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#28 - Tinker bell - Só uma rapidinha
Kinda monsterfucker, graças a deus
Bem vindes a primeira edição de 2023 da Só uma rapidinha!
ACORDEI NÉ E TALS, AÍ FUI NA COZINHA TOMAR UM CAFÉ E MINHA SOBRINHA VEIO CORRENDO ME ABRAÇAR PRA ME DAR BOM DIA, DEI LOGO UM CHUTÃO, JOGUEI NA PORTA, BOM DIA O CARALHO, HOJE É DIA DE FOFOCA, DIA DE MALDADE, DIA DE REVELAÇÃO ANTECIPADA DE CAPA E TEXTO GOSTOSO
Indicação da quinzena
Não existia nenhuma possibilidade de a indicação de hoje não ser essa: Doutrinando um bolsominion! Guarde seus julgamentos da capa e do título, viu? Eu ainda não li, mas, como a maioria das pessoas nas últimas semanas, peguei o livro no KU pelo meme. No mínimo parecia uma leitura divertida e engraçada, mas a pessoa autora surpreendeu absolutamente TODA a minha timeline, que esperava uma farofa e recebeu um PUTA LIVRO. Cheio de referências políticas brasileiras e um pornô bem escrito, atém de BDSM de qualidade. Sério, guardem o julgamento e leiam! Apenas os prints e threads de leitura da timeline já me conquistaram.
#VEMAI
Como mencionado na última newsletter do ano, enviada apenas para quem já era inscrito, terei um lançamento dia 31/01 de um compilado de rapidinhas! Textos que eram exclusivos do catarse, mais os textos de 2022 da newsletter e alguns inéditos. Todos expandidos, revisitados e revisados.
Estou fazendo uma contagem regressiva nas minhas redes sociais com trechos dos textos que aparecem no livro e tem sido muito legal a expectativa ao redor! Tô bastante animado e muito ansioso para ver a recepção geral.
Marquem na agenda REAL: 31/01 vem MUITO aí!
Hoje, monsterfucker
Estou querendo escrever mais coisas monsterfucker há um tempo, explorando esse universo que eu adoro. Até hoje, entretanto, eu li mais hqs do que livros nessa pegada, então ainda é um caminho arriscado. De qualquer forma fiquei feliz com o resultado inicial e espero que você também fique com tesão feliz! Bora?
Tinker bell
Ravi nem sempre soube que fadas não tinham asas. Crescer em uma família interiorana, em uma cidade que se comportava tal qual uma seita — expulsando todos os seres místicos, seja com agressividade ou má recepção —, e tendo acesso controlado à televisão e internet, sua infância e adolescência foram regadas de ignorância, no mínimo. Apesar dessa visão limitada de mundo que tentaram enfiar na sua cabeça, aquele canto do planeta que ele chamava de lar nunca pareceu suficiente. Ele queria conhecer outros lugares, outras culturas, ver as coisas com os próprios olhos e tirar as próprias conclusões.
Deu, ao mesmo tempo, muito cedo e muito errado. Ravi estava certo em acreditar que havia muito mais a se ver do que o mundo de depravação que seus pais tanto temiam, e mais certo ainda quando percebeu que depravação nem era ruim como tentaram fazê-lo acreditar. Infelizmente ele não contava com as reações extremamente agressivas à sua partida e chegou em Perdizas, a maior cidade do país, com uma mão na frente e a outra atrás.
Quando ele viu o anúncio de uma casa de prazer procurando por um segurança forte, não pensou duas vezes. Trabalho é trabalho e ele não precisaria ficar ali para sempre. Além disso, era só não se envolver com ninguém que não quisesse e tudo certo. O fato da casa de prazer ser a maior mistura de seres humanos e místicos que ele já tinha visto na vida foi uma surpresa, sim, mas ele fez de tudo para não demonstrar. Tentou não encarar os lobisomens, as succubus, os meio-dragão e todo o resto de pessoas, cujas origens ele desconhecia completamente.
O único choque que ele não conseguiu conter foi com fadas. Por alguma razão ele teve acesso a vários livros antigos na biblioteca da sua cidade natal que representavam fadas como seres fofinhos, pequenos e com asas translúcidas e essa imagem ficou presa no fundo da sua cabeça como um exemplo de ser místico. Então, quando ele viu uma fada pela primeira vez, sua boca se abriu em espanto. Esguia, de estatura média, cabelos e peles que mudaram de cor a qualquer momento, unhas pontudas, um sorriso diabólico e demoníaco, uma leitura de gênero que não fazia nenhum sentido e parecia ser adotada pela maioria das fadas, misturando pronomes, nomes e roupas… E um rabo! A fada tinha um rabo! Comprido e fino, totalmente funcional.
Demorou um bom tempo até Ravi descobrir que as asas eram mágicas, e mesmo depois disso ele nunca viu um par à mostra. Alguma coisa com guardar a visão da forma completa de uma fada para momentos e pessoas importantes, ou algo assim, e ele não podia se importar menos… até conhecer Kai.
Ravi balançou a cabeça, afastando as memórias de sua infância e dos últimos meses que sempre apareciam quando ele e Kai se aproximavam demais na academia. Uma coisa era lidar com a atração que sentia pela fada no ambiente de trabalho, onde nada poderia ser feito porque Ravi era o segurança e Kai um dos streapers mais procurados da casa de prazer — como todas as fadas com seu magnetismo maníaco e os sorrisos infernais eram. Outra era lidar ali, na academia, em ambiente neutro e aberto. Saber que ele fazia todo tipo de coisa por dinheiro não afastou em nada o desejo de Ravi, mas pagar um colega de trabalho para resolver essa atração não era algo que ele estava disposto a fazer.
Ravi suspirou. Parecia muito melhor se concentrar nos movimentos de perna no aparelho do que deixar seus pensamentos divagarem. Se concentrar e dar uma olhada no peitoral liso de Kai, que sempre malhava sem camisa, como se soubesse que estava testando a sanidade do segurança.
Mais de uma vez Ravi se questionou se não devia trocar o horário em que malhava para encontrar menos com a fada, mas sair do trabalho quando o sol estava nascendo e ir direto para academia era o único ritual que ele sentia acalmar seu coração o suficiente para que a noite — ou, tecnicamente, o dia — de sono fosse bom. Separar brigas, afastar extremistas religiosos e chutar a bunda de agressores e predadores era a sua rotina e deixava seu corpo elétrico e ligado. Sem esse momento calmo e focado em gastar energia era quase impossível que ele desligasse o modo alerta e, muitas vezes, agressivo, que precisava manter no trabalho.
Funcionava surpreendentemente bem. Mesmo Ravi tentando ao máximo não deixar a mente divagar muito, com medo dos lugares que poderia acessar, bastava ele perder alguns segundos encarando Kai malhando as pernas que mais uma vez seus pensamentos iam para lugares indesejados. Ou desejados, depende do ponto de vista. Ver o short curto que a fada usava o fez pensar em cenas muito específicas que ele já presenciou: Kai agarrado ao pole dance, as coxas fortes e bem aparentes; Kai fazendo uma dança sensual no colo de um milionário chifrudo — literal e figurativamente.
No fim, Ravi sempre acabava pensando no dia em que foi pago para acompanhar um ricaço dentro do quarto, que queria segurança, mas discrição. O dia em que ele teve oportunidade de ver Kai de todos os ângulos possíveis, dando de pernas abertas e gemendo, mas passou as seis horas da sessão… virado para a porta, encarando a madeira. Ele ouviu tudo, claro. Em certo ponto da noite ficou com tanto tesão que teve medo de gozar nas próprias calças, mas não olhou. Ele tinha sido convidado para guardar e não para assistir, então seguia regras simples. Que só existiam na sua cabeça, sim, mas simples.
Ravi começou a se sentir desconfortável. Ficar de pau duro na academia era diferente de ficar de pau duro no trabalho. Com as roupas grossas de segurança era fácil disfarçar a ereção, mas o short que usava para malhar deixava muito evidente quando ele estava excitado. O humano fechou os olhos, tentando se concentrar no aparelho e nos exercícios, mas a última coisa que ele viu foi Kai levantando pequenos pesos com o rabo, com uma expressão séria no rosto e os lábios apertados. Vê-lo treinando o rabo sempre fazia Ravi pensar nas outras coisas que a fada provavelmente fazia com o rabo, e isso piorou a situação.
Era uma benção que ninguém estivesse na única academia 24h da cidade naquele momento, o silêncio sendo quebrado apenas pelo som dos aparelhos que eles utilizavam e de pesos batendo. Enquanto trocava de posição, Ravi tentou ajeitar o próprio pau dentro do short, mas se arrependeu. Ao invés de ajudar, ele agora parecia ainda mais duro e sensível.
Não pela primeira vez, Ravi se perguntou se deveria pedir demissão e procurar outro trabalho. Talvez assim a culpa de pagar muito bem para que Kai virasse ele do avesso de tanto foder soasse menos errada dentro da sua cabeça. Ele afastou esse pensamento, porque era completamente insano. A casa pagava bem e ele não tinha do que reclamar. Trocar de emprego seria loucura.
Kai se sentou em um aparelho vizinho ao de Ravi e o humano perdeu seu resto de sanidade. A pele da fada estava esverdeada e os cabelos vermelhos, suor escorrendo pelo rosto e pelo peito dele. Ravi imaginou uma sequência obscena em que ele poderia levantar, se ajoelhar poucos centímetros ao lado de onde estava agora e lamber as gotas de suor diretamente do corpo de Kai. Só o pensamento do gosto salgado o estremeceu dos pés até a cabeça.
Ravi percebeu que talvez fosse hora de tomar um banho quando notou que já estava há quase um minuto parado, apenas encarando o quadril de Kai e tentando decidir se o que ele estava vendo era um volume no shorts da fada ou apenas imaginação da sua cabeça. Ele nunca soube exatamente como eram os órgãos sexuais de fadas, nem teve coragem de perguntar. Desistiu de pesquisar há muito tempo porque sentiu que era como invadir a privacidade de outra pessoa, mesmo que isso nem fizesse muito sentido.
O humano finalmente se levantou, desconfortável e visivelmente excitado, e caminhou até os banheiros, se perguntando se conseguiria se masturbar devagarzinho sem ser ouvido. Ele só precisava gozar, só precisava imaginar um pouco o que Kai faria com ele e se tocar até gozar para que o desconforto passasse.
Enquanto ele arrancava a blusa do corpo, entretanto, Kai entrou no banheiro. Ravi travou o inteiro, envergonhado e sem saber o que fazer. Desistiu de tirar os shorts ali, ou ficaria muito claro o que estava acontecendo. Se demorou mexendo na mochila, fingindo que estava procurando o sabão e sua toalha, e só decidiu se virar de volta quando ouviu o som da água sendo ligada.
Pensou que estaria seguro com Kai fechado em sua cabine, mas ele não estava fechado em sua cabine. A fada estava de frente, com a porta aberta, se molhando na água e encarando diretamente os olhos dele. Ravi tentou segurar o olhar, mas era inútil, e percorreu o corpo inteiro de Kai várias vezes. O peitoral era conhecido, forte, mas não enorme, e bem liso. Mas ele perdeu tudo mesmo ao olhar para o quadril de Kai. Ele tinha uma buceta, era evidente, mas também tinha o maior clitóris que Ravi já tinha visto em toda sua vida, inchado e duro, saltado para fora como se estivesse pedindo para ser tocado e sugado. O rabo estava casualmente enrolado na canela de Kai, que sorria de um jeito nada angelical.
Ravi não sabia o que fazer.
Àquela altura era impossível esconder o volume no short ou disfarçar o quanto ele estava excitado, mas ele não se moveu. Sua mente disparou um milhão de perguntas e questionamentos ao mesmo tempo: Vou? Não vou? Devo? Não devo? Aquilo era um convite ou ele só estava se exibindo?
A pele de Kai lentamente mudou para um roxo claro e seus cabelos acompanharam a estética, indo para um azul bem escuro. A fada desceu a mão até o próprio clitóris e começou a se tocar com as pernas meio abertas. Mesmo com a distância entre eles dava para ver os líquidos melando os dedos dele, que deslizavam com muita facilidade.
— Você vem ou vai ficar só me olhando, Ravi Lopes?
O estômago dele se revirou só de ouvir a voz arrastada da fada o convidando para entrar. Mesmo assim, ele não se moveu de imediato. Ficou encarando, quase hipnotizado, enquanto Kai continuava se tocando como se estivesse se preparando, se exibindo inteiro. Quando acordou do transe, Ravi arrancou os próprios shorts e entrou na água quente.
Passou as mãos ao redor do pescoço de Kai e juntou os lábios deles com vontade, agoniado com o próprio tesão. A língua de Kai se enroscou na língua do humano, as unhas escorregaram forte pelas costas, e Ravi não conseguia parar de pensar em como o corpo da fada era quente, muito quente, quase mais quente que a própria água.
Ravi queria muito tocá-lo, senti-lo nos dedos, mas não conseguia parar o beijo. O rabo de Kai abriu caminho entre os dois com facilidade, como se ele já tivesse feito isso um milhão de vezes — provavelmente fez — e se enrolou com maestria no pau de Ravi. Desde que chegou na cidade o humano já tinha feito muitas coisas, mas ser masturbado por um rabo — e gostar desesperadamente disso — era uma novidade. Ele respirou forte e deu um pequeno passo para trás, ainda sem parar os beijos, e Kai aproveitou o espaço entre eles para esfregar o pau de Ravi no seu clitóris, sem parar de masturbá-lo.
O humano estava se sentindo fraco e descontrolado, ambos gemendo baixinho com os olhares grudados um no outro. Era impossível continuar assim, Ravi estava enlouquecendo e murmurou:
— Kai… — Sua voz estava baixinha, por um fio. — Kai, eu quero te comer.
A fada deu uma risada gostosa, arrancando tremores do fundo da alma de Ravi.
— Então come, caralho.
Ravi não aguentava mais, então deslizou para dentro de Kai com uma facilidade que era agonizante, e a risada morreu nos lábios da fada tão rápido quanto surgiu. As bochechas coraram, tons de roxo se espalharam pelo rosto dele, e Ravi continuou os movimentos, segurando a cintura da fada e trazendo para mais perto.
Kai sussurrou no ouvido do humano “Também vou te comer, tá?”, e Ravi não tem tempo de processar antes de sentir o rabo de Kai se arrastando pela sua perna, subindo, e esfregando sua entrada devagar. Não parecia possível que Ravi sentisse mais tesão, mas continuava aumentando e aumentado.
Nunca, em toda sua vida, ele pensou que estaria naquela situação, comendo uma fada que comia ele ao mesmo tempo, debaixo de um chuveiro de academia, de porta aberta e tudo, podendo ser vistos por estranhos. Tudo era quente, abafado e intenso. Ravi sentia o corpo explodindo, a sensação era de que a morte viria antes do orgasmo.
— Me avisa quando for gozar, querido.
Ravi não sabia se era capaz, não de maldade, mas porque não conseguia racionar. Seu corpo estava fora de controle, se movendo sobre Kai que continuava enfiando o rabo nele com vontade. Ele estava desesperado, tremendo e sofrendo.
— Eu vou… Eu vou… — ele tentou falar, mas a voz saiu cortada.
Kai sorriu e se ajoelhou, seu rabo esticado ao máximo para continuar os movimentos dentro de Ravi. A fada engoliu o pau dele inteiro de uma vez, o olhar fixo para cima, queimando de tanto tesão. Ravi gozou desesperado, tremendo, e Kai parecia decidido a tirar cada gota de porra de dentro dele. Continua sugando, masturbando e enfiando o rabo até Ravi achar que ia desmaiar.
Por um breve segundo, sem saber se estava imaginando coisas de tanto gozar e de tanto tesão, Ravi viu uma leve aura arroxeada ao redor de Kai e o que ele poderia jurar que era um par de asas opacas saindo de suas costas. Em um piscar de olhos, desapareceu. Ravi se apoiou na parede do chuveiro, cansado e tonto. Kai, ainda de joelhos, limpou um pouco de gozo do canto da boca.
— Vamos de novo?
Se quiser deixar um feedback, já sabe: curiouscat!
Um xêro!
Kodinha
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