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#26 - Nude certo na hora errada ou nude errado na hora certa? - Só uma rapidinha

friends to fuckers?

Bom dia/boa tarde/boa noite! 

Sejam bem vindes de volta ao Só uma rapidinha! Se essa é sua primeira vez, não se preocupe. Aqui você pode pegar o bonde andando sem nervosismo, porque todas as edições são histórias independentes.

As tags do dia são: friends to fuckers, mlm, trans, pwp (é justo adicionar a tag pwp se todo o conceito das rapidinhas é ser só uma rapidinha? questões) (sim, eu sei que as tags do dia somem e aparecem aleatoriamente. É que às vezes eu não consigo pensar em boas!)

Indicação da quinzena!

Eu gosto muito dos livros da Camila Marciano, e nas últimas semanas li obsessivamente (em dois dias) o livro 2 e 3 da coleção Clube dos corações partidos! Os três contam histórias de casais se formando e passeiam pelo Stage, um clube BDSM central nas histórias. Não tem ordem definida, mas recomendo muito ler na ordem. Uma coisa que gosto demais nesses livros é como vários personagens são bissexuais, e vários se descobrem durante a história mesmo. Outra coisa que amo é ver os personagens pegarem os tabus uns dos outros e esmigalharem em pedacinhos. Você pode ler os três na amazon aqui (estão disponíveis no KU!).

Hoje: friends to fuckers?

Enquanto eu fazia um brainstorm de temas para próximas edições, uma ideia não fugia da minha cabeça: imagina só se um cara no meio da noite, super excitado, tira um nude e acaba enviando para o colega de casa? E se esse colega de casa visse esse nude e tivesse um treco? Com a ideia formigando a minha cabeça sem parar, ela acabou virando o tema dessa edição. 

Bora?

Nude certo na hora errada ou nude errado na hora certa?

Eu fiquei duro muito rápido. Foi só começar a pensar no Mateus, na vontade que eu tava de ver ele, nas mensagens que a gente estava trocando nas últimas semanas, nas fotos que ele tinha me enviado… foi só começar a pensar, e estava feito o estrago. Eu tava quase dormindo quando todos esses pensamentos me cercaram e logo ficar de bruços ficou desconfortável. Rolei na cama, tentando achar uma posição menos amaldiçoante, mas depois a cueca ficou desconfortável também, então tirei a roupa e comecei a me masturbar devagar. Pensar nele me deixava com água na boca, e nesse estado, desnorteado e sonolento, era ainda mais gostoso.

Acendi a luz de leitura que ficava ao lado da minha cama, sem querer levantar e acender a luz do quarto, e peguei o celular. Sem óculos, minha visão ficava levemente embaçada, mas mesmo assim consegui gravar um vídeo curto, enquanto continuava me masturbando, e enviei com a legenda pensar em você me deixa assim. Eu tinha uma imagem muito clara de uma cena na minha mente, em que ele se ajoelharia e colocaria meu pau inteiro na boca, ia lamber a cabeça, e… ai, porra, era muito gostoso pensar nele assim, imaginar o pau dele duro também, pensar em transar com ele de várias formas. Já estava até melado, e era bom pra caralho.

Do nada, uma batida audível na porta do meu quarto fez meu coração saltar do peito. Porra, que hora para o Theo aparecer. Ele não devia estar, sei lá, assistindo live na twitch ou qualquer coisa do tipo? Cobri meu quadril de qualquer jeito com as cobertas antes de gritar:

— Pode entrar.

A porta abriu devagar. Meu colega de casa entrou no quarto, primeiro olhando ao redor, e depois parou perto dos pés da minha cama. Theo tinha um brilho diferente no olhar, as mãos apertando as mangas compridas de um moletom grande e usava meias rosas de unicórnio. Seus cabelos caiam pesados sobre os ombros, cheios de um frizz que aparecia depois de passar um tempo contra o travesseiro. Esperei enquanto ele abriu a boca algumas vezes para falar. 

Meu coração ainda martelava no peito, um pouco assustado com a interrupção, mas meu pau nem se importou com a proximidade de outra pessoa e continuou duro embaixo das cobertas. Minha cabeça continulava ligada em tudo, reparando nos detalhes de Theo enquanto misturava lembranças e desejos com o Mateus.

Depois do que pareceu ser uma eternidade, ele finalmente falou:

— Me deixa ver.

Que? Fiz uma cara estranha, de quem não entendeu, mas obviamente o meu segredo entre as pernas ficou ainda mais animado, e parecia pulsar de ansiedade. Não, ele devia estar falando de outra coisa, eu que devo ter perdido alguma informação, deixado de ouvir alguma coisa que ele falou mais cedo.

— Ver o que? — respondi, e minha voz saiu muito mais insegura do que eu esperava.

Os olhos dele pareceram ficar ainda mais sérios, mas sua postura ainda era meio incerta. Você mora tempo o suficiente com alguém e começa a pegar as manias, os jeitos, os detalhes. Um detalhe, por exemplo, me dizia que ele não estava usando muita coisa por baixo daquele moletom, e isso não melhorou em nada a minha situação. Os pensamentos com Mateus se misturaram com a curiosidade com o corpo do Theo, e eu não sabia se era uma boa ideia seguir por esse caminho.

— Me deixa ver — ele repetiu, mais firme agora. — Me deixa ver o que você mandou no vídeo.

O que eu mandei em que vídeo?

Não.

Nem fudendo.

Não consegui esconder minha surpresa e quando peguei meu celular já não tenho esperança nenhuma de que isso seja um mal entendido, pesadelo, ou talvez um sonho. O olhar dele era real demais, meu pau era real demais, o desconforto em estar apertado embaixo da coberta real demais, o arrepio na minha espinha, a eletricidade no meu sangue, tudo era demais para ser inventado. 

Minha reação ao encarar bem o chat aberto no celular e perceber, finalmente para quem eu tinha mandado o vídeo me masturbando foi de choque. Paralisei no lugar, em um misto de vergonha e tesão. O que o Theo tinha pensado? Como será que tinha reagido ao do nada abrir nosso chat e se deparar com esse vídeo? Por que ele estava aqui? Queria.. ver? Tinha gostado? Porra, imagina se ele gostou. Theo era bonito, tá bom. Gostoso, é. Mas nós éramos colegas de casa, não mais que isso, e agora… Se ele estava aqui, significava que queria algo? Ele pediu pra ver, pediu pra ver o que eu mandei no vídeo, o vídeo do meu pau duro, pau esse que estava ainda mais duro, e meu peito estava precisando de mais ar, minha respiração instável, e Theo continuava me encarando com os lábios entreabertos, eu precisava fazer alguma coisa, dizer alguma coisa, mas puta merda, como é que eu me meti nessa roubada?

Sou tirado de dentro da espiral de desespero por uma risada nervosa.

— É, eu deveria ter imaginado que aquele vídeo era para outra pessoa. — Ele falou, dando de ombros. Como ele sabia? Acho que estava na minha cara. Que merda. Merda. — Tudo bem, cara, sem ressentimentos. Desculpa a confusão.

Theo foi em direção a porta, e eu precisava pensar rápido, porque talvez se eu deixasse essa chance passar ela não voltasse, não depois desse desentendimento, e a meia hora atrás eu nem queria nada, mas agora talvez eu quisesse, e ele pedindo pra ver tinha me feito pensar merda, muita merda, e agora eu queria fazer merdas com ele, ver se ele queria fazer merdas comigo, e no último segundo, enquanto ele já voltava a porta, gritei:

— Theo, espera!

Ele voltou, mas parou ao lado da porta, como se estivesse pronto para sair de novo a qualquer momento. Respirei fundo. A ansiedade montou uma banda na boca do meu estômago, sabendo que esse também era um caminho sem volta. Meu dedos se moveram mais pelo fogo que pela razão, agarrando a ponta da coberta, tremendo como se meu coração estivesse na ponta deles. Tirei coragem do cu para arrancar a colcha, e meu pau obviamente estava muito duro, e muito molhado, e eu não sei se estava com vergonha, se estava com tesão, se queria que ele fosse embora ou se queria que me devorasse. Decidi só olhar para um ponto específico no chão por um tempo, até criar coragem para olhar pra cima, e vi que Theo estava lambendo os lábios devagar. De novo. De novo.

Ele deu um passo na minha direção e eu senti meu sangue fervendo pelo corpo inteiro. Esticou as mãos, os dedos parando por um momento no ar. Meu coração perdeu o ritmo por um segundo quando ele finalmente perguntou:

— Posso?

Não consegui abrir a boca para responder, então acenei que sim. Theo subiu pela cama até estar na minha frente, entre as minhas pernas, com o rosto perto do meu. Ele estava sorrindo. Um sorriso imenso, safado, diferente de qualquer outro sorriso que eu já vi na boca dele, e era errado e certo em medidas iguais.

— Pra quem era o vídeo, Yan? — Ele sussurrou, e eu senti calafrios. — Em quem você estava pensando?

Soltei um gemido só de sentir a respiração quente dele se espalhando na minha pele. Como ele tinha ficado tão poderoso em pouco segundos? Tão confiante e gostoso e ciente disso?

— No Mateus — murmurei, mas minha voz não era mais do que um fio.

Theo passou os dedos pela cabeça do meu pau, sentiu a cabeça molhada e sorriu mais ainda. Eu não conseguia distinguir o que era tesão pelo Mateus do que era tesão pelo Theo do que era puro e completo desespero e insanidade. Pisquei forte, tentando recobrar algum sentido, mas ele se abaixou, passou a língua, me engoliu com a boca e eu não conseguia mais respirar direito. Meu corpo parecia derreter, sem extremidades. Ele levantou o olhar e parou por um segundo, o suficiente para dizer:

— Ele é gostoso mesmo, Yan. Que bom que você vai comer ele também.

Comer ele também. A escolha de palavras fez minha cabeça girar. Theo me chupou com vontade, uma das mãos apertando a minha coxa, os cabelos caindo sobre as minhas pernas. Como a gente tinha chegado aqui? Inferno. Desespero.

— Yan, seu pau é tão gostoso quanto parece — ele sussurrou, alternando entre passar a língua e me masturbar. Eu tentei segurar alguns gemidos, mas eles saíram mesmo assim. — Que sorte a minha que você errou esse chat.

— Nossa — respondo, mas minha voz sai cortada e grave.

Sorte a nossa.

Caralho.

Se quiser deixar um feedback, já sabe: meu curiouscat tá ai.

Um xêro!

Kodinha

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