemas. A mente de Camila estava atulhada de pequenas e grandes coisas, mas toda vez que ela entrava na floresta a maioria das situações se tornava insignificante. A maioria, mas não Jennifer, que se fazia presente como um mosquito barulhento que quebrava as chances de Camila se concentrar de verdade em qualquer outra coisa. Ela estava ali, mas não verdadeiramente ali, e perdeu boa parte da manhã e da tarde pensando e repensando seus desejos, se deixando levar por eles quase que na mesma medida que os reprimia.

Quando elas voltaram para a casa, pela primeira vez ainda era dia. Decidiram tomar banhos rápidos e sentar na varanda para aproveitar o pôr do sol, o céu laranja e bonito que normalmente Jennifer descrevia para ela de dentro da floresta, não de fora. Enquanto se vestia, Camila repetiu para si mesma que não estava escolhendo aquele vestido por ser curto e de fácil acesso, e que não estava torcendo para que Jennifer fizesse o mesmo tipo de escolha sábia quando fosse se vestir. Claro que não. Ela só queria sentir o vento nas pernas e minimizar o calor no seu corpo, claro.

Quando saíram, Jennifer estendeu a canga sobre a grama e elas se sentaram lado a lado, ombro colado no ombro. Camila sentiu o ventre se aquecer só de sentir o perfume da mestranda, a sensação da pele dela contra a sua um lembrete quente e macio.

— Perdemos — Jennifer comenta.

— Ah, sério? Sinto muito. — Camila, de verdade, sentia muito. Gostava de ouvir a forma apaixonada como Jennifer descrevia as coisas que estava vendo, como se cada uma delas fosse uma preciosidade por si só.

— Nah, tá tudo bem. O céu está cheio de estrelas hoje, bem bonito também.

Camila não falou nada por alguns segundos, se concentrando nas sensações, no cheiro e na própria ansiedade. Bastava um movimento. Só isso.

— Gosto quando você fala das coisas. Todas elas parecem infinitamente mais importantes toda vez que você abre a boca para descrevê-las. — O tom de Camila era sério, mas afetuoso.

Jennifer soltou um suspiro mais uma vez, e mais uma vez Camila não soube como interpretar. A paciência de Camila estava se esgotando. Não com Jennifer, que não tinha como ser direta sobre uma pergunta que nunca foi feita, mas consigo mesma. Com a sua dificuldade de movimentar e só fazer alguma coisa.

Em um surto de coragem, ela esticou a mão direita e a encaixou no pescoço de Jennifer, fazendo um carinho com a ponta dos dedos. Escutou bem baixinho mais um som indecifrável, mas nenhum protesto. Ainda insegura, ela se virou na direção de Jennifer e apoiou a cabeça no ombro dela.

Apenas se ouvia o som da respiração das duas, a de Jennifer levemente descompassada.

Se sentindo mais confiante, Camila encostou os lábios na clavícula de Jennifer, que finalmente soltou um suspiro que tinha cara de prazer, e só prazer. Então Camila aproveitou e espalhou mais beijos: nos ombros, demorados e quentes; no pescoço, tão molhados que mais pareciam lambidas; suspiros quentes contra o lóbulo da orelha, mordidas leves, mas agonizantes.

Elas estavam muito próximas agora e Camila se inclinou ainda mais sobre Jennifer para murmurar:

— E aí?

Ela não precisou dizer mais nada. A pergunta foi feita pela metade, mas a resposta veio com voracidade. Em menos de um segundo, Jennifer estava sentada sobre as pernas de Camila e a puxou para um beijo sedento. Camila abriu um sorrisinho de satisfação, orgulhosa de si mesma, mas a vontade de Jennifer era desesperadora.

Ela também estava de vestido, agora dava para notar, ou talvez com a mesma camisola do dia anterior. A calcinha era fina e não disfarçava em nada os pontos molhados que se espalhavam por ela e agora estavam encostados na coxa de Camila, enquanto Jennifer se esfregava sem parar.

Eram muitas informações, mas Camila gastou tempo o suficiente pensando em tudo aquilo para conseguir aproveitar mais e se desesperar um pouco menos. A concentração que a faltou em todos os dias anteriores estava ali agora, determinada: primeiro, os lábios firmes, o beijo molhado e intenso, quase como se Jennifer estivesse tentando engolir Camila inteira; segundo, as mãos que ela agora tinha sobre os seios de Jennifer, confirmando a camisola, a seda realmente causando uma sensação infernal ao ser tocada sobre os mamilos rijos da mestranda; terceiro, as coxas grossas ao redor das pernas de Camila, a forma como ela rebolava o quadril e se aproveitava da fricção que a calcinha causava.

Camila não queria que Jennifer fosse rápido demais, não via motivo para a pressa se elas poderiam transar tão lento e tão devagar quanto quisessem, por quantas horas quisessem. Ela se soltou do beijo e desceu os lábios de novo pelo pescoço, clavícula e foi na direção dos seios de Jennifer. A mestranda se afastou por um segundo e puxou a camisola por cima dos ombros de uma só vez. Camila decidiu fazer o mesmo e subiu o próprio vestido com facilidade. Jennifer soltou um gemido baixo assim que percebeu que a professora estava completamente nua por baixo da peça, agora sem nada no caminho das duas.

— Eu… — Jennifer começou a falar, mas não terminou.

Camila se levantou de uma vez e puxou Jennifer consigo. Apertou os dedos na cintura dela, sentindo o desejo a queimando de dentro para fora, como um incêndio interminável e incontrolável. Ela era o próprio fogo e Jennifer um combustível terrivelmente inflamável. Camila sugou os lábios da mestranda mais uma vez, com sede, e logo escorreu a boca para baixo, descendo pelo colo dos seios, beijando os mamilos, lambendo a barriga e logo ela estava de joelhos como uma devota em adoração, como se Jennifer fosse o próprio sol.

Ela desceu a calcinha de Jennifer com facilidade e enfiou o rosto por entre as pernas dela, sentindo o cheiro doce ocupar toda sua mente. Camila lambeu e sugou o clitóris de Jennifer sem calma nenhuma, sentindo o gosto, abrindo espaço, determinada a arrancar com as unhas, se fosse necessário, cada resquício de sanidade que ela tinha.

A mestranda reagiu muito bem, quase obediente, gemendo baixinho primeiro, depois alto, deixando o som se espalhar pela floresta com a certeza de que ninguém poderia ouvir, de que ninguém iria atrapalhar, e o mundo inteiro ela delas, só delas, curvado ao prazer de duas mulheres fodendo no meio da floresta.

A voz de Jennifer assim, rouca e sofrendo, era mais do que música para Camila, era uma necessidade. Cada gemido só fazia com que ela quisesse mais e mais, provocando mais, se enfiando mais, lambendo mais. Camila sabia que estava também muito sensível, o mero passar do vento por entre suas pernas causando arrepios perigosos. Ela queria ser tocada, mas os gemidos de Jennifer a deixaram impaciente e voraz, então esticou os dedos até as próprias pernas, mas parou no ar ao ouvir:

— Não. Guarda pra mim. Eu quero te provar.

Jennifer resistiu muito pouco depois de falar, talvez o próprio desejo e vontade de sentir Camila tenha piorado sua situação. Ela gozou gemendo bem alto, com o nome de Camila na boca, causando todo tipo de arrepio e calor no corpo da professora, xingando todos os palavrões que conhecia em uma tentativa pífia de controlar o próprio tesão.

Camila lambeu tudo bastante sorridente, ainda com uma pequena parte de si que não acreditava estar realizando seus desejos ocultos. Sem acreditar que Jennifer não só queria tudo isso como parecia querer mais.

Quando se recuperou, Jennifer se sentou sobre a manta e puxou Camila sobre o seu colo, as pernas passadas ao redor de uma de suas coxas. Ela beijou as orelhas, a respiração ainda descontrolada, e perdeu muito tempo sugando o pescoço da professora, lambendo o suor que se espalhava ali. Ao mesmo tempo, apertou as mãos na cintura de Camila e mexeu devagar o quadril dela, esfregando seu clitóris molhado contra a coxa sem encontrar resistência nenhuma.

As duas estavam completamente perdidas.

Jennifer se demorou sugando os mamilos de Camila, um de cada vez, passando a língua, dando beijos, sem parar os movimentos contra a coxa. Camila estava enlouquecendo aos poucos, o corpo inteiro em brasas, desejando que o inferno chegasse de uma vez e a devastasse completamente.

O orgasmo veio rápido. Rápido demais, Camila pensou. Não por muito tempo, porque foi rápido, mas delicioso, molhado e quente. Ela queria se ajoelhar e lamber todo o líquido que sabia que estava nas coxas de Jennifer, queria sugar cada gota e depois beijá-la com vontade, misturando tudo que era delas nos lábios. Ela queria, mas não fez.

Ao invés disso, percebendo que o orgasmo não fez nem cócegas no seu tesão, se levantou de uma vez. Sem paciência para mais nenhum joguinho ou meias-palavras, disse:

— Jennifer, vamos entrar porque vou te comer.

Por favor… não me mate?

Eu sei, eu sei, eu deveria ter continuado, né? Pois é, eu deveria. O setor de reclamações, elogios, surtos e críticas é no curiouscat ou na minha DM.

Boa sorte dormindo hoje!

Um xêro,

Kodinha

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