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- #23 - Atenção senhores passageiros - Só uma rapidinha
#23 - Atenção senhores passageiros - Só uma rapidinha
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Tags do dia: sexo no banheiro do avião
OI! Eu sei, eu sei, é sexta feira...
Mas essa semana foi do caralho. Sempre deixo os textos da semana prontos no domingo anterior, e dessa vez não foi diferente. Faltavam apenas alguns ajustes simples, que eu iria finalizar ontem durante o dia... e um milhão de coisas aconteceram. Pique: minha geladeira queimou, quase perdi muita comida de uma compra recém feita e fiquei desesperado tentando resolver e decidir e no fim do dia, claro, estava com um rombo no cartão.
Muito bom, 0 estrelas.
Mas estamos de volta nos trilhos, eu prometo, e vamos falar de Catarse
ESSA SEMANA A PRIMEIRA META DO CATARSE FOI BATIDA!!!!!!!!
E, dessa forma, agora teremos uma ilustração por mês de um dos textos enviados. TÔ MUITO ANIMADO.
Como eu não sou bobo e só trabalho com gente incrível, já fui atrás da Gaby pra gente comemorar já inaugurando com ilustração. Então, para quem é apoiador do catarse, o texto de hoje vai contar com uma ilustração linda e maravilhosa feita pela MAIOR QUE NÓS TEMOS.
Se você quiser conferir e apoiar o meu trabalho, considere assinar a partir de cinco reais aqui. Eu agradeço imensamente cada um <3
Mas... qual é o tema de hoje, afinal?
Voltei a me concentrar na tabela de sugestões e escolhi a dedo um tema que me chamou muita atenção:
Pessoas que se seguiam no twitter acabam transando no banheiro do avião
E o que saiu foi isso daqui ó:
Atenção senhores passageiros
Ele já estava esperando no banheiro há dez minutos. Desbloqueou e bloqueou o celular várias vezes, irritado com o fato de ser 2022 e ainda não ser possível ligar a internet nos voos. Sentado sobre a tampa do vaso, repassou todas as suas escolhas de vida até aquele momento, se questionando mais quantas vezes ele se meteria em locais esquisitos apenas por fogo no cu.
Remexeu as pernas, levemente incomodado com o próprio tesão, e abriu novamente a galeria de fotos do celular, porque no fundo ele era meio masoquista. Ficou encarando a foto que recebeu minutos antes da decolagem na DM do twitter com a boca cheia de saliva, uma sensação mista de pânico e desejo que começava no seu ventre e se espalhava pelo corpo inteiro. Tif sempre soube que ele era gostoso, dada a quantidade imensa de fotos sem camisa que Camilo postava e ele tinha vontade de lamber — a tela, a foto, ele —, mas um nude daqueles, de pau duro e tudo, era demais para sua cabeça e sua sanidade questionável. Sabia que estava molhado há no mínimo quarenta minutos, desde que abriu a DM e leu a mensagem pedindo que ele esperasse no banheiro dez minutos depois da decolagem, e aguardasse por três batidas suaves na porta.
A essa altura ele já estava se sentindo enganado.
Ponderou por um segundo, olhando a foto mais uma vez e sentindo seu corpo reagir como uma cadela no cio. Que merda. Filho da puta. Isso não é gracinha que se faz, e depois que esse avião pousasse ele vai ouvir umas verdades. Melhor, vai levar um block na cara, porque que se foda. Irritado e frustrado, mas ainda com tesão demais para só sair do cubículo que a companhia aérea chamava de banheiro, ele desceu os shorts e a cueca e se apoiou contra a parede.
Tocou o próprio clitóris, inchado e duro, e a raiva e o tesão se misturaram ainda mais. Ele estava tão pronto para ser tocado que ficava ainda mais gritante o quanto o filho da puta tinha mexido com ele. Mas puta merda, como o desgraçado era gostoso. A foto vinha fácil à sua mente, sem esforço, mas ele abriu novamente a galeria do celular só para não perder nenhum detalhe. Continuou esfregando o clitóris entre os dedos, imaginando o pau dele entrando na sua bunda devagarinho, ele segurando o seu pescoço para trás com os dedos firmes, o corpo dos dois prensado contra a parede.
Três batidas na porta.
Suaves.
Quase imperceptíveis.
Tif segurou o ar como se qualquer movimento pudesse acabar com a sua vida. E agora? Com os shorts no joelho, molhado pra caramba, exposto. Ridícula e desesperadamente exposto. Era ele? Só abrir a porta… Mas se não fosse, se meteria em uma roubada ainda maior. Fechou os olhos, tenso, mas sua mão ainda estava no mesmo lugar, se movendo aos pouquinhos, o suficiente para manter a adrenalina correndo em seu sangue como um lobo feroz em uma floresta. Com a mente nublada pelo desejo, destrancou a porta.
Silêncio.
Nenhum movimento.
A porta se abriu lentamente, prensando-o contra a parede, e Camilo apareceu atrás dela com um sorriso no rosto e a camisa semiaberta. Filho da puta. Um tremendo, desgraçado e infernal filha da puta. Ele fechou a porta em seguida, e ficou parado em pé no pouco de espaço que restava, os corpos tão perto, o rosto tão perto, a boca tão deliciosamente perto.
— Não me esperou, docinho?
Tif rosnou uma resposta incompreensível e o som erótico fez Camilo dar uma risada gostosa. O recém chegado sentou sobre a tampa da privada e olhou para o lado, encarando o celular com sua foto aberta. Seu sorriso aumentou em proporções obscenas, e dava para notar o volume saltado nos shorts dele. Só nesse momento Camilo olhou para frente, quase distraído, mas paralisou imediatamente quando de fato absorveu a cena.
Contra a parede, Tif continuava com os shorts no joelho, as pernas tão abertas quanto possível, os dedos expondo o clitóris inchado e molhado, as bochechas vermelhas de calor e tesão, os lábios úmidos e um olhar de quem estava implorando por um orgasmo. Os olhos de Camilo passeavam pelo corpo do outro, como se estivesse se deliciando com a visão, um brilho incompreensível no olhar.
Camilo esticou a mão, mas antes, sustentou o olhar no dele, pedindo permissão. Lambeu os lábios, sedento, e não esperou um segundo depois do aceno confirmando que podia tocar. Passou os dedos ao redor do clitóris dele e grunhiu automaticamente, como se fosse ele mesmo que estivesse sendo tocado, e não o contrário. Quente, molhado, intenso e pedindo por lambidas. Camilo aproximou o rosto do quadril de Tif, que mordeu os lábios tão forte que doía. Estava determinado a segurar os gemidos, mas, naquele segundo, quase deixou um bem alto escapar.
Ele continuou esfregando os dedos contra a ponta do clitóris, explorando sensações e se aproveitando do quão molhada a buceta dele estava. Se aproximou mais e passou a língua devagar, e Tif precisou se segurar contra as paredes para não desmoronar no chão. Bom. Desesperadamente bom. Camilo obviamente sabia o que estava fazendo e chupava gostoso pra caralho, e era gostoso pra caralho, e Tif daria quase qualquer coisa para só poder ver como estava o pau dele agora, duro, apertado na cueca, a ponta melada que ele adoraria sentir contra a garganta.
Tão perto.
Ele tapou a própria boca, sentindo o orgasmo chegando, com medo de serem pegos e terrivelmente mais excitado diante da mera possibilidade. Camilo continuou lambendo e sugando, as mãos apertadas contra o quadril dele, movimentando o rosto apenas o suficiente para tocar os locais certos. Tif entrelaçou os dedos contra o cabelo dele, puxando para mais perto, descontrolado e inconsequente, e gozou tremendo, com gemidos abafados pela sua mão, a sensação de que todas as coisas estavam derretendo e explodindo, o clitóris pulsando contra a língua de Camilo, uma vontade quase incontrolável de gritar com toda a força restante no seu corpo.
Depois de longos segundos, relaxou. Camilo levantou a cabeça e ainda tinha o sorriso mal criado no rosto, mas agora ele estava contornado com lábios molhados de gozo que fizeram Tif ficar excitado de novo muito rápido. Rápido demais.
Precisariam se encontrar em um hotel depois que o avião pousasse, porque esse homem agora tinha obrigação moral de comer ele de quatro ou iria ser processado pela justiça.
Sem condições.
É isso, pessoal
E ai, gostasse?
Semana que vem voltaremos a normalidade das quintas-feiras, amém. Que nada mais estrague nessa casa, pelo amor de deus! Torçam por mim, que tá foda.
Um xêro no cangote,
Kodinha
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