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- #14 - Pikachu sadomasoquista - Só uma rapidinha
#14 - Pikachu sadomasoquista - Só uma rapidinha
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Tags do dia: ceo e secretária, ceo trans
BOA NOITE PESSOAL
Eu to atraso. Desculpa. Desculpa.
Ontem a energia do bairro acabou, hoje eu tive terapia e me enrolei, confesso. Mas para compensar, o texto de hoje é maior e MUITO GOSTOSO. PROMETO.
Nem vou me alongar muito na introdução, de tão animado.
BORA PROS RECADOS
Catarse
Essa semana tivemos no catarse um texto maior, para apoiadores de 10 reais ou mais. O tema era: um casal que encontra um casal de amigos em uma casa de swing.
E você pode ler o texto aqui, assinando a partir de dez reais.
Também teremos um ataque furtivo de rapidinha extra durante o final de semana, porque o texto longo veio na segunda.
E no texto gratuito da semana...
Fiz mais uma votação no twitter, e, COMO SEMPRE, foi super acirrado. Até os últimos minutos os votos estavam pareados, e nos finalmente a opção que venceu, por muito pouco, foi CEO + secretária + trans.
Eu pensei em vários cenários, mas um deles me ganhou fácil: e se o CEO fosse dono de um sex shop?
Fui fortemente influenciado por uma figura que apareceu na minha timeline, e me lembrou a minha visita a São Paulo: o pikachu sadomasoquista da sogo.
Na liberdade, tem um shopping, nesse shopping tem um sex shop... E nesse sex shop, o pikachu sadomasoquista. E também outras coisinhas interessantes, que inspiraram esse texto. Confesso que não lembro o nome da loja, mas ela fica no terceiro andar da Sogo e a pessoa que conversou comigo e com os meus amigos era super divertida e engraçada. E, claro, o pikachu ficou na minha cabeça.
Daí a ideia desse texto. E ele ficou maiorzinho! Como um pedido de desculpas pelo atraso e a confusão. É isso, bora?
Pikachu sadomasoquista
Eu estava muito distraída naquela manhã. Fui para o escritório enquanto conversava com minha a irmã, resolvia problemas, pagava contas e atualizava tabelas. Minha cabeça estava em inúmeros lugares ao mesmo tempo, e entrei na firma sem de fato assimilar o ambiente ao meu redor. Sentei na minha cadeira, coloquei minha bolsa de lado, e só naquele momento levantei meu olhar pela primeira vez. Travei. Por alguma razão, eu sempre me esquecia que era secretária do dono de uma grande rede de sex shops, e todas as vezes que novas remessas de produtos apareciam na minha mesa, eu me assustava. Aqueles breves segundos de confusão sempre me faziam rir depois, mas dessa vez nem isso consegui. O objeto era só… diferente demais.
— Mas que merda é essa — falei alto.
Olhei para o outro lado da sala, e encontrei o Fernando focado em algo no seu computador. Ele parou o que estava fazendo e me encarou de volta.
— Ah, Thais, você chegou, que bom! — comentou, se levantando da mesa e indo na minha direção. — E já conheceu nosso novo masturbador… Chamei esse de chiclete.
— É uma das coisas mais estranhas que já vi — respondi. — E olha que já estou nessa com você há um tempo, né Senhor Fernando.
Continuei encarando a peça. Um par de peitos em uma pele bem rosada, e que dava para ver que tinha uma textura realista, mas esquisita. Mas entre os peitos, uma vagina. Só ali, do nada. Economizava espaço, era mais barato que nossos modelos maiores… Mas ainda era bizarro pra caramba.
— Estranho, mas mais de duzentos reais mais barato que nosso modelo intermediário… As estimativas são de que o retorno do investimento venha bem rápido.
Fernando parou do meu lado na mesa. Eu estava consciente de sua proximidade física, do seu porte malhado, da sua camisa social semiaberta, do seu sorriso… Foco.
— Por que chiclete? — perguntei.
Ele deu risada sozinho. Pareceu pensar por um segundo.
— Me empresta sua mão? — perguntou, e segurou minha mão quando eu acenei que sim. — Olha só, a textura desse mamilo — ele guiou meus dedos até os peitos, e me deixou sentir a pele. Era igualzinho a um chiclete.
— Ah, que estranho! — falei, apertando um pouco. — Diferente, muito diferente.
A mão dele continuou por cima da minha enquanto eu testava aquela sensação. Depois de alguns segundos, fiquei muito consciente da sua proximidade: seu braço ao redor do meu corpo, o quadril encostado na cadeira em que eu estava sentada, mechas do seu longo cabelo encostando no meu ombro. Olhei para cima, tentando não fazer nenhum movimento brusco, e ele pareceu perceber o mesmo que eu. Sustentou meu olhar por um segundo, e eu vi estrelas. Também senti uma pontadinha de tristeza, porque a improbabilidade de algo acontecer era deprimente.
Fernando deu um passo para trás, e sua postura mudou. Ficou mais reto, e a voz saiu mais grossa:
— Tem um de cada novo lançamento na sua mesa. Por favor, faça o teste de todos.
Minha mente foi longe. Testar a carga das novidades, se as especificações batiam e manter todos com bateria para gravações dos vídeos de divulgação era parte da minha função. Ainda assim, ver ele falando teste todos enquanto aponta para uma pilha de sex toys mexia com... o meu coração, digamos assim. Devo ter demonstrado alguma reação, porque ele completou, já indo em direção à porta.
— Você entendeu o que eu disse — falou. Se virou uma última vez antes de sair e finalizou: — Mas se quiser, pode escolher um para você. Cortesia da casa, mas quero o feedback depois. — Piscou para mim, e fechou a porta.
Caramba.
Cortesia da casa. Essas palavras ecoaram na minha cabeça. Vou querer o feedback depois. Suspirei. A gente conversava muito sobre os produtos, e não teria como eu trabalhar aqui se já não tivesse superado essas vergonhas há muito tempo. Mas tudo estava levemente mais gritante. Desde que... desde que o Fernando passou de CEO ricaço para chefe divertido, e depois virou amigo para toda obra, e agora... Agora tinham os flertes. Não tinha certeza de quando eles tinham começado. Se é que eram flertes, já que ele podia só estar sendo gentil. Eu é que não ia perguntar e ficar com cara de tacho de descobrir que entendi tudo errado. Mas a proposta da cortesia era tentadora demais.
Olhei para a mesa. Varinha mágica com bateria recarregável — eu tinha uma dessas em casa, de ligar na tomada, e provavelmente era parecido; um dildo no formato do tentáculo de um polvo — intrigante, mas espalhafatoso, e eu não estava nessa vibe; alguns cremes novos, que eu precisaria catalogar por tipo de ação e definir o setor do site que seriam inseridos; a vagipeitos — eu claramente não tinha maturidade para lidar com a existência dela; e… o vibrador de calcinha. Fiquei encarando a caixa. Era pequeno, discreto, e útil em muitos cenários. Eu poderia até…
Não.
Não vou pensar nisso.
Merda. Mas eu queria tanto.
Era tão discreto que eu poderia colocar agora, e seria delicioso, e se o Fernando chegasse não faria diferença nenhuma. Ou faria, mas eu não precisaria parar. Porra, se ele chegasse eu não precisaria parar. Imagina só… Ele totalmente alheio, trabalhando na mesa dele, enquanto Thais, sua secretária fofinha e não muito inocente, se masturbava do outro lado da sala. Pensando… pensando em como seria se ele percebesse o tesão dela e fizesse alguma coisa. Qualquer coisa.
Abri a caixa com as mãos tremendo. Em um último ato de lucidez, verifiquei a agenda do Fernando, só para confirmar, e ele estaria em uma reunião presencial com um fornecedor pelas próximas duas horas. Perfeito. Dei uma olhada rápida no manual do vibrador, e levantei rapidamente para lavá-lo na pia do banheiro. Eu já estava desconfortável. Que genial. Ainda dentro do banheiro, abaixei um pouco minha calcinha e posicionei o vibrador. A sensação contra a pele era levemente gelada. Estremeci.
Peguei o controle e segurei por um segundo. Não podia ser muito pior do que os outros brinquedos que testei, certo?
Errado.
As vibrações contra o meu clitóris imediatamente me fizeram perder o equilíbrio. Eu já fui mais forte que isso, tenho certeza. Apoiei as costas contra a parede e escorreguei para o chão, sem saber se praguejava ou agradecia. Terrivelmente bom. Fechei as pernas por reflexo, e ao invés de ajudar, piorou. A pressão aumentou e as vibrações ficaram mais intensas.
Deixei minha imaginação continuar o caminho que estava fazendo: Fernando caminhando da sua mesa até a minha, abrindo minha camisa, lambendo os meus seios, beijando a minha boca; Fernando com esse controle na mão, controlando quando meu orgasmo viria, só porque ele pode. Ele pode tantas coisas; Hmmmmm será que ele ficaria molhado enquanto me provoca? Será que me deixaria lamber?
Será que algum dia eu vou comer esse homem, meu deus?
Antes que eu consiga segurar, estou gemendo. Primeiro baixinho, depois um pouco mais alto. Eu tinha noção de que não dava para escutar muita coisa fora da sala, mas era melhor tomar cuidado. E, mesmo assim, pensar nele era gostoso demais.
Aumentei a velocidade. Que se foda. Tava tão gostoso. O feedback seria esse, tava muito gostoso. Pode mandar trazer um caminhão desses, vai vender igual água. Mas eu só falaria amanhã, claro, pra não contar para ele que eu fiz isso… aqui. No banheiro da sala do CEO. Pensando em como ele era gostoso, e imaginando se a buceta dele ficaria molhada me vendo nessa situação.
Continuei gemendo, cada vez com menos vergonha. Feliz pelo isolamento da sala, pela reunião do Fernando, pela privacidade, pelo orgasmo vindo, e…três batidas na porta.
— Thais?
Ah não. Não. Não. Não. Não pode ser. Não é possível.
Tampei minha boca. Com o controle apertado nos dedos, aumentei a velocidade sem querer. Mordi os lábios, segurando gemidos.
— Thais, você tá bem?
A situação era patética, mas eu estava… tão… perto… de gozar. E a tensão de ser pega, o fato dele estar ali fora, era ao mesmo tempo aterrorizante e muito sexy. Reuni todas as minhas forças para segurar firme e sussurrar:
— Tô bem, Senhor Fernando — minha voz saiu muito esquisita. — Não é nada.
— Thais… — Ele fez uma pausa longa. Imaginei ele apoiado contra a porta, com a camisa branca desabotoada em cima, como ele gostava, e as calças pretas impecáveis, os cachos bonitos e cheirosos. Tão gostoso. — Thais, eu posso entrar?
A pergunta era séria. Não tinha urgência, mas tinha algo no tom de voz dele que era intrigante. Curioso.
Que se foda.
— Sim — respondi, baixinho.
Eu já não aguentava mais. Parecia que eu ia gozar a qualquer momento. Vários segundos se passaram, e cheguei a achar que ele não tinha me ouvido, mas a porta finalmente abriu. Devagar, com cautela. Ele colocou a cabeça para dentro primeiro, e me viu no chão, encostada contra a parede, as pernas fechadas, e provavelmente uma cara de safada com tesão. Desviou o olhar para a pia, e encontrou o manual do vibrador.
Só então eu lembrei: a caixa tinha ficado aberta em cima da minha mesa.
Ele sabia o tempo todo.
Nos olhamos de novo.
Um pequeno sorriso se formou no canto de sua boca, e eu sabia que isso não tinha sido planejado, mas que ele estava gostando. Não tinha como imaginar nada disso. Nunca fui tão criativa. Apoiei minha cabeça contra a parede e soltei um longo gemido desesperado. Parecia que ia morrer.
— Pode gozar, Thais — ele disse com a voz rouca que ecoou dentro do banheiro. — Eu já cheguei para assistir.
Ele não precisava pedir duas vezes.
ESPERO QUE TENHA GOSTADO
E vou dizer que gostei tanto de escrever essa história e da Thais e do Fernando que até pensei: caramba, já pensou se transformo o causo dos dois em livro, e me lanço no cenário de CEO + secretária com um CEO trans?
Fica aqui no ar se isso algum dia acontece ou não.
Fiquem seguros e usem camisinha!
Um beijo,
Koda
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