#24 - Nada é por um acaso - Só uma rapidinha

Quer sugerir algum tema para as próximas edições? É só conferir esse formulário: https://forms.gle/Br8iFmpo2YXB5Cnh8

ESTAMOS DE VOLTA E BOAS VINDAS

E aí pessoal, tá tudo beeeeeeem?

Contrariando todas as expectativas (principalmente as minhas!), o Só uma rapidinha está de volta :D Abracinho de retorno pra quem já tava aqui, abracinho de boas-vindas pra quem acabou de chegar!

Como essa é a primeira rapidinha dessa tentativa de número dois temporada, vou falar brevemente sobre o projeto pra quem tá chegando agora!

Comecei esse projeto com o objetivo de me desafiar a escrever putarias diferentes, curtas e intensas. Tem um formulário de sugestão de temas (ali em cima, fica a vontade, é anônimo!), de onde posso tirar ideias, mas também vem de tudo na vida.

No início, essa era uma newsletter semanal. Esse ritmo se mostrou inviável para minha sanidade, então agora estamos em nova frequência: todo dia 13 teremos uma nova rapidinha diretamente no seu e-mail, se você estiver inscrite, ou acessando pelo link se você preferir ler pelo navegador. Adicionei a regra de que domingos e feriados são exceções, e nesses meses o envio será no próximo dia útil, porque chega de extrapolar minha própria sanidade, né?

Passei os últimos dois meses alternando crises pessoais com muito pensamento e muita conversa, e resolvi retomar as coisas em outro ritmo, com mais respeito pelo meu tempo, e, principalmente, mais compromisso com a regularidade da escrita do que com a quantidade de coisas escritas.

A volta da rapidinha é uma das minhas decisões mais felizes, porque eu adoro isso tudo aqui.

Uma das coisas que refleti nesse meio tempo foi sobre feedback, então vou deixar o link aqui (e no final também!) do meu curiouscat e vou fazer um pedido: se você conseguir e sentir vontade, me manda um feedback depois da leitura? Dá pra ser de forma anônima, então você nem precisa se comprometer e pode só digitar um "SIM, MUITO TESÃO" (aconteceu antes, eu NÃO JULGO, MUITO PELO CONTRÁRIO!)

Você pode deixar qualquer elogio, crítica e sugestão aqui. Sério! Eu já agradeço de antemão. Esse link virá em todas as rapidinhas daqui pra frente.

Mas então, bora pros finalmentes?

Na rapidinha de hoje três amigos se encontram por acaso no teatro. Confere só:

Nada é por um acaso

Caminhei pelas fileiras mal iluminadas do teatro e me dirigi para os lugares no fundo, onde eu sabia que ele estaria. Não sei como a gente tinha vindo parar no mesmo teatro sem combinar nada, mas assim que o vi na fila  sabia que seria uma companhia divertida. Avistei-o sentado bem no meio da fileira, várias cadeiras vazias dos seus dois lados. Estava com os fones de ouvido, mas eu sabia que não estava escutando nada. Só queria abafar os sons, e estava naquela fila tão longe do palco para fugir da luz. 

— Oi, Cáz! — falei, mas só quando estava mais próxima. Não queria gritar, e as pessoas ao redor conversavam alto, esperando o início da peça.

— Ah, oi Linda. — Ele acenou do lugar, sorrindo. Apontou para a cadeira à sua esquerda. — Por que não senta comigo? Não sabia que você viria hoje, podíamos ter combinado uma carona.

— Que isso, também não fazia ideia — respondi, sentando. — Posso?

Ele acenou, então beijei sua bochecha. Era um costume começar pela bochecha, para dar mais espaço para ele, e tempo para caso ele mude de ideia sobre ser tocado. Mas ele virou o rosto para a minha direção, e me beijou de volta. Gostinho de iogurte de morango, é claro, e os lábios mais macios de todos os tempos. Ele se endireitou na cadeira depois, ajustando os fones.

— Saudades — ele comentou. — A vida anda corrida. Tem sempre muita coisa acontecendo.

Dei uma risadinha. Antes que eu respondesse, ouvimos alguém nos chamando:

— Oi, cadelas! — Tiná falou, entrando na nossa fila e se aproximando. Nós dois viramos ao mesmo tempo. — Vi vocês na fila, então vim direto para o nosso cantinho.

— Quando é que putaria no teatro virou uma coisa nossa? — ele sussurrou.

Tiná se jogou na cadeira na direita dele, soltando uma mochila pesada no chão.

— Eu não sei, mas não vou reclamar se mais coincidências dessas continuarem acontecendo — ela respondeu.

— E ninguém disse que hoje vai ter putaria no teatro — falei.

Os dois me olharam sérios.

— Pois então eu vou embora — ele disse.

Todos caímos na risada. Cáz aprendia rápido demais essas piadas bobas que Tiná e eu fazíamos, e agora já estava engraçadinho também. No meio do barulho, as luzes se apagaram. Nós três seguramos o riso na garganta ao mesmo tempo. Um silêncio se instaurou. Na penumbra, vi Tiná fazer o de sempre — beijo na bochecha, beijo na boca. E senti minhas pernas tremendo. Acho que eu nunca ia entender como podia ter tanto tesão só de olhar os dois se beijando. Juntei as pernas na cadeira.

— Ih, alá, já tá molhada — Tiná sussurrou baixinho.

— E se eu tiver? — respondi, talvez alto demais.

— Shhhhh! — alguém reclama lá na frente, pedindo silêncio.

Tampo minha boca, segurando uma risada.

A resposta de Cáz vem alguns minutos depois. Sua mão esquerda passa debaixo da minha saia, encostando na minha calcinha. Mordo meus lábios. Olho pro lado, e sua mão direita está dentro dos shorts já abertos da Tiná. Essa menina era impossível. Que merda. Que tesão desgraçado. Coloquei minha mão dentro do vestido dele, feliz dele ser uma piriguete clássica que não sente frio, e senti a calcinha já molhada. Mordi tão forte que tive medo de me machucar.

Seria uma ótima peça, disso eu tinha certeza.

_____________________________________________________

Se você gostou desse texto, encaminhe para o seu amigo horny!

Considere me deixar um feedback (em anônimo ou não!) no curiouscat.

Um xêro,

Kodinha

Reply

or to participate.